Loading

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O poder curador do perdão

 
  
 
Simão, um fariseu proeminente, convidou Jesus para jantar em sua casa. Quando Jesus tomou lugar à mesa, uma mulher da cidade, prostituta, pegou um vaso cheio de perfume precioso, abraçou os pés do Senhor e, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e também lhe beijava os pés e os lavava com o perfume. Diante dessa cena grotesca e inusitada, o fariseu anfitrião pensou consigo mesmo: “Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora”.
Jesus, percebendo a indiferença e censura do fariseu, lhe contou uma história: “Certo credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentos dinheiros, e o outro, cinquenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?”. Simão respondeu de pronto: “Suponho que aquele a quem mais perdoou”.
Jesus elogiou sua resposta e, voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste um beijo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama”. Jesus então se voltou para a mulher e lhe disse: “Perdoados são os teus pecados” (Lc 7.36-48).
Que cena! Ali estava uma mulher que precisava desesperadamente de perdão, e só lhe davam desprezo. Os líderes religiosos, os coronéis da esperança da época, só lhe imputavam juízo e condenação. Mas Jesus lhe estendeu a mão e, vendo que no seu coração ainda havia lugar para o amor, a perdoou de seus muitos pecados. Jesus sabia, e aquela mulher pecadora ficou sabendo, que o perdão cura a alma e abre a porta para expressarmos o amor de Deus na vida. Amada e perdoada, ela agora poderia também perdoar e amar.
Lembro-me que, por ocasião da guerra do Vietnã, uma foto em particular foi publicada em quase todos os jornais do mundo. Ela retratava uma garotinha fugindo aterrorizada de sua aldeia, juntamente com outros meninos, esperando escapar ao horror do Napalm que queimava sua pele. Ao fundo, um manto de fumaça e destruição. Seu nome é Kim Phuc. Nela ficaram as cicatrizes indeléveis em quase todo o corpo, como marcas do horror e da intolerância.
Em meados de 1996, Kim Phuc foi chamada para dar uma palestra em Washington, no Memorial dos Veteranos do Vietnã. Durante a palestra, ela disse que perdoaria o piloto que lhe infligiu tamanho dano, se um dia eles se encontrassem. O homem a quem ela se referia era John Plummer. Ele havia declarado estar certo de não haver civis morando na aldeia, por isso ordenara o ataque. Mas isso não fazia a menor diferença: sua culpa continuava latente e ele precisava se sentir perdoado.
O auditório estava lotado e, inacreditavelmente, John Plummer estava na plateia. Ele soube que Kim estaria lá, então foi para ouvi-la falar. Após a cerimônia, os dois se encontraram face-a-face, olhos-nos-olhos. Dois personagens antagônicos: ele é um americano que, no auge da guerra, quase a matou; ela é uma vietnamita que, quando o napalm começou a cair do avião dele, correu para salvar a própria vida.
Naquele momento, tudo o que John Plummer sabia dizer era: “Perdoe-me, eu sinto muito”. Constrangido, ele repetia a mesma frase. Kim Phuc o fitou por alguns momentos e respondeu: “Tudo bem, eu perdoo você”.
Como ela poderia perdoar o responsável por tamanho terror em sua vida? A resposta é que, após a guerra, Kim tornara-se uma seguidora de Jesus Cristo, assim também como John. Eles entendiam o perdão – como dá-lo e como recebê-lo. Eles foram perdoados por Jesus e, assim, permitiram que o amor de Deus em seus corações fizesse o ciclo do perdão continuar.
Kim Phuc era uma mulher que conhecia os princípios da fé cristã. Ela poderia ter ficado ressentida, como muitos o fazem, e odiado seu ofensor. Poderia ter desenvolvido um espírito amargo e vingativo. Poderia ter carregado uma raiva inflamada desse incidente cruel que marcara sua vida para sempre. Mas ela estava seguindo as ordens de Jesus: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5.44); e também: “Não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados” (Lc 6.37). Ela sabia que fora totalmente perdoada por Deus, e podia orar: “Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve” (Lc 11.4). Assim, Kim Phuc perdoou o seu antigo algoz John Plummer e ministrou perdão ao seu coração carregado de culpa, abrindo a porta para o amor fluir.
Num mundo onde a retaliação é comum, somos chamados a amar e perdoar. Os princípios de Jesus são extremamente desafiadores, e isso não é fácil para ninguém. Mas, com a ajuda do Senhor, podemos seguir este conselho: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3.13). Portanto, libere o poder curador do perdão e abra a porta para o amor de Deus fluir através de você e de quem mais você perdoar.
 
