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domingo, 28 de julho de 2013

Israel e Palestina começam a negociar na segunda

De acordo com o departamento, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, telefonou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e ambos concordaram que as reuniões serão uma oportunidade para definir como os dois lados poderão prosseguir com as negociações nos próximos meses.

O gabinete de Israel aprovou neste domingo a libertação de 104 prisioneiros palestinos, abrindo espaço para a possível retomada das negociações de paz após cinco anos de suspensão. A libertação dos prisioneiros faz parte de um esforço liderado pelos EUA para colocar os dois lados em diálogo novamente. Fonte: Associated Press.



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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jerusalém - História de Israel

Jerusalém

Início
História Guerra dos Seis Dias Etimologia Períodos Templários Torre de David
Guerras Romano-Judaícas Guerras Romano-Persas Estado Islâmico
Cruzadas Saladino e os Mamelucos Domínio Otomano Mandato Britânico e a Guerra de 1948
Divisão e a controversa reunificação Geográfia Clima Demográfia Política
Econômia Educação Transportes Cultura Significado Religioso Esportes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coordenadas: 31° 46' N 35° 13' 60" E


História

Vista de Jerusalém do Monte das Oliveiras.

Brasão

Bandeira

Significado Hebraico: "Cidade da Paz"
Árabe: "A Sagrada"
Governo: Cidade
Distrito: Jerusalém
Coordenadas: 31° 47′ N 35° 13′ E
População: 732 100[1] (2007)
Jurisdição: 125156 dunams (125 156 km²)
Prefeito: Nir Barkat
Website: www.jerusalem.muni.il

  • Jerusalém (em hebraico moderno: ירושלים, transl. Yerushaláyim; em hebraico clássico: ירושלם; em árabe: القدس, transl. al-Quds: em grego Ιεροσόλυμα, transl. Ierossólyma),
  • é a capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) de Israel e sua maior cidade[] tanto em população quanto área,[] com 732.100 residentes em uma área de 125.1 km² ou 49 milhas (incluindo a área disputada de Jerusalém Oriental).[]
  • Localizada nas Montanhas Judéias, entre o mar mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a Jerusalém moderna tem crescido aos arredores da cidade antiga.


  • A cidade tem uma história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo.
  • Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o centro espiritual desde o século X a.C.
  • contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.
  • Apesar de possuir uma área de apenas 0.9 quilômetros quadrados (0,35 milhas),
  • a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
  • A cidade antigamente murada, um patrimônio mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram introduzidos por volta do século XIX.
  • a cidade velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela Jordânia em 1982.
  • No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
  • Hoje, o status de Jerusalém continua um dos maiores problemas no Conflito israelo-palestino. A anexação, por Israel, do leste de Jerusalém, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, tem sido repetidamente condenada pelas Nações Unidas e órgãos relacionados, e o povo palestino vislumbra o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro Estado. Após a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras de Jerusalém. Início
    Etimologia:
  • Ainda que a origem do nome Yerushalayim seja incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico "yerusha" (legado) e "Shalom" (paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que "Shalom"; é um cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente "completo" ou "em harmonia"), um nome recente de Jerusalém[] isto aparece no livro de Gênesis.[] Outros citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a personificação do crepúsculo.
  • De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao Monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa "completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim" significa a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é perfeito". O final -im indica o plural na gramática hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. O pronunciamento da última sílaba como -ayim parece ser uma modificação posterior, a qual não havia aparecido no tempo da Septuaginta.
  • Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero ("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. "Tzion" inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de David, ficou conhecida como Yir David (a cidade de David).
    Muro de Jebusita, na cidade de Davi.

    Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel, dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C., com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800 a.C. Os Textos de Execração (c. do século XIX a.C.), que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e as Cartas de Amarna (c. século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns arqueólogos, incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém como cidade foi fundada pelos povos semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem (Sem, em português, filho de Noé) e Éber (bisneto de Shem), antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando David conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica. Início
    Períodos Templários
    David reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônica, em 587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
    A Torre de David como pode ser visto a partir de Vale Hinnom.

    Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templário acabou cerca de 586 a.C., quando os babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei persa Círio o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruírem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo.Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o império persa, Jerusalém e Judéia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judéia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do dominio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabéia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital. Início
    Guerras Romano-Judaicas

