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domingo, 25 de outubro de 2009

Bento XVI: a globalização não deve excluir nenhum povo

CIDADE DO VATICANO, Santa Sé — O modelo de desenvolvimento global deve ser revisado e corrigido para incluir todos os povos e não apenas os que estão melhor equipados para se beneficiar do mesmo, afirmou neste domingo o Papa Bento XVI durante a missa de encerramento do sínodo para a África no Vaticano.

"A globalização é uma realidade humana e, como tal, pode ser modificada em função do ponto de vista cultural", explicou o Papa a 240 clérigos, incluindo 197 bispos africanos, reunidos desde 4 de outubro e durante três semanas sob sua presidência.

A Igreja Católica tem sua própria visão, destacou o Sumo Pontífice, ao citar sua recente encíclica 'Caritas in veritate'.

"A globalização deve alimentar-se da doutrina social da Igreja e sua visão do homem e da sociedade", insistiu o Papa, antes de recordar a importância da "solidariedade" entre e dentro das comunidades.

De acordo com Bento XVI, o sínodo demonstrou "os problemas atuais da África e sua grande necessidade de reconciliação, justiça e paz".

O desenvolvimento econômico e humano na África deve ser "respeitoso das culturas locais e do meio ambiente", destacou o Papa, recordando a encíclica 'Populorum progressio' de Paulo VI e o papel dos missionários.

Eles seguiram esta lógica na África nos últimos 40 anos, a única que, segundo o Sumo Pontífice, pode combater a fome e a doença.

Pouco antes da meia-noite, o Papa celebrou o Angelus, transmitido e aplaudido em Milão, sobre a esplanada da catedral, onde beatificou diante de 50.000 pessoas o padre Carlo Gnocchi, um sacerdote que depois de combater durante a Segunda Guerra Mundial se dedicou a ajudar os órfãos e os mutilados da guerra.



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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Declaração de bispos africanos fala de fanatismo e corrupção

Texto pede que políticos corruptos arrependam-se de seus erros ou ao menos deixem a vida pública

Ansa


VATICANO - ensagem final da Segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, aprovada no Vaticano, adverte para os riscos do fanatismo religioso, a questão da Aids no continente e faz críticas aos políticos que não desempenham bem suas funções.

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"Quando este fervor religioso é mal endereçado pelos fanáticos ou manipulado pelos políticos, criam-se conflitos que tendem a envolver todos. Mas, direcionadas de modo apropriado, as religiões são uma grande força do bem, especialmente para a paz e reconciliação", destaca o documento.

O fanatismo religioso "está se difundindo no mundo" e é "a causa da destruição em muitas partes da África", afirma a mensagem.

Sobre a questão da Aids, o texto ratifica a posição da Igreja Católica de que o problema da difusão do vírus HIV "não pode ser superado com a distribuição de profiláticos".

Os participantes da Segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos recomendam como métodos preventivos da doença a "abstinência entre não casados" e "fidelidade entre os casados".

O documento destaca também a necessidade do continente africano de "santos em relevantes cargos políticos", que "trabalhem para o bem do povo e que saibam como galvanizar outros homens e mulheres de boa vontade que estão fora da Igreja a se unirem contra os males comuns que afligem as nossas nações".

De acordo com os bispos, "muitos católicos em posições de prestígio deploravelmente não corresponderam adequadamente ao exercício de suas funções".

Diante disto, "o Sínodo convida estas pessoas a se arrependerem ou deixarem a vida pública e, assim, parar de causar destruição ao povo e dar má fama à Igreja Católica".

A Segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, iniciada no início do mês e que vai até o próximo domingo, tem como tema "A Igreja na África a serviço da reconciliação, da justiça e da paz. Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo".

O Primeiro Sínodo para a África foi realizado em 1994, sob o pontificado de João Paulo II, e propôs o modelo da Igreja-Família de Deus.



www.estadao.com.br

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Anúncio do Vaticano deve gerar êxodo de sacerdotes anglicanos

Da EFE


Londres, 21 out (EFE).- Cerca de 1 mil sacerdotes anglicanos e outros milhares na Austrália e nos Estados Unidos podem deixar suas igrejas em direção ao Vaticano, disseram ao jornal britânico "The Times", anglicanos tradicionais.


Dioceses inteiras que se opõem à ordenação de mulheres como bispos podem aceitar a oferta do papa Bento XVI.


O anúncio do Vaticano é entendido como um duro golpe aos esforços do arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, de evitar a fragmentação da Comunhão Anglicana, dividida pela consagração de mulheres bispos que reivindica o setor mais progressista do anglicanismo.


