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sábado, 24 de novembro de 2012

Escola Bíblica Dominical L08 4T 12





Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)

A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 08 de 13
    25 de novembro de 2012.

Tema:  Naum – O Limite da Tolerância Divina

Texto Áureo: Disse mais: Ora, não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se porventura se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei por amor dos dez” (Gn 18.32).

Verdade Prática: No tempo estabelecido por Deus, cada nação e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.

LEITURA BÍBLICA
 
Naum 1.1-3,9-14

1 - Peso de Nínive. Livro da visão de Naum, o elcosita.
2 - O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.
3 - O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
9 - Que pensais vós contra o SENHOR? Ele mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia.
10 - Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.
11 - De ti saiu um que pensa mal contra o SENHOR, um conselheiro de Belial.
12 - Assim diz o SENHOR: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, ainda assim serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais.
13 - Mas, agora, quebrarei o seu " jugo de cima de ti e romperei os teus laços.
14 - Contra ti, porém, o Senhor deu ordem, que mais ninguém do teu nome seja semeado; da casa do teu deus exterminarei as imagens de escultura e de fundição; ali farei o teu sepulcro, porque és vil.

INTRODUÇÃO
Quando Naum anunciou o seu oráculo contra Nínive, já fazia um século e meio que Deus havia dispensado a sua misericórdia à grande, poderosa e perversa cidade. No tempo de Jonas, o Senhor compadecera-se dos ninivitas, poupando-os de iminente destruição. Infelizmente, o tempo passou e eles vieram a se esquecer do perdão divino, voltando a pecar contra Deus. Por isso, o profeta Naum proclama a ruína inevitável de Nínive. Agora, o juízo divino é irreversível!

I. O LIVRO DE NAUM
1. Contexto histórico. Naum, à semelhança de outros profetas menores, não possui biografia. Ele apresenta-se apenas como o "elcosita". O reinado no qual profetizou não é mencionado (v. 1 b). As escassas informações de que dispomos ainda não são conclusivas. As opiniões dos eruditos são divergentes. Elas variam entre o assédio de Jerusalém, em 701 a.C., por Senaqueribe, rei da Assíria (2 Rs 18.1 3) até as reformas religiosas protagonizadas por Josias, rei de Judá, em 621 a.c. (cf. 2 Rs 22.1-23.37; 2 Cr 34.1-35.27).

a) Origem do profeta. Alguns estudiosos acreditam que "elcosita" (v.1c) refere-se a uma cidade da Assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive, em AIkush, ao norte do atual Mossul, Iraque. Tal informação é a menos provável, visto que, desde a antiguidade, a cidade de Cafarnaum - na Galileia, casa de Jesus (Mt 9.1 ; Mc 2.1), cujo nome significa "aldeia de Naum" - é apontada como local de nascimento do profeta.

b) Período aceitável. Em 61 2 a.C. a cidade de Nínive foi destruída. A profecia menciona também o desmoronamento de Nô-Amon como fato comprovado historicamente (3.8-10). O rei assírio, Assurbanipal, destruiu a cidade egípcia de Nô em 663 a.C. De acordo com essas informações, podemos considerar 663 a 612 a.C. como um período histórico significativo para situarmos o ministério profético de Naum.

c) Nínive (v. 1). Nínive era a antiga capital do império assírio. Suas ruínas estão localizadas ao norte do Iraque. É uma das cidades pós diluvianas fundada por Ninrode, descendente de Cuxe (Gn 10.8-1 1), por volta de 4500 a.C. –  tornando-se proeminente antes de 2000 a.C. O rei assírio, Senaqueribe (705 - 681 a.C), fortificou a cidade, garantindo assim o apogeu da capital assíria. O
Senhor refere-se a ela como a "grande cidade" (Jn 1.2; 3.2). A crueldade do povo ninivita era indescritível e essa foi a fama que os acompanhou durante toda a história.

2. Estrutura. O "Livro da visão de Naum" (v. 1 b) consiste em três breves capítulos. O capítulo 1 divide-se em duas partes principais: a primeira é um salmo de louvor a Jeová (vv. 2-8); a segunda, num estilo poético, anuncia o castigo dos seus inimigos (vv. 9-14), sendo que o versículo 15 é parte do capítulo 2 na Bíblia Hebraica. O segundo capítulo anuncia assédio e a destruição de Nínive. E terceiro o "boletim de ocorrência" dos motivos de sua queda.