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
 
 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Podemos aprender com os problemas

 
 
 
 
O Homem da Música, comédia musical de Robert Meredith Wilson, première com sucesso na Broadway, e depois transformada em filme, é conhecida por seus ritmos memoráveis e cadenciados, mas também pelos momentos de profunda percepção dos intricados caminhos da vida. Numa cena, o professor Harold Hill, um notável vigarista, procura expressar um genuíno amor pela bibliotecária Marian. Mas a moça está sempre voltada para o futuro incerto, não se atendo a viver plenamente o momento presente. Então Hill lhe fala: “Quem empilha um monte de amanhãs, depois só encontrará um monte de ontem vazios”.
Decerto o professor Harold Hill podia e sabia como ser inescrupuloso, mas também entendia a importância de viver o presente com todas as suas nuances e perspectivas, com seus problemas e possibilidades de erros e acertos na vida. Ele sabia que era preciso viver a vida como ela se apresentava, não cabendo ficar preso às certezas inglórias do passado, por mais duras que sejam, nem tampouco quedar-se paralisado diante das incertezas do futuro, por mais assustadoras que pareçam.
No conhecido Sermão do Monte, Jesus apresentou uma simples e poderosa mensagem sobre como não se deixar vencer pela preocupação com os problemas da vida. Ele disse: “Não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mt 6.34).
E por que Jesus fez essa advertência? Entre as razões possíveis, posso destacar duas. Por um lado, se conhecêssemos todas as coisas boas que acontecerão amanhã, estaríamos tão empolgados hoje como desapontados amanhã. E por outro lado, se soubéssemos todas as coisas ruins do nosso futuro, sentimentos profundos como preocupação, medo e tristeza nos paralisariam hoje.
O escritor e historiador Edward Everett Hale disse: “Nunca leve mais de um tipo de problema ao mesmo tempo. Algumas pessoas carregam três tipos: todos os que já tiveram, todos os que têm agora, e todos os que esperam ter”.
       Todas as pessoas têm algo em comum: problemas! Não devemos ficar surpresos com isso, mas sim entender que os problemas fazem parte da vida. O fato é que nós conhecemos os problemas de forma íntima e pessoal: perseguições, dívidas, falta de dinheiro, saúde debilitada, conflitos conjugais, tristeza, depressão, desemprego, morte de uma pessoa amada etc.
       Alguns mestres “modernos” tentam empanar essa visão da vida criando “teologias” que procuram banir definitivamente os problemas, como se os mesmos fossem uma maldição. Mas não são. Decerto, os problemas não são necessariamente bons ou maus. Eles são meramente problemas. Eles estão aí e teremos, cedo ou tarde, de enfrentá-los. E é neste ponto de enfrentamento que é decidido se os resultados serão bons ou maus.
       Portanto, não devemos nos surpreender que Deus nos permita passar por alguns problemas (1 Pe 4.12). Os problemas podem, inclusive, revelar a verdadeira fibra moral da nossa alma e mostrar o nosso real valor na vida.
       Uma das grandes lições que os esportes fornecem para a vida é exatamente essa: é preciso enfrentar os obstáculos e vencê-los. Eles fazem parte do jogo. Imagine um esporte sem desafios ou a vida sem problemas.
Oliver Wendell Holmes disse: “Se eu tivesse uma fórmula para evitar problemas, não a divulgaria. Se o fizesse, não estaria fazendo o bem para ninguém. Os problemas criam a capacidade de lidar com eles. Por isso, encare-os como um amigo, pois verá muitos deles e é melhor ter um bom relacionamento com eles”.
       Antes da tecnologia digital, para se revelar fotos, o filme tinha de ser levado primeiro a uma câmara escura. Só depois que os produtos químicos faziam o seu trabalho no escuro é que era possível expor os negativos à luz, e assim produzir a foto acabada. A luz que teria destruído o filme antes, agora revela a sua beleza. Passar por problemas na vida, portanto, é como passar na “câmara escura”.
Se, como cristãos, passamos por experiências difíceis, essa é uma excelente oportunidade para Deus trabalhar a nossa vida espiritual. Ao enfrentarmos dificuldades, tristezas, decepções e frustrações, é na “câmara escura de Deus” que a imagem de Cristo é revelada em nós. Só então estaremos prontos para ser exibidos na luz da vida. O profeta Jeremias, sabendo disso, afirmou: “Ele me colocou em lugares escuros... É bom confiar e esperar silenciosamente pela salvação do Senhor” (Lm 3.6,26).
Portanto, não centralize a sua atenção em culpar pessoas ou circunstâncias por causa dos vales escuros de frustração e desespero pelos quais esteja passando. Embora eles possam ser a causa secundária, coloque o seu foco na ação de Deus em sua vida e aprenda a reconhecer os benefícios das momentâneas escuridões.
       Não se desespere por causa dos problemas, antes os enfrente resolutamente. Fugir dos problemas é como se expor à luz cedo demais e estragar o filme. Espere a hora de Deus, não estrague a impressão do Seu amor no filme da sua vida. Portanto, deixe o Senhor trabalhar a beleza da semelhança de Cristo dentro de você para poder exibi-la na galeria dos heróis da fé, aqui e na eternidade.
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A Copa da Vida