    Cerco romano e a destruição de Jerusalém (David Roberts, 1850)Conforme o Império Romano se tornou mais forte, ele colocou Herodes como um rei cliente. Herodes o Grande, como ele era conhecido, dedicou-se a desenvolver e embelezar a cidade. Ele construiu muralhas, torres e palácios, e expandiu o Templo do Monte, reforçou o pátio com blocos de pedra pesando até cem toneladas. Sob Herodes, a área do Templo do Monte dobrou de tamanho. Em 6 d.C., a cidade, assim como grande parte da região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos como na Judéia, Herodes e seus descendentes até Agripa II permaneceram reis-clientes da Judéia até 96 d.C. O domínio romano sobre Jerusalém e região começou a ser contestada a partir da primeira guerra judaico-romana, a Grande revolta judaica, que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 d.C. Em 130 d.C. Adriano romanizou a cidade, e ela foi renomeada para Aelia Capitolina. Jerusalém, mais uma vez serviu como a capital da Judéia durante o período de três anos da revolta conhecida como a Revolta de Bar Kokhba. Os romanos conseguiram recapturar a cidade em 135 d.C. e como uma medida punitiva Adriano proibiu os judeus de entrarem nela. Adriano rebatizou toda a Judéia de Síria Palaestina numa tentativa de des-judaizar o país. A proibição sobre os judeus entraram em Aelia Capitolina continuou até o século IV d.C.
    Nos cinco séculos seguintes à revolta de Bar Kokhba, a cidade permaneceu sob domínio romano, até cair sob domínio bizantino. Durante o século IV, o Imperador romano Constantino I construiu partes católicas em Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o pico em tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil pessoas. A partir de Constantino até o século VII, os judeus foram proibidos em Jerusalém.
    Início Guerras romano-persas
    No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos entre persas e romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez. Depois, do avanço do comandante sassânida Cosroes II no início do século VII sobre os domínios bizantinos, avançando através da Síria, os generais sassânidas Shahrbaraz e Shahin atacaram a cidade de Jerusalém (persa: Dej Houdkh), então controlada pelos bizantinos.
    No Cerco de Jerusalém em 614, após passarem incansáveis 21 dias em estratégia de cerco, Jerusalém foi capturada dos persas e isso resultou na anexação territorial de Jerusalém. Depois que o exército Sassânida entrou em Jerusalém, a sagrada "Vera Cruz" foi roubada e enviada de volta para a capital sassânida como uma relíquia sagrada da guerra. A cidade conquistada e a Santa Cruz, permaneceriam nas mãos dos Sassânidas por mais quinze anos, até o Imperador Bizantino Heráclio recuperá-la em 629. Início
    Estado Islâmico
    Cúpula da Rocha visto através do Portão do Algodão.

    Em 638, o Califado islâmico alargou a sua soberania para Jerusalém. Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira cidade mais sagrada do Islã após Meca e Medina, e referido como al Bait al-Muquddas. Mais tarde, ele era conhecido como al-Qods al-Sharif. Com a conquista árabe, os judeus foram autorizados a regressar à cidade. O califa Rashidun Omar ibn al-Khattab assinou um tratado com o patriarca cristão monofisista Sofrônio, assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e a população cristã seriam protegidos ao abrigo do estado muçulmano. Omar foi conduzido à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no qual ele claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De acordo com o bispo gaulês Arculf, que viveu em Jerusalém a partir de 679 a 688, a Mesquita de Omar era uma estrutura retangular de madeira construído sobre ruínas que poderia acomodar 3000 seguidores. O califa Omíada Abd-el-Melek encomendou a construção da Cúpula da Rocha no final século VII. O historiador do século X, El Muqadasi, escreveu que Abd-el-Melek construiu o santuário, a fim de competir na grandeza das monumentais igrejas de Jerusalém. Durante as quatro próximas centenas de anos, a proeminência de Jerusalém foi diminuída pelos poderes árabes na região que brigavam pelo controle da cidade.
    Início Cruzadas, Saladino e os Mamelucos

    Ilustração medieval da captura de Jerusalém durante a Primeira Cruzada, 1099.Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos Cruzados, que massacraram a maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos habitantes judeus. A maioria dos cristãos foram expulsos e a maioria dos habitantes judeus já tinha fugido, no início de junho de 1099, a população de Jerusalém tinha diminuído de 70.000 para menos de 30.000. Os sobreviventes judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados na comunidade judaica do Egito. Tribos árabes cristãs estabeleceram-se na destruída Cidade Velha de Jerusalém. Em 1187, a cidade foi arrancada da mão dos Cruzados por Saladino permitindo que os judeus e os muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244, Jerusalém foi saqueada pelos Tártaros Kharezmian, que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos, que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião.
    Início Domínio Otomano
    Em 1517, Jerusalém e região caiu sob domínio Turco Otomano, que permaneceu no controle até 1917. Como em grande parte do domínio Otomano, Jerusalém permaneceu um provincial e importante centro religioso, e não participava da principal rota comercial entre Damasco e Cairo. No entanto, os turcos muçulmanos trouxeram muitas inovações: sistemas modernos de correio usado por vários consulados, o uso da roda para modos de transporte; diligências e carruagens, o carrinho de mão e a carroça, e a lanterna a óleo, entre os primeiros sinais de modernização da cidade. Em meados do século XIX, os otomanos construída a primeira estrada pavimentada de Jaffa a Jerusalém, e em 1892 a ferrovia havia atingido a cidade.
    Com a ocupação de Jerusalém por Muhammad Ali do Egito em 1831, missões e consulados estrangeiros começaram a se estabelecer na cidade. Em 1836, Ibrahim Pasha permitiu aos judeus reconstruírem as quatro grandes sinagogas, entre eles a Hurva.
    O controle turco foi reinstalado em 1840, mas muitos egípcios muçulmanos permaneceram em Jerusalém. Judeus de Argel e da África do Norte começaram a instalar-se na cidade, em um número cada vez maior. Ao mesmo tempo, os otomanos construíram curtumes e matadouros perto dos lugares sagrados judeus e cristãos "para que um mau cheiro, sempre pesteie os infiéis". Nas décadas de 1840 e 1850, os poderes internacionais iniciaram um "cabo-de-guerra" na Palestina, uma vez que tentaram ampliar sua proteção ao longo do país para as minorias religiosas, uma luta realizada principalmente através de representantes consulares em Jerusalém. De acordo com o cônsul prussiano, a população em 1845 era de 16.410, 7120 judeus, 5.000 muçulmanos, 3390 cristãos, 800 soldados turcos e 100 europeus. O volume de peregrinos cristãos aumentou sob o domínio dos otomanos, dobrando a população da cidade em torno da época da Páscoa.
    Na década de 1860, novos bairros começaram a surgir fora dos muros da Cidade Velha para aliviar a intensa superlotação e o pobre saneamento na cidade intramuros. O Composto Russo e Mishkenot Sha'ananim foram fundados em 1860.
    Início Mandato Britânico e a Guerra de 1948