Alguns anglicanos acusam à Igreja Católica Apostólica Romana de dedicar-se à caça de anglicanos e criticam Williams por render-se diante o Vaticano.


Embora os críticos reconheçam que Williams pouco podia ter feito para frustrar a ação do Vaticano.


Em carta enviada aos bispos e ao clero, Williams não escondeu sua frustração: "lamento que não tenha sido possível alterar isso tudo antes. Fui informado muito tarde do anúncio do Vaticano".


Williams recebeu a primeira notificação no último final de semana do cardeal William Levada, da Congregação para a Doutrina da Fé, que voou a Londres em seguida para comunicar pessoalmente a decisão aos líderes anglicanos e católicos.


Uma possível consequência da medida vaticana especula o "The Times" é a aceleração da consagração de mulheres como bispos.


Não é nenhum segredo, segundo Williams, que a ordenação de mulheres como bispos é um assunto controvertido neste país. EFE



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sábado, 17 de outubro de 2009

Bento XVI pede novo estilo de vida e investimentos contra a fome

Da EFE


Cidade do Vaticano, 16 out (EFE).- O papa Bento XVI afirmou que, para garantir a segurança alimentar mundial, é necessário modificar os estilos de vida e de pensar, e que a fome só será derrotada com a promoção do desenvolvimento agrícola nos países mais pobres e o investimento em infraestruturas rurais.


O papa deu estas declarações em mensagem enviada ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação 2009, divulgado pelo Vaticano.


Bento XVI ressaltou a "urgência e a necessidade" de intervir para que se garanta "o pão diário" a todos os que não têm em muitos países, e acrescentou que garantir a pessoas e povos a possibilidade de derrotar o flagelo da fome "significa garantir uma alimentação saudável e adequada, um direito da vida".


Já que o lema da FAO para a ocasião este ano é "Conseguir a segurança alimentar em tempos de crise", o papa disse que é preciso considerar o trabalho agrícola como elemento fundamental da segurança alimentar e que, por isso, a agricultura deve ter um nível suficiente de investimentos e recursos.


O papa destacou que são necessários, além disso, comportamentos "responsáveis" para favorecer essa segurança e pensar nas gerações futuras.


"Conseguir esses objetivos exige uma mudança nos estilos de vida e nos modos de pensar. Obriga a comunidade internacional e a suas instituições a intervir de maneira mais adequada. Peço que essa intervenção proteja os métodos de cultivos próprios de cada área e evite um uso desconsiderado dos recursos naturais", afirmou. EFE



http://g1.globo.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ONU aprova relatório que condena Israel e o Hamas por crimes na guerra em Gaza

Conselho de Direitos Humanos apoiou resolução com 25 entre 47 votos.
Confronto deixou mais de 1.400 palestinos e 10 israelenses mortos.

Da EFE, em Genebra

O Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU aprovou nesta sexta-feira (16) um relatório que condena Israel e o movimento islâmico palestino Hamas por crimes de guerra durante a ofensiva israelense iniciada no ano passado contra a Faixa de Gaza.


Dos 47 países que formam o Conselho, 25 apoiaram a resolução sobre o relatório Goldstone, seis a rejeitaram, 11 se abstiveram e 5 não votaram.


O Brasil foi um dos países latino-americanos que apoiaram a resolução.

Foto: AFP
Palestinos observam nesta quarta-feira (14) estragos causados por bombardeio israelense a túnel na fronteira da Faixa de Gaza com o Egito. (Foto: AFP)

Só os países islâmicos, africanos e não-alinhados deram um "sim" unânime ao texto, que contou também com o apoio de alguns países latino-americanos, enquanto os europeus votaram divididos.


Em 2 de outubro, o Conselho decidiu adiar a resolução sobre o relatório Goldstone - que acusa o Exército israelense e o Hamas de cometer crimes de guerra durante a citada ofensiva contra Gaza - até a próxima sessão de março, a pedido dos copatrocinadores da mesma.


No entanto, devido à pressão interna sofrida pelo governo palestino para que a resolução fosse debatida e votada, o Conselho convocou uma sessão especial que aconteceu entre quinta e sexta.


A resolução condena Israel por não colaborar com a missão de investigação, e solicita que sejam aprovadas as recomendações contidas no relatório, que incluem que o Conselho de Segurança da ONU leve ao Tribunal Penal Internacional o caso da ofensiva de Gaza, que causou a morte de 1.400 palestinos e dez israelenses, se Israel e Hamas não fizerem averiguações sobre os fatos.


