Loading

sábado, 21 de agosto de 2010

Quando Deus parece distante




















Estamos construindo esta grande Obra, marco da Geração do 1º Centenário, na História da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil e no mundo. Sob a Direção do seu Presidente, Reverendo Samuel Câmara. (Costa)



Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém



Durante três décadas de ministério, tive a oportunidade de aconselhar inúmeras pessoas que se sentiam conturbadas por acharem que Deus parecia estar distante. Para elas, Deus não se preocupava com suas necessidades pessoais, enfim, com nada que fizessem ou deixassem de fazer. Deus não somente parecia longe, mas também totalmente silente. O resultado imediato disso é que essas pessoas tinham uma enorme dificuldade para se relacionar com Deus.

Alguns casos não eram particularmente fáceis de entender. Em outros casos, porém, a verdadeira razão logo aparecia: culpa, pecado não confessado, espírito de vingança, orgulho, vícios, ansiedade, e assim por diante. Nesses casos, era preciso haver confissão de pecado, restituição, perdão, enfim, o abandono completo de comportamentos destrutivos e o retorno humilde ao Senhor.

Vi muitas vidas serem restauradas, pois “as misericórdias do Senhor não têm fim”. E também: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

No entanto, quando não havia nenhum pecado evidente, pois a pessoa mantinha a vida limpa e a submissão diária a Jesus como Senhor, lia a Bíblia e orava persistentemente, o melhor conselho que eu podia oferecer era este: “Compartilhe com Deus o seu problema e mantenha o curso da sua vida normalmente. Espere no Senhor e continue a fazer o bem”.

A Bíblia apresenta o exemplo de algumas pessoas que enfrentaram problema semelhante, algumas das quais eram realmente santas e tementes a Deus. O profeta Jeremias, por exemplo, era reconhecidamente um homem de Deus, falava a Palavra de Deus, vivia para Deus. Ele marcou tão profundamente a alma da nação israelita que Jesus, cerca de 650 anos depois, foi comparado a ele. Talvez porque o povo via Jesus chorar por Jerusalém, tal como Jeremias, e fazia a correlação.

Mas Jeremias passou por momentos difíceis na sua relação com Deus, pois sentia como se Deus não somente estivesse distante, mas parecesse até mesmo ser seu inimigo. Numa imagem estonteante Jeremias descreve a sua angústia em relação a Deus (Lm 3.1-25).

Ele sentia como se Deus tivesse voltado contra ele a Sua mão (v.2). Ele clamava, mas parecia não ser ouvido (v.8). Sentia-se como se Deus o estivesse caçando (v.10). Via-se como motivo de escárnio do povo e objeto de suas canções (v.14). De tanto não ter paz na alma, chegou a esquecer-se do bem (v.17). Por fim, achou que a sua esperança no Senhor havia acabado (v.18).

Mas uma coisa aconteceu: ao colocar a sua tristeza em palavras, Jeremias viu que uma luz penetrava na escuridão e restaurava a sua esperança no Senhor. Ele passou a fazer afirmações de fé e buscou trazer à memória o que lhe podia dar esperança (v.21).

E então ele concluiu: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca” (vs.21-25).

Não são poucos os que, por causa do aparente silêncio de Deus, ou de Sua suposta ausência, carregam o fardo pesado da ansiedade. Mas é bom que percebamos que a ansiedade existe praticamente devido a fardos que assumimos como nossos, quando deveríamos colocá-los nas mãos de Deus. Grande parte das nossas preocupações pertence ao futuro (o que vamos fazer amanhã, ou na semana seguinte) e uma percentagem razoável tem a ver com as sobras do passado.

Quanto aos erros do passado, só resta confissão e abandono, e buscar o perdão do Senhor. Quanto às preocupações do futuro, é mister deixá-las aos cuidados de Deus; relaxar e seguir a orientação do Espírito: “Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá... lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (Sl 55.22; 1 Pe 5.7).

Se Deus parece estar bem longe de você, mesmo que esteja confiando Nele e tentando fazer a Sua vontade, não se desespere. Conte a Ele sobre isso. Continue a fazer o bem, o que sabe ser certo. A luz de Deus irá penetrar na sua alma. E quando ela iluminar o seu coração, você verá que cresceu muito mais em razão da provação pela qual passou. E saberá que Deus sempre esteve perto e cuidando de você.



E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv








terça-feira, 10 de agosto de 2010

Stephen Hawking: Homem terá que colonizar espaço para sobreviver

A raça humana terá que colonizar o espaço nos próximos 200 anos se não quiser desaparecer, advertiu esta segunda-feira o astrofísico britânico Stephen Hawking, em entrevista publicada no site 'Big think'.  Foto:Jemal Countess/AFP
Foto: AFP: A raça humana terá que colonizar o espaço nos próximos 200 anos se não quiser...


LONDRES (AFP) - A raça humana terá que colonizar o espaço nos próximos 200 anos se não quiser desaparecer, advertiu esta segunda-feira o astrofísico britânico Stephen Hawking, em entrevista publicada no site 'Big think'.