    General Edmund Allenby entra no Portão de Jafa na Cidade velha de Jerusalém em 11 de dezembro de 1917.Em 1917 após a Batalha de Jerusalém, o exército britânico, liderado por General Edmund Allenby, capturou a cidade. E, em 1922, a Liga das Nações sob a Conferência de Lausanne confiou ao Reino Unido a administração da Palestina.
    De 1922 a 1948 a população total da cidade passou de 52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e cristãos). A situação entre árabes e judeus na Palestina não foi calma. Em Jerusalém, em especial nos motins ocorridos em 1920 e em 1929. Sob o domínio britânico, novos subúrbios foram construídos no oeste e na parte norte da cidade e instituições de ensino superior, como a Universidade Hebraica, foram fundadas.
    A medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como uma corpus separatum no âmbito da administração das Nações Unidas". O regime internacional deveria continuar em vigor por um período de dez anos, e seria realizado um referendo na qual os moradores de Jerusalém iriam votar para decidir o futuro regime da cidade. No entanto, este plano não foi implementado, porque a guerra de 1948 eclodiu enquanto os britânicos retiravam-se da Palestina e Israel declarou sua independência.
    A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas tomados como prisioneiros quando a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio. Moradores de vários bairros e aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.
    Início Divisão e a controversa reunificação

    Policiais israelenses encontram um legionário jordaniano perto do Portão de Mandelbaum.A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopus como um exclave israelense. Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares freqüentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.

    A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha. Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos. Durante este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.

    Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados judeus foi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.

    No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os Estados-membros retirarassem suas embaixadas da cidade.

    O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.

    Início Geografia

    Floresta de Jerusalém vista do Yad Vashem.

    Jerusalém está situada no sul de um planalto no Judéia, que inclui o Monte das Oliveiras (Leste) e o Monte Scopus (Nordeste). A elevação da Cidade Velha é de aproximadamente 760 metros. A grande Jerusalém é cercada por vales e leitos de rio secos (wadis). Os vales do Cédron, Hinom, e Tyropoeon se unem em uma área ao sul da cidade antiga de Jerusalém. O Vale do Cédron segue para o leste da Cidade Velha e divide o Monte das Oliveiras a partir da cidade propriamente dita. Ao longo do lado sul da antiga Jerusalém está o Vale de Hinom, uma ravina íngreme associada com a escatologia bíblica com o conceito de inferno ou Geena. O Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de Damasco, dirige-se ao sudoeste através do centro da Cidade Velha para baixo do Reservatório de Siloé, e a parte inferior é dividida em duas colinas, o Monte do Templo no leste, e o resto da cidade no oeste (as partes alta e baixa da cidade descrita por Josefo). Hoje, este vale está escondido por destroços que se acumularam ao longo dos séculos.

    Nos tempos bíblicos, Jerusalém foi cercada por florestas de amêndoa, azeitona e pinheiros. Ao longo de séculos de guerras e de negligência, estas florestas foram destruídas. Os agricultores da região de Jerusalém, então, construíram terraços de pedra ao longo das encostas para reter o solo, um recurso ainda muito em evidência na paisagem de Jerusalém.

    O abastecimento de água sempre foi um grande problema em Jerusalém, atestada pela intrincada rede de antigos aquedutos, túneis, reservatórios e cisternas encontrados na cidade.

    Jerusalém encontra-se na região central do país, a 60 km. ao leste de Tel Aviv e do Mar Mediterrâneo. No lado oposto da cidade, cerca de 35 km. de distância, está o Mar Morto, o corpo de água mais baixo da Terra. Cidades e vilas vizinhas incluem Belém e Beit Jala para o sul, Abu Dis e Maale Adumim para o leste, Mevasseret Tzion para o oeste, e Ramallah e Givat Zeev para o norte.


    Início Clima
    O jardim botânico da Universidade Hebraica de Jerusalém coberto de neve.

    A cidade é caracterizada por uma clima mediterrânico, com verões quentes e secos, e invernos amenos e chuvosos. Uma fina neve cai normalmente uma ou duas vezes ao inverno, embora a cidade experimente forte neve a cada sete anos em média. Janeiro é o mês mais frio do ano, com uma temperatura média de 8 °C, julho e agosto são os meses mais quentes, com temperaturas médias de 23 °C. As temperaturas variam muito do dia para a noite, e as noites de Jerusalém são tipicamente amenas mesmo no verão. A precipitação média anual é de aproximadamente 590 milímetros com o período das chuvas ocorrendo principalmente entre outubro e maio.

    A maior parte da poluição do ar em Jerusalém vem do tráfego de veículos. Muitas das principais ruas de Jerusalém não foram construídas para acolher um volume tão grande de veículos, levando a congestionamentos freqüentes e grande quantidade de monóxido de carbono liberado na atmosfera. A poluição industrial dentro da cidade é baixa, mas as emissões provenientes de fábricas na costa mediterrânica podem se deslocar devido aos ventos e pairar sobre a cidade.