3. Mensagem. O tema do livro é a "queda de Nínive". A expressão "peso de Nínive" (v. 1 a) proclama o início de sua ruína. O substantivo hebraico para "peso" é massá que significa "carga, fardo, sofrimento" (Êx 23.5; Nm 11.11,17) bem como "sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia" (Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). Ela aponta para a proclamação de um desastre (ls 14.28; 23.1;30.6).

II. TOLERÃNCIA E VINDICAÇÃO
1. Vingança (v.2). A mensagem de Naum é o juízo divino sobre Nínive. Aqui, sobressaem os atributos divinos pertinentes ao tema. O verbo hebraico naqam, "vingar-se, tomar vingança", aparece três vezes só neste versículo e precisa ser devidamente compreendido. Vingança é o castigo imposto por dano ou ofensa; diz respeito a infratores contumazes da lei divina. Visto que a vingança pertence a Deus (SI 94.1), ai contra eles está o justo "juiz de toda a terra" (Gn 18.25). I

2. Longanimidade. Deus é compassivo e "tardio em írar-se" (v.3a), pois a longanimidade divina espera o arrependimento do pecador (Rm 2.4-6). Todavia, isso não é sinônimo de impunidade, pois a justiça do Eterno não permite tomar o culpado por inocente. Uma vez que Nínive persistiu em sua maldade e a Assíria construiu o seu império pela violência e desrespeito aos direitos humanos, massacrando muitos povos, dentre eles o de Judá e o de Israel, agora essas mesmas nações se alegrarão com a queda e a humilhação da cidade maléfica (3.5-7).

3. O poder de Deus. As descrições poéticas dos atributos divinos estão ligadas ao poder e a majestade de Deus (1.3-8). O profeta declara que o Senhor "tem o seu caminho na tormenta e na tempestade" (v.3). Em linguagem metafórica, o poder, a grandeza e a majestade do Senhor são descritos através da força da natureza. Essas descrições mostram que a espera do Eterno em punir os ninivitas não se deu por falta de poder, mas por causa de sua longanimidade.

III. O CASTIGO DOS INIMIGOS
1. Quem são os "inimigos"? Os assírios eram os "inimigos" e a expressão "peso de Nínive" (v.1 ) - referindo-se à capital da Assíria - o confirma. A usência da indicação desse povo (vv. 9-14) também ensina as nações, ao longo da história, que sentenças similares às da Assíria são aplicáveis a qualquer povo que se levantar contra Deus. Por essa razão a queda dos assírios foi definitiva (v.9).

2. O estilo de Naum. O livro do profeta Naum é rico em metáforas. O exército assírio é comparado a um emaranhado de espinhos e aos bêbados embriagados com vinho (v.10), significando que Deus enfraqueceu o poder de Nínive e que li; os ninivitas são uma "presa fácil". Por esse mesmo motivo, Nabopolassar, rei de Babilônia e pai do rei Nabucodonosor, entrou na cidadeem 612 a.C. sem resistência alguma dos assírios.

3. Reminiscências históricas? Alguns expositores bíblicos pensam que o "conselheiro de Belial" (vv. 11,12) é uma referência a Senaqueribe (2 Rs 8.13). É verossímil que o versículo 14 pareça aplicar-se a ele (2 Rs 18.36,37), pois a reminiscência histórica é comum em muitas mensagens proféticas. Entretanto, não é o que parece aqui, pois provavelmente a expressão "mais ninguém do teu nome seja semeado" (v.14), aluda à falta de herdeiro no trono, denotando o fim do império. Tal sentença indica o caráter definitivo do castigo divino.

4. A consolação de Judá.
Assim como a profecia de Obadias era contra Edom, mas a mensagem era para Judá, semelhantemente ocorre aqui, conforme a declaração profética: "serão exterminados, e ele passará; eu te afligi, mas não te afligirei mais" (v.12). Essa abrupta mudança da terceira para a segunda pessoa indica a mensagem de esperança para Judá, O castigo de Judá é corretivo. O povo ainda achará o favor divino (v.13). Mas o juízo dos assírios é final, por haverem eles rejeitado a misericórdia que o Deus de Israel, gratuitamente, lhes havia oferecido através de Jonas.  

CONCLUSÃO
Assim como o juízo divino puniu a capital da perversa Assíria, assim também acontecerá no dia da ira de Deus, quando Ele punirá a todos, indivíduos e nações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraram na prática do mal.

