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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Porque Deus amou Belém...





Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




O escritor Euclides da Cunha assim se referiu à cidade de Belém, ao conhecê-la no início do século passado: "Não se imagina, no resto do Brasil, o que é a cidade de Belém”. E depois de muitos elogios, concluiu: “Foi a maior surpresa de toda a viagem".
O que impressionou o escritor Euclides da Cunha sobre Belém seria o mesmo que, ao longo do tempo, tem encantado os poetas, que lhe chamam carinhosamente de Cidade das Mangueiras, terra do cheiro-cheiroso, lugar das bandeiras vermelhas dos pontos de venda de açaí. Nessa boa terra que, igualmente, “em se plantando, tudo dá”, encontra-se também uma gente de religiosidade pulsante, lugar da chuva diária que limpa as ruas e alivia o calor tropical, cidade de gente hospitaleira.
Nessa época, Belém era das cidades brasileiras mais isoladas, encoberta nas brenhas das matas amazônicas e cercada por grandes rios, tendo ao seu redor quarenta e duas ilhas, furos fluviais e igarapés, com praias de rios e horizonte de oceano, como que encobrindo a cidade dos olhares do mundo.
Nascida sob a influência do Renascimento, que começava a dominar a Europa no início do século XVII, Belém experimentou muito bem toda a pujança que a riqueza da exploração da borracha lhe trouxe, tendo sido a segunda cidade brasileira, logo depois de Manaus, a ter luz elétrica nas ruas, bonde e telefone.
Obviamente Belém não tinha a glória nem a beleza de Nova York ou do Rio de Janeiro, tampouco a riqueza e a potência industrial de Chicago ou de São Paulo. Contudo, embora pequena, era uma cidade bem urbanizada e possuía um magnífico patrimônio arquitetônico.
Esse conjunto de circunstâncias que ao longo do tempo tem levado romancistas e poetas a imortalizarem Belém como sendo “uma festa para os olhos e para a alma” é, decerto, parte de uma abençoada realidade... porque Deus amou Belém.
Parabéns, Belém, pela tua exuberância natural!
O mesmo Deus que amou Belém e a cobriu da glória natural de uma natureza exuberante, também, em decorrência desse amor, procurou expô-la ao mundo por outros motivos. Desse modo, podemos dizer que Deus tem um “negócio” com Belém, assim como teve com Belém da Judeia (sua “xará” mais velha), que foi escolhida para ser o berço do Salvador Jesus Cristo.
Como fruto desse amor, no início do século passado, igualmente, dois homens foram enviados por Deus a Belém com uma mensagem transformadora e revolucionária. Gunnar Vingren e Daniel Berg aqui chegaram em 19 de novembro de 1910, para ministrarem o Evangelho pleno, que consiste na mensagem: “Jesus salva, cura e batiza com o Espírito Santo, e voltará em breve”.
Foi assim que, pela providência divina, Berg e Vingren fundaram a Assembleia de Deus, em 18 de junho de 1911. Belém foi escolhida não apenas para ser o berço da Assembleia de Deus no Brasil, mas também uma “padaria espiritual” (literalmente “casa de pão”, significado hebraico do seu nome) para alimentar as almas famintas de muitos. Por isso, Deus fez de Belém a Capital Pentecostal do Brasil.
Hoje, o movimento pentecostal capitaneado pela Assembleia de Deus está presente em todos os municípios do Brasil, e também em cerca de 160 países, sendo reconhecido como o maior movimento cristão pentecostal do mundo.
Por que Deus escolheu Belém? É certo que no coração de qualquer investidor Belém seria descartada em razão da sua localização isolada no Norte do País, com sua população sofrendo com surtos de febre amarela, malária, tuberculose e lepra. Mas não para Deus. O amor é a essência de Deus, é a força que o move.
Por isso, a razão de a Assembleia de Deus existir não é outra senão demonstrar a Belém o amor de Deus. E esse amor é tão forte que nos constrange o coração, principalmente ao vermos muitos dos filhos desta bela cidade lotando as delegacias, destruídos pelas drogas, lares em crise, casamentos falidos, muita gente sem sustento, bens públicos destruídos e a violência invadindo suas ruas e bairros.
É por causa desse amor que há 102 anos a Assembleia de Deus  ama e serve a esta cidade em nossos 511 templos (onde regularmente se reúnem os nossos 122 mil membros, 1.452 pastores, 1.841 diáconos) espalhados por todos os bairros, em cumprimento da ordem de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...” (Mt 28.19).
Parafraseando as palavras do Filho de Deus, podemos também dizer: “Porque Deus amou Belém de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).
O maior presente a Belém não poderia ser outro, mas a certeza de que o amor de Deus é incondicional e permanente, pois Ele “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4).
Parabéns, Belém, pelos 397 anos de existência!






quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Escola Bíblica Dominical L02 1T 13



Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)


A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 1º Trimestre – 2013. Comentarista: José Gonçalves, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 02 de 13
13 de janeiro de 2013

Tema: Elias o Tisbita

Texto Áureo: “Ele lhes disse: Qual erro o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, desse ele: É Elias, o tisbita” (2 Rs 1. 7,8).

Verdade Prática: A vida de Elias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torna-las gigantes espirituais.

LEITURA BÍBLICA
1 Reis 17.1-7

1 - Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2 - Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
3 - Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4 - E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
5 - Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
6 - E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
7 - E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos mais detalhadamente os fatos relacionados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a identidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisbita, dos moradores de Gileade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um grande espaço na história bíblica posterior.

Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.

I - A IDENTIDADE DE ELlAS
1             Sua terra e sua gente. O relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: "Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade" (1 Rs 17.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão, Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.17; 2 Rs 1.3,8; 9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa!

Davi, Pedro, Paulo, também construíram uma história cheia de sentido e significância. Todos nós deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para a posteridade.

2. Sua fé e seu Deus. O nome do profeta Elias já revela algo de sua identidade, pois significa Javé é o meu Deus ou ainda Javé é Deus. Elias era um israelita e como tal professava sua fé no Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo. Com o desenrolar dos fatos vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo" (1 Rs 18.36). Deus era o Senhor dos patriarcas; da nação de Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus!

Assim como Elias, o crente deve saber de forma precisa quem é seu Deus para que dessa forma possa ter uma fé viva e não vacilante.

II  - O MINISTERIO PROFÉTICO DE ELlAS  
1. Sua vocação e chamada. A vocação e chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: "Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou" (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.

De uma forma geral todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.

2. A natureza do seu ministério. A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs 9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.

De nada adianta possuir um ministério marcado pela popularidade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.

III - ELlAS E A MONARQUIA
1. Buscando a justiça. Na história do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus. Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muito clara (1Rs 21.1-16). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!

2. A restauração do culto. Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 18.30).

IV - ELlAS E A LITERATURA BÍBLlCA
1. No Antigo Testamento. Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Elias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico. Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes "do grande e terrível dia do Senhor" (MI 4.5).

2. No Novo Testamento. Em o Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés falavam com o Salvador acerca da sua "partida" (Mt 17.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Me 6.15; 8.28).

CONCLUSÃO
Os comentaristas bíblicos observam que os capítulos 17- 22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mostram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação da ira divina. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pecado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!




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