    Início Demografia
    Pop. de Jerusalém Ano Total
    1525 4 700
    1538 7 900
    1553 12 384
    1562 12 650
    1800 8 750
    1844 15 510
    1876 25 030
    1896 45 420
    1922 62 578
    1931 90 053
    1944 157 000
    1948 165 000
    1967 263 307
    1980 407 100
    1985 457 700
    1990 524 400
    1995 617 000
    2000 657 500
    2005 706 400
    Demografia de Jerusalém
    Em maio de 2007, Jerusalém tinha uma população de 732 100 - 64% eram judeus, 32% muçulmanos, e 2% cristãos. No final de 2005, a densidade populacional era de 5.750,4 habitantes por quilômetro quadrado. De acordo com um estudo publicado em 2000, a porcentagem de judeus na cidade tem decrescido; isso foi atribuído a uma maior taxa de natalidade dos palestinos, e a moradores judeus que deixaram a cidade. O estudo também constatou que cerca de nove por cento dos 32 488 habitantes da Cidade Velha eram judeus.

    Em 2005, 2850 imigrantes se estabeleceam em Jerusalém, grande parte vindos do Estados Unidos, França, e da ex-União Soviética. Em termos da população local, o número de residentes que deixa a cidade é maior do que o número dos que chegam. Em 2005, 16 000 foram embora de Jerusalém e apenas 10 000 se mudaram para a cidade. No entanto, a população de Jerusalém continua a aumentar devido à elevada taxa de natalidade, especialmente na população árabe e nas comunidades judaicas Haredi. Consequentemente, a taxa total de fecundidade em Jerusalém (4.02) é superior da de Tel Aviv (1,98) e bem acima da média nacional de 2,90. O tamanho médio das 180 000 famílias de Jerusalém é de 3,8 pessoas.

    Em 2005, a população total aumentou cerca de 13 000 (1,8%) - semelhante à média nacional israelense, mas a composição étnica e religiosa está mudando. Enquanto 31% da população judaica é constituída por crianças abaixo dos quinze anos, o índice para a população árabe é de 42%. Isto parece reforçar as observações de que a porcentagem de judeus em Jerusalém tem diminuído ao longo das últimas quatro décadas. Em 1967, os judeus representavam 74 por cento da população, enquanto que o índice em 2006 era nove por cento menor. Os possíveis fatores são o elevado custo da habitação, menos oportunidades de emprego e o crescente caráter religioso da cidade. Muitas pessoas estão indo para os subúrbios e cidades costeiras, em busca de habitação mais barata e um estilo de vida secular.

    A demografia e a divisão da população árabe e judaica desempenham um papel importante na disputa em Jerusalém. Em 1998, o Departamento de Desenvolvimento de Jerusalém propôs expandir os limites da cidade para o oeste a fim de incluir mais áreas povoadas por judeus.


    Início Política
    Atualmente Jerusalém é um município em Israel e também a sua capital e a sede do governo, embora não seja reconhecida como tal pela ONU e pela UE.

    A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31 membros eleitos cada quatro anos. Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito) é eleito por sufrágio direto cumprindo um mandato de 5 anos e apontando 6 deputados. O prefeito atual de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi eleito em 2003. O Ministério para os Assuntos Religiosos israelita tem responsabilidade pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade religiosa deva zelar pela preservação dos seus edifícios.

    Órgão à parte de prefeito e deputados, os membros do conselho da cidade não recebem salários, trabalhando de forma voluntária. O prefeito que mais tempo serviu Jerusalém foi Teddy Kollek, que passou 28 anos, seis mandatos consecutivos, no posto. A maioria dos encontros do Conselho de Jerusalém são privados, mas a cada mês, mantém uma sessão aberta ao público. Dentro do Conselho da cidade, grupos políticos religiosos formam uma facção especialmente poderosa, possuindo a maioria dos assentos. A base do Município de Jerusalém e do gabinete do prefeito fica na Praça Safra (Kikar Safra), na Rua Jafa. O novo complexo municipal, compreendendo dois prédios modernos e dez prédios históricos recuperados entorno de uma grande praça, foi aberto em 1993. A cidade termina no Distrito de Jerusalém, com Jerusalém como a capital do distrito.

    Status político
    O prédio Knesset em Jerusalém, sede do legislativo do governo de Israel.Em 5 de dezembro de 1949, o primeiro ministro do Estado de Israel, David Ben-Gurion, proclamou Jerusalém como a capital de Israel e desde então todos os órgãos do governo de Israel — legislativo, judicial, e executivo — tem residido lá. Na época da proclamação, Jerusalém foi dividida entre Israel e o Jordão e assim, somente o oeste de Jerusalém foi considerado capital de Israel. Imediatamente depois de uma guerra de seis dias em 1967, entretanto, Israel anexou o Leste de Jerusalém, a tornando de facto parte da capital Israelense. Israel conservou o status da "completa e unificada" Jerusalém — oeste e leste — como sua capital, em 1980 Lei básica: Jerusalém, Capital de Israel.

    O status de uma "Jerusalem unificada" como "eterna capital" de Israel tem sido um problema de imensa controvérsia dentro da comunidade internacional. Entretanto, alguns países mantém consulados em Jerusalem, e duas embaixadas nos subúrbios de Jerusalém, todas as embaixadas estão localizadas fora da propriedade da cidade, a maioria em Tel Aviv.