Nesse dia, todos prestarão contas de seus atos diante dEle. É o que adverte o próprio Senhor através de seus profetas. Contudo, a porta da graça está aberta, oferecendo gratuitamente, a toda as nações, ampla oportunidade de arrependimento e salvação através de Jesus Cristo (2 Pe 3.9).



 domteicos@gmail.com





sábado, 17 de novembro de 2012

Pela simplicidade do Evangelho

Blog

              Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém        

A singeleza sem igual do Evangelho de Jesus Cristo, cuja mensagem descomplicada e clara, posta em linguagem simples e compreensível, faz com que seja entendido até pelas crianças. A resposta ao Evangelho precisa estar imbuída de uma fé igualmente simples, sem ser simplista. No entanto, inúmeras pessoas, dentro e fora das igrejas, não conseguem ou não querem entender que as exigências esdrúxulas e mirabolantes que muitas vezes são apresentadas como mensagens “evangélicas” não passam de tábua rasa do legalismo com verniz religioso, nada tendo a ver com o verdadeiro Evangelho de Cristo.       

Se o Evangelho fosse complicado, talvez seria mais palatável aos afeitos a enfrentar desafios difíceis. Se dependesse de grandes exercícios intelectuais, talvez fosse considerado suficientemente culto aos que se gloriam do próprio saber. Se dependesse de investimento financeiro e pudesse ser comprado numa apólice, talvez os ricos estivessem dispostos a pagar grandes somas pelas suas bênçãos.

Se o Evangelho dependesse de esforços pessoais para recebimento do perdão de pecados, não seria “boas novas”. O Evangelho tem uma marca indelével: tudo o que tinha de ser feito para o reatamento da nossa comunhão com Deus foi realizado definitivamente por Jesus! O próprio Jesus, no patíbulo da cruz, bradou: “Está consumado!”.

Essa é a boa notícia: o Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”. Jesus disse: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Rm 1.16; Mc 1.15). Desse modo, o que Deus requer de cada pessoa é a simplicidade da fé devida ao Evangelho, a mensagem das “boas novas” de que somos salvos pela graça de Deus; não algo a ser explorado para proveito próprio, como temos visto hoje em dia.

Infelizmente, alguns líderes religiosos abusam da credulidade do povo e se aproveitam da disposição humana de achar-se “merecedor” de bênção. Em vez de levarem as pessoas ao exercício de uma fé simples e descomplicada em Deus, complicam tudo ao remetê-las a uma caminhada de luta baseada em esforço pessoal, que para nada aproveita. Bem disse o sábio Salomão: “Tudo o que eu aprendi se resume nisto: Deus nos fez simples e direitos, mas nós complicamos tudo” (Ec 7.29).

O exemplo de Naamã, o famoso comandante do exército da Síria, que havia contraído lepra, é sintomático. Por causa da doença, seu prestígio estava minguando e ele tinha pouco tempo de vida. Nisso, uma menina escrava apresentou a mensagem de que havia em Israel um profeta de Deus que podia curá-lo. Ciente disso, ele juntou presentes finos e muito dinheiro, e partiu ao encontro do profeta.

O profeta Eliseu lhe disse: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo”. Mas Naamã, decepcionado e indignado, filosofou toda a sua frustração: “Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso”. Mas os seus oficiais lhe disseram: “Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo”.

A mensagem era simples, franca e direta. Tudo o que ele tinha de fazer era banhar-se sete vezes no rio Jordão. Convencido pelos oficiais, Naamã fez o que dissera o profeta, obtendo sua cura. Depois disso, afirmou: “Reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel”. (Leia 2 Re 5.1-15).

Em suma, enquanto o profeta de Deus queria que Naamã exercesse uma fé simples em Deus, este queria espetáculo. Mas foi só depois de fazer “consoante a palavra do homem de Deus” é que Naamã recebeu a bênção.

A Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus”, não a loquacidade humana. Jesus disse: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Rm 10.17; Mt 4.4). Sendo assim, quando alguma mensagem sugerir algo que a Palavra de Deus não autoriza, desconfie.

Quando alguém pregar que a sua fé precisa de um malabarismo religioso para receber cura; quando lhe disserem para se utilizar de alguma “simpatia”, como se tal coisa pudesse proteger a sua vida; quando tentarem extorquir dinheiro em troca de bênçãos; quando disserem para colocar sal grosso na casa para expulsar os maus fluidos; quando tentarem atribuir a responsabilidade de seus pecados a “encostos”; quando quiserem vender qualquer coisa (rosas, azeite, sal, fita etc.) para “abrir portas” a fim de receber alguma bênção; sim, desconfie, pois essas coisas são tentativas engenhosas de pantomimizar o Evangelho, mas sendo tropeço aos pequeninos e escândalo aos símplices.