  
 
 
O Brasil está sediando a sua segunda Copa do Mundo. Perdeu a primeira no sofrido e vergonhoso “maracanaço”. E agora, tem uma segunda chance de vencer a Copa em casa. Vencerá? Perderá novamente? Quem sabe?
Sabemos que a Copa do Mundo é uma competição; é luta, mas também é festa. Uma festa em escala planetária. Cerca da metade dos sete bilhões de habitantes do mundo para tudo para assistir aos jogos do maior fenômeno esportivo mundial. Nações contra nações numa “guerra” diferente, onde importa ganhar dentro do campo, em obediência a dezessete normas estritas.
A vida também tem a sua “Copa”, essa muito mais difícil, onde semelhantemente muitos podem ganhar ou perder. A Copa da Vida é, de longe, mais importante que a Copa do Mundo. Enquanto nesta o perdedor pode se recuperar na copa seguinte, na outra a perda é irreversível e irreparável.
Não quero obviamente arriscar análises sobre quem ganhará esta Copa do Mundo. Existem os narradores, os comentaristas, os milhões de “técnicos” dentre os apaixonados torcedores, que poderão fazê-lo sobejamente. Mas sobre a Copa da Vida, que venho “jogando” há tempos, e vencendo pela infinita graça de Deus, gostaria de elencar algumas considerações.
Da comparação dessas duas Copas brotam preciosas lições. Não sou o primeiro a fazer isto. O apóstolo Paulo, antenado com o mundo de sua época, usou o esporte como paradigma, emprestando conceitos das olimpíadas gregas para falar da Copa da Vida.
Ele disse: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível” (1Co 9.24-25).
Não bastava competir; eles tinham de lutar do modo certo e ganhar. Deviam exercer domínio próprio, não viver de qualquer jeito, como se todos os caminhos levassem a Deus. Paulo entendia que Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” que conduz à vitória (Jo 14.6); e que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” ou derrota (Pv 14.12).
       Na Copa, assim como na vida, há normas. Paulo reconhecia que “o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2 Tm 2.5). Quando arguido a respeito da maior norma (ou mandamento), Jesus disse: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.30,31).
       A Copa do Mundo é assistida por milhões de espectadores. Na Copa da Vida acontece algo semelhante: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb 12.1-2).
Muitos perdem na Copa da Vida porque têm colocado ídolos (imagens, dinheiro, poder, sexo etc.) no lugar que pertence somente a Deus. No futebol há impedimentos, faltas, punições, cartões amarelo e vermelho. Na Copa da Vida, a infração principal é o pecado, a completa falta de “fair-play” para com Deus e os próprios irmãos.
Mas Deus, em vez de dar cartão vermelho, oferece graciosamente uma chance de mudança: “porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11).
       A glória dos estádios é vã; quem aplaude hoje na vitória, vaia amanhã pela derrota. Na Copa da Vida, o vitorioso ganha um “eterno peso de glória”, como se fosse o aplauso de Deus. Na Copa do Mundo, as seleções lutam por um troféu que lhes pertencerá por quatro anos apenas. Na Copa da vida, o troféu é eterno.
Naquela como nesta, só os vencedores poderão ser coroados. Isto porque no céu não há lugar para perdedores. Jesus disse: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida” (Ap 3.5).
Alguns são desclassificados pelo caminho. Mas é preciso avançar: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). É preciso vencer com fair-play, o que significa uma “consciência pura diante de Deus e dos homens” (At 24.16).
       Muito esforço é desprendido para ganhar uma Copa. Assim também é na Copa da Vida, cujo alvo é ganhar o reino de Deus. Jesus afirmou: “O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11.12).
       Gostaria, portanto, de lhe perguntar: você está preparado para vencer a Copa da Vida?
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
 
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

103 Anos de Avivamento Missionário


 
 