    A Suprema Corte de Israel.
    A Casa do Oriente.A Resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas não-vinculativa, tramitada em 20 de agosto de 1980, declarou a Lei Fundamental "nula e de nenhum efeito e deve ser resolvida imediatamente". "Os Estados-Membros foram aconselhados a retirar suas representações diplomáticas da cidade como uma medida punitiva. A maioria dos países cumpriu a resolução, deslocando suas representações para Tel Aviv. Mas muitas embaixadas já estavam instaladas antes mesmo da Resolução 478. Atualmente não existem embaixadas dentro dos limites da cidade de Jerusalém, embora haja algumas em Mevasseret Tzion, na periferia de Jerusalém, e quatro consulados na cidade propriamente dita.

    Em 1995, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, através da Lei da embaixada de Jerusalém. Entretanto, o Presidente George W. Bush alegou que, segundo a Constituição as relações exteriores são da alçada do poder executivo. Assim, a embaixada dos Estados Unidos ainda continua em Tel Aviv.


    Cidades-irmãs
    Nova Iorque, EUA (1993)
    Início Economia

    Hadar Mall, Talpiot.Históricamente, a economia de Jerusalém foi sustentada quase que exclusivamente por pelegrinos religiosos, e era localizada longe dos maiores portões de Jaffa e Gaza. Os marcos religiosos de Jerusalem hoje permanecem a principal razão de visitantes estrangeiros, com a maioria dos turistas visitando o Muro das Lamentações e a Cidade Antiga, mas no meio do século se tornou muito claro que a providência de Jerusalem não pode ser somente sustentada por sua significância religiosa.

    Ainda que muitas estatísticas indiquem crescimento econômico na cidade, desde 1967 a Jerusalém Oriental tem ficado atrasada em relação ao desenvolvimento da Jerusalém ocidental. Todavia, a porcentagem de famílias com pessoas empregadas é maior para famílias árabes (76.1%) que para famílias judaicas (66.8%). A taxa de desemprego em Jerusalém (8.3%) é um pouco melhor que a média nacional (9.0%), ainda que a força de trabalho civil seja estimada para menos da metade de todas as pessoas de 15 anos em diante — fica abaixo em comparação à de Tel Aviv (58.0%) e Haifa (52.4%). A pobreza da cidade tem crescido bastante nos últimos anos; entre 2001 e 2007, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza cresceu 40%. Em 2006, a renda per capita mensal de um trabalhador em Jerusalém foi de 5 940 Novos Sheqel (NIS) (US$1410), NIS 1 350 menor que a recebida por um trabalhador em Tel Aviv.

    Desde o estabelecimento do Estado de Israel, o governo nacional tem permanecido o maior investidor na economia de Jerusalém. O governo, centrado em Jerusalém, gera um largo número de empregos, e oferece subsídios e incentivos para novas iniciativas em negócios e empresas iniciantes.


    Início
  • Infra-estrutura Transportes

    Estação Central de Autocarros de Jerusalém.O aeroporto mais próximo de Jerusalém é o Aeroporto Internacional de Jerusalém ou Aeroporto Atarot, que foi usado para voos domésticos até ao seu fechamento em 2001. Desde então tem estado sob o controle das Forças Armadas Israelenses devido a distúrbios em Ramallah e a Cisjordânia. Todo o tráfego aéreo a partir de Atarot foi desviado para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o maior e mais movimentado aeroporto israelense, que serve cerca de nove milhões de passageiros anualmente.

    A Egged, a segunda maior empresa de autocarros do mundo, lida com a maioria do serviço de autocarro local e intercidades que sai da Estação Central de Autocarros na Estrada de Jaffa perto da entrada ocidental de Jerusalém a partir da autoestrada número 1. Em 2008, autocarros da Egged, táxis e carros privados são as únicas opções de transporte em Jerusalém. Contudo, isto irá mudar com a construção do Light rail de Jerusalém, um sistema ferroviário que está em construção. O sistema ferroviário será capaz de transportar cerca de 200 000 pessoas diariamente. Terá 24 paragens, e a sua conclusão está planejada para janeiro de 2009.

    Via rápida Begin.Outra obra em andamento é uma nova linha para comboio de alta velocidade de Tel Aviv para Jerusalém, que está planeada para 2011. O seu terminal será uma estação subterrânea (80m de profundidade) que servirá o Centro Nacional de Congressos e a Estação Central de Autocarros e está planejado que seja eventualmente expandida até à estação de Malha. A Israel Railways opera serviços de comboio para estação de comboios de Malha a partir de Tel Aviv via Beit Shemesh.

    A Via Rápida Begin é uma das maiores vias transversais norte-sul de Jerusalém; vai desde o lado ocidente da cidade, fundindo no norte com a Via 443, que continua em direção de Tel Aviv. A Via 60 atravessa o centro da cidade perto da Linha Verde entre Jerusalém Este e Oeste. A construção está a progredir em partes de uma via circular de 35 quilómetros à volta da cidade, providenciando ligações mais rápidas entre os subúrbios. A metade oriental do projecto foi conceptualizado há décadas, mas reação à autoestrada proposta é ainda mista.

