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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A Copa da Vida


  
 
 
O Brasil está sediando a sua segunda Copa do Mundo. Perdeu a primeira no sofrido e vergonhoso “maracanaço”. E agora, tem uma segunda chance de vencer a Copa em casa. Vencerá? Perderá novamente? Quem sabe?
Sabemos que a Copa do Mundo é uma competição; é luta, mas também é festa. Uma festa em escala planetária. Cerca da metade dos sete bilhões de habitantes do mundo para tudo para assistir aos jogos do maior fenômeno esportivo mundial. Nações contra nações numa “guerra” diferente, onde importa ganhar dentro do campo, em obediência a dezessete normas estritas.
A vida também tem a sua “Copa”, essa muito mais difícil, onde semelhantemente muitos podem ganhar ou perder. A Copa da Vida é, de longe, mais importante que a Copa do Mundo. Enquanto nesta o perdedor pode se recuperar na copa seguinte, na outra a perda é irreversível e irreparável.
Não quero obviamente arriscar análises sobre quem ganhará esta Copa do Mundo. Existem os narradores, os comentaristas, os milhões de “técnicos” dentre os apaixonados torcedores, que poderão fazê-lo sobejamente. Mas sobre a Copa da Vida, que venho “jogando” há tempos, e vencendo pela infinita graça de Deus, gostaria de elencar algumas considerações.
Da comparação dessas duas Copas brotam preciosas lições. Não sou o primeiro a fazer isto. O apóstolo Paulo, antenado com o mundo de sua época, usou o esporte como paradigma, emprestando conceitos das olimpíadas gregas para falar da Copa da Vida.
Ele disse: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível” (1Co 9.24-25).
Não bastava competir; eles tinham de lutar do modo certo e ganhar. Deviam exercer domínio próprio, não viver de qualquer jeito, como se todos os caminhos levassem a Deus. Paulo entendia que Jesus é “o caminho, e a verdade, e a vida” que conduz à vitória (Jo 14.6); e que “há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” ou derrota (Pv 14.12).
       Na Copa, assim como na vida, há normas. Paulo reconhecia que “o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2 Tm 2.5). Quando arguido a respeito da maior norma (ou mandamento), Jesus disse: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.30,31).
       A Copa do Mundo é assistida por milhões de espectadores. Na Copa da Vida acontece algo semelhante: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb 12.1-2).
Muitos perdem na Copa da Vida porque têm colocado ídolos (imagens, dinheiro, poder, sexo etc.) no lugar que pertence somente a Deus. No futebol há impedimentos, faltas, punições, cartões amarelo e vermelho. Na Copa da Vida, a infração principal é o pecado, a completa falta de “fair-play” para com Deus e os próprios irmãos.
Mas Deus, em vez de dar cartão vermelho, oferece graciosamente uma chance de mudança: “porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11).
       A glória dos estádios é vã; quem aplaude hoje na vitória, vaia amanhã pela derrota. Na Copa da Vida, o vitorioso ganha um “eterno peso de glória”, como se fosse o aplauso de Deus. Na Copa do Mundo, as seleções lutam por um troféu que lhes pertencerá por quatro anos apenas. Na Copa da vida, o troféu é eterno.
Naquela como nesta, só os vencedores poderão ser coroados. Isto porque no céu não há lugar para perdedores. Jesus disse: “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida” (Ap 3.5).
Alguns são desclassificados pelo caminho. Mas é preciso avançar: “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). É preciso vencer com fair-play, o que significa uma “consciência pura diante de Deus e dos homens” (At 24.16).
       Muito esforço é desprendido para ganhar uma Copa. Assim também é na Copa da Vida, cujo alvo é ganhar o reino de Deus. Jesus afirmou: “O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11.12).
       Gostaria, portanto, de lhe perguntar: você está preparado para vencer a Copa da Vida?
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
 
 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

103 Anos de Avivamento Missionário


 
 