O Evangelho de Jesus é simples, mas deveras exigente; é de graça, mas não barato. A porta é apertada; e o caminho, estreito e sem atalhos. Viva a simplicidade do Evangelho!





sábado, 10 de novembro de 2012

Escola Bíblica Dominical L06 4T 12


Site



Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)


A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 06 de 11
                        11 de novembro de 2012

Tema: Jonas – A Misericórdia Divina

Texto Áureo –E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez(Jo 3.10).

Verdade Prática – O relato de Jonas ensina-nos o quanto Deus ama e está pronto a perdoar os que se arrependem.

LEITURA BÍBLICA
Jonas 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2

Jonas 1
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas filho de Amitai, dizendo:
2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E lonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
15 .) - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da sua fúria.
17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.

Jonas 3
8 - Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 - Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10 - E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.

Jonas 4
1 - Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo ressentido.
2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânime e grande em benignidade e que te arrependes do mal.

INTRODUÇÃO
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor Jesus e continuam a impressionar ao longo da história.

I. O LIVRO DE JONAS

1. Contexto histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que Jonas é da época do império assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei ninivita impactado com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.c. Nessa época, Jeroboão II, filho de Joás, reinava em Samaria, sobre as dez tribos do Norte.

2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de Amitai (1.1). Ele é mencionado em outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25). Gate-Hefer localizava-se na terra de Zebulom (ls 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.

Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade; desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta bíblico, do qual se tem notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em direção oposta. Társis, segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na orla ocidental do Mediterrâneo, a sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos. Será que Jonas não conhecia a onipresença de Deus? (SI 139.7-10)

3. Estrutura e mensagem. O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro breves capítulos. Apesar de começar com estrutura profética (1.1), a mensagem é apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.

II. O GRANDE PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia Hebraica e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte (2.1). A língua hebraica não dispõe de termo técnico para "baleia". Essa palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que atravessou séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, "grande peixe", uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, "peixe", três vezes (1.17; 2.1,10). A Septuaginta traduz ketei megalo por "grande monstro marinho", e ketos por "monstro marinho", a mesma palavra usada no Novo Testamento grego (Mt 12.40).

2. Interpretação. Não há indício algum no texto para que ele possa ser interpretado como alegoria, ficção didática, mito, lenda etc. Rejeitamos todas essas linhas de pensamento, pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1 Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus Cristo, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre. O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt 12.39-41; 16.4).

III. A MISERICÓRDIA DIVINA
1. A conversão dos ninivitas (3.8,9). O curto relato do livro de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as nações (Tt 2.11). Os ninivitas foram salvos pela graça, pois "creram em Deus" (3.5) e "se converteram do seu mau caminho" (3.10). As obras foram consequência da sua fé no Deus de Israel.

2. O "arrependimento" de Deus. O arrependimento humano é mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que "Deus se arrependeu" (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois Deus é perfeito e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente (MI 3.6). A explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão é parte do plano divino Jr 18.7,8).

3. Explicação exegética. O texto sagrado declara que "Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho" (3.10a). O verbo hebraico aqui é shuv, literalmente: "voltar-se, retornar", frequentemente usado para indicar o arrependimento humano. A respeito do "arrependimento" de Deus, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, naham, "ter pena, arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado" (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr 8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça uma única letra do alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD).

IV. A JUSTIÇA HUMANA
1. Descontentamento de Jonas (4.1). Jonas foi bem-sucedido em sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo algum pregador de hoje, sem dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do trabalho. A Bíblia não revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que o ele mesmo afirma, ao dizer que sabia que Deus é "piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes [niham] do mal" (4.2b).

2. Jonas esperava vingança? O império assírio foi um dos mais cruéis da história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas esperava uma vingança como retaliação por terem os assírios massacrado o seu povo? O certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais velho do filho pródigo? (Lc 15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt 20.1 5).

3. Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina é um dos atributos que revela a natureza de Deus (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor poupou Nínive da destruição, prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus moradores. O próprio Jonas, na qualidade de desertor, também foi alvo da infinita bondade de Deus.

CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em si mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos ninivitas Deus falou por intermédio de Jonas. Hoje, Ele fala através de Jesus, que continua a salvar, a curar e a batizar com o Espírito Santo Jo 14.16; At 4.12). Ele mesmo disse: "E eis que está aqui quem é maior do que Jonas" (Mt 12.41- ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum outro antes ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38). Mesmo assim, foi rejeitado pela sua geração Jo 1 .11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do profeta e arrependido de seus pecados.


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