 
Conta-se que certo missionário pregou a uma tribo indígena, anunciando-lhes que Deus amou de tal maneira o homem que enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a todos os pecadores. Essa tribo inteira veio a crer no Evangelho. O mais inusitado é que, um pouco antes, houve esse diálogo entre o chefe indígena e o missionário: “Há quanto tempo Jesus veio à terra para nos salvar?” – perguntou o chefe. “Há cerca de dois mil anos” – o missionário respondeu. Ao que o chefe indígena, surpreso, indagou: “Por que vocês demoraram tanto?”
O Brasil, especialmente Belém do Pará, recebeu o privilégio de uma visitação da parte de Deus, quando os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren aqui chegaram, em 19 de novembro de 1910, nos trazendo a mensagem pentecostal do Evangelho, cujo cerne era este: Jesus Cristo salva os pecadores, cura os enfermos, batiza com Espírito Santo, e em breve voltará. Demorou, mas um dia esses dois homens obedeceram a Deus e vieram nos pregar a mensagem de Salvação. Daniel Berg, especialmente, tinha particular êxito no trabalho de evangelização pessoal, o que lhe dava oportunidade de testificar a muitas pessoas, de casa em casa, nas viagens, nas ruas etc. Ele levou muitas pessoas a experimentarem a salvação em Cristo, pois aproveitava todas as oportunidades para falar do amor de Deus a todos os que cruzavam o seu caminho.
Ele tinha bem vívida em seu coração a mensagem de David Livingstone: “Deus teve um único Filho e fez Dele um missionário”. Certamente desafiava-lhe a conhecida mensagem do pregador Charles H. Spurgeon: "Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor".
Daniel Berg era um verdadeiro missionário; ele veio, pregou e fez escola. Os novos convertidos que se filiaram à Assembleia de Deus (cujo primeiro nome foi Missão de Fé Apostólica), sentiram de imediato o impulso do Espírito Santo, quando então começaram também a testemunhar de Jesus e a ganhar almas para Deus, seguindo os passos de Daniel Berg.
Neste aniversário de 103 Anos de Avivamento Missionário da Assembleia de Deus em Belém, todos os membros da Igreja-mãe: crianças, adolescentes, jovens, adultos e plena idade, sim, todos irão compartilhar o Evangelho com uma pessoa, onde cada um estiver, a hora em que puder e da forma que souber.
Hoje, visando a esse objetivo, estamos trabalhando alegremente no Dia de Ação Missionária Daniel Berg, quando cada assembleiano tem diante de si esse santo privilégio de levar Jesus a uma pessoa. De fato, se cada assembleiano assumir igualmente esse desafio, descobrirá um potencial nunca antes visto em sua vida, abençoando outras pessoas que ainda não conhecem Jesus.
Sabemos que se cada evangélico discipulasse uma pessoa por ano, o mundo todo estaria alcançado em 5 anos. Igualmente, se cada assembleiano alcançasse uma pessoa diferente por ano em nossa cidade, Belém toda estaria evangelizada em 5 anos.
Para inspirar sua vida, quero contar-lhe uma história interessante, de como a graça salvadora de Deus se manifesta quando tomamos a iniciativa de falar de Jesus às pessoas. Certa feita, já com mais de 20 anos de idade, uma filha de pastor deu-se conta de que nunca havia compartilhado o Evangelho com ninguém, simplesmente porque tinha medo.
Um dia ela saiu determinada a não deixar mais o medo impedi-la. Uma mulher se aproximou, e a jovem lhe falou sobre o plano da Salvação de Deus e o Seu amor. Aquela mulher começou a chorar. A filha do pastor lhe deu um abraço para consolá-la, e a mulher tirou uma pistola da bolsa, dizendo que estava a caminho do bosque porque pretendia se matar. Antes de dar o tiro fatal em si mesma, ela orou: “Deus, se você existe e me ama, envie um anjo para me impedir e me abraçar”. Hoje essa mulher e toda a sua família creem e falam a outras pessoas sobre o Jesus que os salvou.
Se você conhece Jesus, faça como Paulo ensinou a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não”. Não demore mais; antes, pregue a Palavra de Deus, leve Jesus a quem precisa. Evangelize os seus vizinhos, os amigos, os parentes, de modo que todos tenham a oportunidade de conhecer a salvação de Deus.
E se você não conhece Jesus, abra o seu coração, abra a porta da sua casa a alguém que seja portador dessa mensagem salvadora; ouça com atenção, creia de coração, e receberá a vida eterna em Cristo Jesus.
Atente também para a programação das festividades dos 103 Anos de Avivamento Missionário da Igreja-mãe: Domingo (15/06), haverá celebração em todos os templos da Igreja em Belém. De 16 a 18 de junho, a celebração ocorrerá no Centenário Centro de Convenções, e você também pode participar livremente como nosso convidado especial.
Nosso lema é este: Assembleia de Deus em Belém – 103 Anos de Avivamento Missionário. 
 
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
 
 

Pesquisar este blog