 
Conta-se que certo missionário pregou a uma tribo indígena, anunciando-lhes que Deus amou de tal maneira o homem que enviou o Seu Filho ao mundo para salvar a todos os pecadores. Essa tribo inteira veio a crer no Evangelho. O mais inusitado é que, um pouco antes, houve esse diálogo entre o chefe indígena e o missionário: “Há quanto tempo Jesus veio à terra para nos salvar?” – perguntou o chefe. “Há cerca de dois mil anos” – o missionário respondeu. Ao que o chefe indígena, surpreso, indagou: “Por que vocês demoraram tanto?”
O Brasil, especialmente Belém do Pará, recebeu o privilégio de uma visitação da parte de Deus, quando os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren aqui chegaram, em 19 de novembro de 1910, nos trazendo a mensagem pentecostal do Evangelho, cujo cerne era este: Jesus Cristo salva os pecadores, cura os enfermos, batiza com Espírito Santo, e em breve voltará. Demorou, mas um dia esses dois homens obedeceram a Deus e vieram nos pregar a mensagem de Salvação. Daniel Berg, especialmente, tinha particular êxito no trabalho de evangelização pessoal, o que lhe dava oportunidade de testificar a muitas pessoas, de casa em casa, nas viagens, nas ruas etc. Ele levou muitas pessoas a experimentarem a salvação em Cristo, pois aproveitava todas as oportunidades para falar do amor de Deus a todos os que cruzavam o seu caminho.
Ele tinha bem vívida em seu coração a mensagem de David Livingstone: “Deus teve um único Filho e fez Dele um missionário”. Certamente desafiava-lhe a conhecida mensagem do pregador Charles H. Spurgeon: "Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor".
Daniel Berg era um verdadeiro missionário; ele veio, pregou e fez escola. Os novos convertidos que se filiaram à Assembleia de Deus (cujo primeiro nome foi Missão de Fé Apostólica), sentiram de imediato o impulso do Espírito Santo, quando então começaram também a testemunhar de Jesus e a ganhar almas para Deus, seguindo os passos de Daniel Berg.
Neste aniversário de 103 Anos de Avivamento Missionário da Assembleia de Deus em Belém, todos os membros da Igreja-mãe: crianças, adolescentes, jovens, adultos e plena idade, sim, todos irão compartilhar o Evangelho com uma pessoa, onde cada um estiver, a hora em que puder e da forma que souber.
Hoje, visando a esse objetivo, estamos trabalhando alegremente no Dia de Ação Missionária Daniel Berg, quando cada assembleiano tem diante de si esse santo privilégio de levar Jesus a uma pessoa. De fato, se cada assembleiano assumir igualmente esse desafio, descobrirá um potencial nunca antes visto em sua vida, abençoando outras pessoas que ainda não conhecem Jesus.
Sabemos que se cada evangélico discipulasse uma pessoa por ano, o mundo todo estaria alcançado em 5 anos. Igualmente, se cada assembleiano alcançasse uma pessoa diferente por ano em nossa cidade, Belém toda estaria evangelizada em 5 anos.
Para inspirar sua vida, quero contar-lhe uma história interessante, de como a graça salvadora de Deus se manifesta quando tomamos a iniciativa de falar de Jesus às pessoas. Certa feita, já com mais de 20 anos de idade, uma filha de pastor deu-se conta de que nunca havia compartilhado o Evangelho com ninguém, simplesmente porque tinha medo.
Um dia ela saiu determinada a não deixar mais o medo impedi-la. Uma mulher se aproximou, e a jovem lhe falou sobre o plano da Salvação de Deus e o Seu amor. Aquela mulher começou a chorar. A filha do pastor lhe deu um abraço para consolá-la, e a mulher tirou uma pistola da bolsa, dizendo que estava a caminho do bosque porque pretendia se matar. Antes de dar o tiro fatal em si mesma, ela orou: “Deus, se você existe e me ama, envie um anjo para me impedir e me abraçar”. Hoje essa mulher e toda a sua família creem e falam a outras pessoas sobre o Jesus que os salvou.
Se você conhece Jesus, faça como Paulo ensinou a Timóteo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não”. Não demore mais; antes, pregue a Palavra de Deus, leve Jesus a quem precisa. Evangelize os seus vizinhos, os amigos, os parentes, de modo que todos tenham a oportunidade de conhecer a salvação de Deus.
E se você não conhece Jesus, abra o seu coração, abra a porta da sua casa a alguém que seja portador dessa mensagem salvadora; ouça com atenção, creia de coração, e receberá a vida eterna em Cristo Jesus.
Atente também para a programação das festividades dos 103 Anos de Avivamento Missionário da Igreja-mãe: Domingo (15/06), haverá celebração em todos os templos da Igreja em Belém. De 16 a 18 de junho, a celebração ocorrerá no Centenário Centro de Convenções, e você também pode participar livremente como nosso convidado especial.
Nosso lema é este: Assembleia de Deus em Belém – 103 Anos de Avivamento Missionário. 
 
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
 
 
 

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