    Início Educação
    O campus da Universidade Hebraica de Jerusalém no Monte Scopus.Jerusalém abriga diversas universidades prestigiadas, com cursos oferecidos em hebraico, árabe, e inglês. Fundada em 1925, a Universidade Hebraica de Jerusalém é uma das mais respeitadas instituições de ensino superior em Israel. A Comissão de Diretores já incluiu figuras judaicas proeminentes no campo intelectual, tais como Albert Einstein e Sigmund Freud. A universidade também produziu vários laureados do Prêmio Nobel; dentre recentes ganhadores do prêmio associados com Universidade Hebraica incluem Avram Hershko, David Gross e Daniel Kahneman. Um dos maiores bens da universidade é a Biblioteca Nacional de Israel, que abriga mais de cinco milhões de livros. A biblioteca foi inaugurada em 1892, mais de três décadas antes da fundação da universidade, e é um dos maiores repositórios do mundo sobre temas judeus. Atualmente, a biblioteca é ao mesmo tempo a biblioteca central da universidade e biblioteca nacional. A Universidade Hebraica é constituída de três campi em Jerusalém, no Monte Scopus, em Givat Ram e um campus médico no Hospital Hadassah Ein Karem.


    Início Cultura
    O Santuário do Livro possui os pergaminhos do Mar Morto, no Museu de Israel. Museu Torre de David.Apesar de Jerusalém ser conhecida primeiramente pela sua significância religiosa, a cidade também é sede de muitos eventos artísticos e culturais. O Museu de Israel atrai perto de um milhão de visitantes por ano, aproximadamente um terço deles são turistas. Os 20 acres do complexo de museus compreende vários prédios possuindo exibições especiais e coleções extensivas achados judaicos, arqueológicos e arte israelita e européia. Os pergaminhos do Mar Morto, descoberto no meio do século XX nas cavernas de Qumran perto do Mar Morto, estão hospedadas no Santuário do Livro. A Ala Nova, cuja construção mudou as exibições e funciona um extensivo programa de educação em arte, é visitado por 100.000 crianças por ano. O museu tem uma larga escultura no jardim de fora, e um modelo no tamanho escala do segundo templo foi recentemente movido do hotel Holyland para uma nova localização no território do museu. O Museu Rockefeller, localizado no leste de Jerusalém, foi o primeiro museu arqueológico no meio oeste. Foi construído em 1938 durante o mandato britânico. O Museu Islâmico no Monte do Templo, estabelecido em 1923, guarda muitos artefatos islâmicos, do menor kohl cantil e manuscritos raros a colunas gigantes de mármore.

    Teatro de Jerusalém.Yad Vashem, o memorial nacional de Israel para as vítimas do Holocausto, guarda a maior biblioteca do mundo de informações relacionadas ao holocausto, com estimados 100.000 livros e artigos. O complexo contém um museu de arte que explora o genocídio dos judeus através de exibições que focam em estórias pessoais de indivíduos e famílias mortas no holocausto e uma galeria de arte apresentando o trabalho de artistas que pereceram. Yad Vashem também relembra as 1.5 milhões de crianças judéias assassinadas pelos nazistas, e honra os justos entre as nações. O museu na junção, que explora erros de coexistência através da arte é situado na estrada divisória oriental e ocidental de Jerusalém.

    O Centro Internacional de Convenções.A Orquestra sinfônica de Jerusalém, estabelecida nos anos 40, se apresentou pelo mundo. Outros estabelecimentos de arte incluem o Centro Internacional de Convenções (Binyanei HaUmá, Prédios da Nação, em hebraico) perto da entrada da cidade, onde a Orquestra Filarmônica de Israel se apresenta, a Cinemateca de Jerusalém, o Centro Gerard Behar (formalmente Beit Ha'am) na parte baixa de Jerusalém, o Centro de Música de Jerusalém no Yemin Moshe, e o Centro Musical de Targ no Ein Kerem. O Festival de Israel, com performances externas ou internas por cantores locais e internacionais, concertos, peças e teatro de rua, tem sido mantido anualmente desde 1961; durante os últimos 25 anos, Jerusalem tem sido o maior organizador deste evento. O Teatro de Jerusalém na vizinhança de Talbiya é sede de 150 concertos ao ano, como também de companhias de teatro e dança e artistas performáticos de além mares. O Khan, localizado em um caravançarai oposto à estação de trêns da antiga Jerusalém, é o único teatro de repertório. A própria estação se tornou um local para eventos culturais no anos recentes, como também o lugar de Shav'ua Hasefer, um local de exposição literária anual e de performances musicais externas. O Festival de Cinema de Jerusalem é mantido anualmente, apresentando filmes israelitas e internacionais.

    O Teatro Nacional Palestino, por muitos anos o único centro cultural árabe no leste de Jerusalém, procura novas idéias e abordagens inovadoras para a auto-expressão palestina. A Casa Ticho, no centro de Jerusalém, possui pinturas de Anna Ticho e coleções judaicas de seu marido, um oftalmologista que abriu a primeira clínica de olhos da cidade neste prédio em 1912. Al-Hoash, estabelecida em 2004, é uma galeria de preservação da arte palestina.


    Início
  • Significado religioso
    O Muro das Lamentações.
    O Mosteiro da cruz após queda de neve.Jerusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa, alguns locais, como a Esplanada das Mesquitas, tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias.

    Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei Davi a proclamou como sua capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente construídas com o seu arco sagrado voltado para Jerusalém, e arcos dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mixná e codificado no Shulkhan Arukh, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.

    Igreja do Santo Sepulcro.O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando limpou o Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o local da crucificação. O Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalem, mas evidências arqueológicas recentes sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro da Cidade Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.

    A mesquita de al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islão.Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla (direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente trasportado em uma noite de Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.