Além disso, a resolução solicita que todos os órgãos das Nações Unidas, incluindo a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança e secretário-geral, Ban Ki-moon, e a alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, zelem por que as recomendações sejam cumpridas.


A Organização de Países Islâmicos, patrocinadora do texto, incluiu uma modificação para que a resolução fosse mais ampla e buscasse que todas as violações de direitos humanos, e não só as cometidas por Israel, sejam perseguidas e julgadas, algo que foi justificado como uma demonstração de flexibilidade.


Ao defender a resolução, o embaixador palestino, Ibrahim Khreishe, disse que seu país "não condena Israel nem Hamas, mas defende o direito internacional humanitário e busca que todos os assassinos, sejam do lugar onde forem, não fiquem fora da Justiça, nem fiquem impunes".


Israel se limitou a dizer que a resolução "era desequilibrada, porque não há uma só menção ao Hamas".


Essa posição foi apoiada pelos Estados Unidos, cujo representante, Douglas M. Griffiths, se mostrou "decepcionado com o resultado e pelo fato de terem sido tomadas decisões às pressas".



http://g1.globo.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Novo fóssil africano substitui Lucy como esqueleto mais antigo

Lucy, conheça Ardi. Ardi, a versão mais curta de Ardipithecus ramidus, é o mais novo esqueleto fóssil descoberto na África que entrará para a galeria da origem do raça humana.

Com 4,4 milhões de anos, este hominídeo viveu muito antes e era mais primitivo que a famosa Lucy de 3,2 milhões de anos, da espécie Australopithecus afarensis.

Desde a descoberta de fragmentos do hominídeo mais velho em 1992, uma equipe internacional de cientistas tem procurado mais espécimes e na quinta-feira apresentou um esqueleto bastante completo e sua primeira análise.


Representação de "Ardi" e os fragmentos de fóssil encontrados / NYT

Substituindo Lucy como o primeiro esqueleto conhecido da raça humana na árvore genealógica da família primata, segundo os cientistas, Ardi abre uma janela para "os primeiros passos evolutivos que nossos antepassados deram depois que nós divergimos de nosso antepassado comum com os chimpanzés".

O hominídeo mais velho já era tão diferente dos chimpanzés que sugeria que "nenhum macaco moderno pode ser usado para caracterizar a evolução dos primeiros hominídeos", eles escreveram.

O espécime Ardipithecus, uma fêmea adulta, tinha cerca de cerca de 1m20 de altura e pesava 55 quilos, quase 30 cm mais alto e duas vezes mais pesado que Lucy. Seu cérebro não era maior do que o de um chimpanzé moderno.

O hominídeo mantinha a agilidade para subir em árvores mas já caminhava sobre duas pernas na vertical, uma inovação transformadora para os hominídeos, entretanto não tão eficazmente quanto a família de Lucy.

Os pés de Ardi ainda teriam que desenvolver a estrutura em arco que veio depois com Lucy e consequentemente para os humanos.

As mãos eram mais parecidas com a de macacos extintos. E os braços muito longos e pernas curtas também se assemelham às proporções de macacos extintos.

Tim D. White da Universidade da Califórnia, Berkeley, líder da equipe, disse em uma entrevista esta semana que o gênero Ardipithecus parece solucionar muitas incertezas a respeito "da fase inicial de adaptação evolutiva" depois que a linhagem dos hominídeos se dividiu da dos chimpanzés.

Nenhum rastro fóssil do último antepassado comum, que viveu em algum momento há 6 milhões de anos de acordo com estudos genéticos, foi descoberto até agora.

As outras duas fases significativas aconteceram com o surgimento do Australopithecu, que viveu aproximadamente entre 4 milhões e 1 milhão de anos atrás, e então o aparecimento do Homo, nosso próprio gênero, a menos de 2 milhões de anos.

A relação ancestral entre o Ardipithecus e o Australopithecus não foi determinada, mas a família australopithecine de Lucy é geralmente reconhecida como o grupo ancestral do qual o Homo evoluiu.

Cientistas não envolvidos na nova pesquisa aclamaram sua importância, colocando o esqueleto de Ardi em um pedestal ao lado de figuras notáveis na evolução dos hominídeos como Lucy e o Menino de Turkana de 1,6 milhão de anos, um espécime quase completo de Homo erectus com anatomia notavelmente semelhante ao Homo sapiens moderno.

- Anne Lawrence Guyon

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