"Penso que o futuro a longo prazo da raça humana está no espaço. Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos ou dos próximos milhões de anos", declarou o cientista no site na internet que se apresenta como um "fórum mundial que relaciona pessoas e ideias".
"A raça humana não deveria apostar apenas no planeta", acrescentou o cientista.
"Vejo grandes perigos para a raça humana. Em muitas ocasiões no passado, sua sobrevivência foi difícil", afirmou, mencionando em especial a famosa crise dos mísseis, em 1963, em Cuba.
"A frequência de tais ameaças provavelmente aumentará no futuro. Teremos necessidade de prudência e juízo para lidar com elas com sucesso. Sou otimista", disse Hawking.
Segundo ele, "se pudermos evitar uma catástrofe nos próximos dois séculos, nossa espécie se salvará se nos lançamos no espaço".
"Se somos os únicos seres inteligentes da galáxia, temos que garantir nossa sobrevivência", disse o cientista, considerando que o aumento da população mundial e os recursos limitados da Terra ameaçarão cada vez mais a espécie humana.
"Por isso, sou favorável a fazer voos tripulados ao espaço", disse.
Em abril, o cientista havia advertido que se os extraterrestres existissem, os homens deveriam evitar qualquer contato com eles, porque as consequências poderiam ser devastadoras.
Stephen Hawking, de 68 anos, mundialmente conhecido por seus trabalhos sobre o universo e a gravidade, é autor de "Uma Breve História do Tempo", um dos maiores 'best-sellers' da literatura científica.
Sofrendo desde os 22 anos de esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa que provoca paralisia, o cientista desloca-se em cadeira de rodas e se comunica através de um computador e um sintetizador de voz.

http://br.noticias.yahoo.com



sábado, 7 de agosto de 2010

Parábola do Pai que nunca desiste

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Estamos construindo esta grande Obra como um marco da Geração do 1º Centenário, na História da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil e no mundo. (Costa)
  
     ------------------------

Jesus contou uma parábola a respeito de um filho que resolveu enfrentar o próprio pai quanto à partilha antecipada da herança, conhecida como “parábola do filho pródigo” (Lc 15.11-32). Mas bem que poderia ser chamada de “parábola do pai que nunca desiste”. Essa é a figura de Deus, o Pai, que nos ama de tal maneira que jamais desiste de nós.

Esse filho partiu para um lugar distante e dissipou tudo quanto tinha, pois viveu prodigamente, em muitas farras, dissolutamente.

A vida tem as suas complicações. E essas são ampliadas quando os filhos resolvem partir, mas o fazem pelos motivos errados. Há pais que ainda hoje choram a perda dos filhos, e dizem: “Tudo quanto tenho eu daria para ter meu filho de volta”.

Há muitos jovens que se desmoralizam, vivem suas orgias como se tudo não valesse nada. Par alguns, o dinheiro responde por tudo, pode comprar vidas, pode tirar vidas, pode acabar a sua vergonha, comprar drogas etc. E quando o dinheiro se vai, a família fica sem sossego; os móveis são vendidos, as roupas, trocadas; exigem dos pais dinheiro para consumir drogas, batem nos pais se não conseguem; porque tudo quanto conseguem, as drogas consomem.

Que ferida deixou o filho pródigo naquela casa! Felizmente, para esse jovem, a história teve uma continuação. Outras histórias nem continuam. Quando alguns saem, não voltam. As mães vão para as praças e aproveitam as emissoras de televisão, cujas novelas e programas mostram seus filhos. Essas mães não sabem se seus filhos vivem, onde estão, se nos cemitérios ou nas prisões, ou se são escravos sexuais em algum lugar do mundo. Deve ser uma sensação horrível de perda que carregam no coração!

Esse jovem da parábola teve uma oportunidade de chegar ao fundo do poço. Outros se afogam sem terem o direito de tocar no fundo e dar aquele empurrãozinho para cima e tomar algum fôlego de esperança.

Esse jovem teve um lapso de tempo, pois acabou tudo o que tinha e, quando precisou comer, procurou na cidade alguém que o ajudasse, mas ninguém acreditava absolutamente nele. Houve somente um homem, dono de uma pocilga, que lhe deu uma oportunidade de trabalho: cuidar de seus porcos.

Ele sentia tanta fome que lhe era desejável comer a comida dos porcos. Até que ele caiu em si e se lembrou de seu pai, de quem tirara a alegria de acompanhar a sua vida. Ele se arrependeu. E, não tendo outra saída, tomou a resolução de voltar à casa de seu pai; resolveu dizer ao seu pai que não se sentia digno de ser chamado seu filho; pediria uma chance de ser tratado igual a um empregado da casa.

Ele viajou todo o caminho de volta pensando: “Será que meu pai vai me aceitar de volta?” Quando ele se aproximou, o pai estava naquela costumeira posição de todos os dias. Como sempre ocorre ao coração do pai: se ele tem uma oportunidade mínima para pensar em alguma coisa, ele vai pensar no filho; se ele tem uma chance de olhar em alguma direção, ensaia olhar ao mesmo caminho por onde o filho se foi como a possível direção de onde o filho voltará.

Enquanto vinha ao longe, o pai o viu. Antes que o filho dissesse o que ensaiara, o pai correu e o abraçou, e deu ordens para que o tratassem da melhor maneira possível: banho, roupas novas, sandálias novas nos pés, anel no dedo; e mandou matar o melhor novilho para uma grande festa. E disse: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.

Este domingo é o Dia dos Pais. Como está o seu coração, papai (ou mamãe que também exerce a função de pai), que sonhos, que marcas, que feridas, que dores você tem, de um filho que, igual ao filho pródigo, se foi e exigiu de você o que não devia exigir, feriu você como não podia ferir? E você pode estar dizendo que não tem nenhuma esperança.

Mas eu quero lhe dizer que, assim como Jesus contou essa história, Ele quer contar também a sua história com um veio de esperança.

O motivo de Jesus contar essa história não foi exaltar a perdição do filho, mas asseverar a misericórdia do pai; foi demonstrar que mesmo quando agimos mal, o verdadeiro pai nunca desiste de amar.

A parábola não é para ensinar a engendrar meios de partir, mas para lhe assegurar que, embora perdido, ainda há esperança no verdadeiro arrependimento, pois Deus Pai está disposto a receber Seus filhos de volta aos Seus braços.

Feliz Dia dos Pais!


E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

Pesquisar este blog