    Início Esportes

    Estádio Teddy Kollek.Os dois esportes mais populares em Jerusalém, e em Israel como um todo, são o futebol e o basquetebol. Beitar Jerusalem Football Club é um dos mais populares times em Israel. Dentre os seus fãs encontram-se vários antigas e atuais figuras políticas que mantém o compromisso de estarem presentes em seus jogos. Outro grande time de futebol, e um dos maiores rivais do Beitar, é o Hapoel Katamon F.C. , enquanto que o Beitar foi campeão da Copa de Israel por cinco vezes, e Hapoel só ganhou a copa uma vez. Ademais Beitar joga na mais prestigiada Ligat ha'Al, enquanto Hapoel se encontra na terceira divisão da liga nacional.

    No basquete, Hapoel Jerusalem está em alta posição na primeira divisão, embora ainda não tenha ganho nenhum campeonato, o clube ganhou a copa nacional quatro vezes, e a Copa ULEB em 2004. Desde sua abertura, o Estádio Teddy Kollek é o principal estádio de Jerusalém para sediar jogos de futebol, com capacidade para 21 mil pessoas.


foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. Antecipando um ataque iminente do Egito e da Jordânia, a Força Aérea Israelense surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia.

O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 10min da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelenses atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no conflito.

No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria.

Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egipto. Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

Situação geoestratégica anterior ao conflito (1956 – 1967)
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas havia aumentado perigosamente. Contribuíram para isso vários factores, entre os quais:

1. A instalação de governos nacionalistas em países árabes (Síria e Iraque), em substituição dos regimes pró-ocidentais neles existentes até então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma acção militar contra Israel e pressionavam o governo egípcio - o mais forte e populoso do mundo árabe - a se encaminhar nessa direcção.

2. A formação de movimentos de resistência palestinianos, que passaram a reagir cada vez mais à ocupação de Israel. A contínua repetição de episódios de confronto, principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de posição mais firme por parte do Egipto levaram este último a formalizar pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque. Egito e Síria estabelecem, em 1966, um Pacto de Defesa - uma aliança militar que os compromete reciprocamente em caso de guerra que implique um dos dois países.

Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias. O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia árabe e bases de resistência nas Colinas de Golã. Durante a operação seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças de Israel, que voavam baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre árabes e israelitas.

A União Soviética passou, através dos seus serviços secretos, informações ao governo sírio. Essa suposta troca de informações alertava para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, uma coisa é certa: as informações estavam corretas e ajudaram a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra.

Contudo, o General e Presidente do Egipto, Gamal Abdel Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel e tomou decisões que levavam a uma guerra fechada - um bloqueio para prevenir um provável ataque israelita.

Em Maio de 1967, exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo Nasser ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. Enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.

Em resposta a esta ação e ao apoio soviético, o exército israelita foi mobilizado. Egito, Síria e Jordânia declararam estado de emergência. Em 22 de Maio Nasser fechou o estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eilat. Esta mesma acção, somada a interesses franceses e israelitas, fora a causa da Guerra do Canal do Suez, em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egipto, Arábia Saudita e Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de Maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e rádios passavam constantemente propaganda contra Israel.

Em 4 de Junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas e seu plano de invasão parecia condenado ao fracasso, até a Mossad pensar numa solução. A guerra era iminente.

Os seis dias
Diante da ação árabe iminente, antes da invasão começar, o governo e os líderes militares de Israel implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar legal imposto pelos árabes. Logo depois das 8:45 do dia 5 de Junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked', foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egipto enquanto esta estava no solo. Em três horas, a maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelitas operavam continuamente apenas voltando para se reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. Neste primeiro dia, os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 20. Esses ataques aéreos deram a Israel a hipótese de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes.

De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.

A guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levy Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: "Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein, encorajando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egipto tinha saído vitorioso no combate da manhã - um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.

No mesmo dia, às 11:00, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém, com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelianas em terra estavam livres para invadir o Egipto e a Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu que os israelitas tomassem grande parte da cidade dos jordanos em apenas 24 horas.

No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanas foram empurradas para a Cisjordânia, atravessando o rio Jordão. Israel tinha anexada toda a Cisjordânia e Jerusalém, invadindo e tomando a cidade.

A ONU consegue um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entra em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente de tropas e tanques de Israel foi dirigido contra as forças do Egipto no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel atacaram com três divisões de tanques, páraquedistas e infantaria. Conscientes de que a guerra somente poderia durar poucos dias e que era essencial uma vitória rápida, os israelitas concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai.

Em 8 de Junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e, sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e de seguida o Egipto aceitou um cessar-fogo com Israel.

Às primeiras horas do mesmo dia 8 de Junho, Israel bombardeou acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas árabes. 34 americanos morreram.

Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nas Colinas de Golã, no dia 9 de Junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas.

Às 18:30 do dia 10 de Junho, a Síria retirou-se e foi assinado o armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.

Consequências da guerra
A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes, que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.

No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou humilhado enquanto os outros líderes árabes perderam popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel. Em Agosto de 1967, líderes árabes reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.

Quanto a Israel, teve ganhos consideráveis como decorrência da guerra. As suas fronteiras eram agora maiores e incluíam as Colinas de Golã, a Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até a quase 2000 anos, quando os romanos expulsaram os judeus. Depois, com o passar dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas após a Guerra, voltaria totalmente ao controle de um estado judeu.

Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas. Como resultado, aumentou o número de refugiados na Jordânia e no Eua. O conflito criou 350 000 refugiados, que foram rejeitados pelos estados árabes vizinhos.

Resolução 242 das Nações Unidas
Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a Resolução 242, que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados. Israel não cumpriu a resolução para se retirar dos territórios ocupados, e só negocia se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel. Os líderes árabes em Cartum afirmam que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais. Início


do Site:
http://www.miltonrossani.com.br/jerusalem.htm



domingo, 7 de julho de 2013

Para quem quer ser evangélico...

Blog

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

 
Quem quer ser evangélico hoje? Muitos acham que podem ser chamados de evangélicos porque não matam, não roubam, não mentem, não têm vícios, frequentam igreja, vestem-se de forma decente e não falam coisas inconvenientes. Alguns acham que são evangélicos porque não precisam ser diferentes, isto é, podem viver do mesmo jeito que viviam antes, desde que façam as coisas “em nome do Senhor”. Já outros acham que são evangélicos porque adquiriram um “passaporte” para um mundo-cor-de-rosa, viraram “supercrentes” com o endosso da promessa de jamais ficarem doentes, não terem crises financeiras, nunca enfrentarem grandes problemas. Um grupo crescente acha que ser evangélico é adquirir um salvo-conduto para uma nova experiência que supostamente anule diante da sociedade a infâmia de suas escolhas criminosas anteriores.
Entendo que ser evangélico é algo mais profundo, pois tem a ver com a mente e o coração, refere-se a uma radical mudança interior, não a meras atitudes intimistas e afetações exteriores. Pode-se tentar dar muitas definições, mas ser evangélico jamais passará disso: uma nova criatura transformada pelo poder de Deus e que passa a viver de conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo. Este ponto tem sido ignorado e permitido muitas confusões.
Se voltarmos um pouco no tempo, veremos que no Brasil, no início, diante das perseguições religiosas inclementes, muitos evangélicos pagaram com a própria vida por causa de suas convicções. Evangélico era denominado de “irmão”, “bíblia”, “crente”, tudo de modo pejorativo. Mas, hoje, as coisas mudaram. Com inúmeras igrejas e teologias para todos os gostos e desgostos, ser evangélico ganhou uma conotação chique que destoa de seu antigo significado.
Isso também ocorreu no início do cristianismo, quando os discípulos de Jesus foram apelidados de “cristãos”, eram perseguidos e lançados às feras. Quando, porém, o cristianismo se tornou a religião majoritária e oficial, chamar alguém de cristão virou algo chique, pois não havia mais perseguição e apenas se requeria deles mera formalidade exterior.
É estranho quando mulheres famosas, que se dizem “evangélicas”, posam nuas, falam imoralidades e rebolam “em nome do Senhor”, defendendo com suposta sabedoria de botequim que o exterior não importa, pois, segundo dizem, “Deus quer apenas o coração”. É incongruente quando bandidos contumazes cometem todo tipo de atrocidade, mas, após serem pegos e aprisionados, já se postam com a Bíblia na mão e se dizem “evangélicos”. É no mínimo ridículo quando inomináveis desvios de comportamento procuram ser atenuados como se essa palavra fosse “mágica”.
Podemos ver que algo está errado não só no entendimento do que significa ser evangélico, mas no próprio comportamento dos que, pelo seu mau exemplo, trazem afrontas e vitupério ao nome de Cristo. Penso que o problema dessas pessoas, além de desconhecerem a Palavra de Deus, é que seu infame desvio espiritual fá-las desenvolver, a seu talante, um cristianismo sem Cristo, um discipulado sem cruz, privilégios sem responsabilidades, comportamento sem fé, religião sem amor e cultos sem adoração.
Quem quer ser verdadeiramente evangélico tem de saber que isso significa simplesmente obedecer ao Evangelho de Jesus Cristo. Mas isso, longe de ser “folia” religiosa, é a responsabilidade imanente de uma espiritualidade que faz o comportamento santificado interagir saudavelmente com a própria vida. Por isso Jesus disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mt 5.13).
Salgar, preservar e dar sabor são funções primárias do sal. O propósito da luz é iluminar. De tão evidentes, não necessitam de elucubradas ilustrações. Jesus as utilizou para deixar bem claro que esperava exatamente isso de Seus discípulos, que sua influência fosse semelhante às do sal e luz relativamente na vida da sociedade.
O problema é que há muitos evangélicos apenas nominais, pessoas não regeneradas, portanto, crentes insípidos e em trevas, nem chiques nem miques, que não salgam e jamais iluminam nada. Esses evangélicos nominais tentam alargar o “caminho estreito” da salvação e, assim, fazem com que o nome do Senhor seja blasfemado entre os descrentes.
Em contrapartida, louvo a Deus pelos muitos evangélicos que são fiéis e vivem de modo digno do Evangelho, pois honram o bom nome de Cristo e demonstram, com sua alegria e seu exemplo, que Jesus estava certo. Quando a sociedade julga os evangélicos por quem não vive de acordo com o Evangelho, podemos tirar disso uma certeza: a sociedade espera, de fato, que vivamos exatamente aquilo que pregamos. Simples assim!
Quando somos expostos por causa de uns poucos evangélicos “convencidos” (mas não convertidos), isso só deve nos fortalecer no propósito de continuarmos a viver como sal da terra e luz do mundo, andando em santidade e justiça, cultuando com reverência e santo temor, servindo a Deus com alegria, pois “a alegria do Senhor é a nossa força”.







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