Loading

terça-feira, 29 de novembro de 2011

'Meu pai foi um monstro moral e espiritual', disse filha de Stalin, morta aos 85 anos






Foto: Reprodução de Internet
A filha mais nova de Josef Stalin, Svetlana Alliluyeva, morreu na terça-feira passada, aos 85 anos, vítima de câncer no cólon, em Wisconsin, Estados Unidos.
Nascida na URSS mas radicada nos EUA, Svetlana era grande crítica do sistema soviético o qual classificava como "profundamente corrupto". O pai Stalin era considerado pela filha um "monstro moral e espiritual".

Em 1967, Alliluyeva fugiu para o território norte-americano, queimou o passaporte soviético e prometeu não mais voltar ao país de origem. Trocou de nome duas vezes e lançou a autobiografia "Twenty letters to a friend", assinando como Lana Peters.

No livro, Peters narra histórias de desavenças com o pai, que já agrediu fisicamente um namorado de Lana e o mandou para a Sibéria ao descobrir que ia se casar com a filha.

Casada mais duas vezes, Svetlana levou as cinzas do último, um indiano, a Nova Délhi e acabou se refugiando na embaixada americana.


 www.sidneyrezende.com







sábado, 26 de novembro de 2011

A maior de todas as honras





Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Na cidade de Amsterdã, na Holanda, em 1986, cerca de 8 mil evangelistas procedentes de 174 países se reuniram no Centro RAI, a fim de receberem treinamento e incentivo. Era a realização do sonho de Billy Graham, um dos maiores evangelistas da história da Igreja, também considerado o cristão mais influente do Século XX, sendo amigo e conselheiro de presidentes e chefes de estado do mundo inteiro. Sua maior paixão era levar pessoas a conhecerem Jesus Cristo. Nessa conferência, ele conversou com um evangelista africano, a respeito do qual disse: “Jamais me esquecerei dele”.

Billy Graham assim o descreveu: “Pelas suas roupas, tudo levava a crer que ele procedia de um país pobre e tinha poucas posses. Seu rosto irradiava bondade e alegria; relatava também o compromisso e a consagração que presenciei várias vezes durante a conferência. Aquele evangelista e as demais pessoas no hall estavam exaustos; eram homens e mulheres procedentes dos lugares mais miseráveis do mundo, muitos portando cicatrizes físicas e emocionais da perseguição. A maioria esteve na prisão por causa de sua fé”.

Eles travaram o seguinte diálogo: “De onde você é?” – indagou Billy Graham. “De Botsuana”.

Incentivado pela pergunta, ele falou sobre o seu ministério. Disse que viajava, quase sempre a pé, pelos povoados, pregando o evangelho de Cristo a quem quisesse ouvir. Às vezes, admitiu, sentia-se desanimado em razão de constantes oposições e pouca receptividade.

“Há quantos cristãos em Botsuana?”

“Alguns. Bem poucos”.

“Qual é a sua formação? Você frequentou escola bíblica ou fez algum curso para ajudá-lo em seu trabalho?”

“Na verdade, eu recebi diploma de mestrado pela Universidade de Cambridge”.

Impactado, Billy Graham disse depois: “Senti-me imediatamente envergonhado por tê-lo rotulado como alguém sem formação acadêmica. Também recebi uma lição de humildade, não apenas por ser mais instruído do que eu, mas por algo mais: qualquer homem de Botsuana que retornasse à sua subdesenvolvida terra natal com um ambicionado diploma de Cambridge encontraria oportunidades praticamente ilimitadas para conseguir poder político, posição social e progresso financeiro. Aquele homem, porém, sentia-se plenamente feliz por ter atendido ao chamado de Cristo para ser evangelista. Ele poderia repetir com toda a sinceridade as palavras do apóstolo Paulo: “Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo”.

Este exemplo contrasta o sentimento reinante no mundo, de que o que realmente importa é posição, prestígio e poder, principalmente quando acompanhados do respectivo reconhecimento público. Dentro de não poucas igrejas, semelhantemente, isso também pode ser visto: líderes mais interessados no prestígio que o reconhecimento público oferece do que na aprovação de Deus. O que ainda parece uma exceção, será um problema se vier a tornar-se regra.

Lembro-me da história de um antigo pastor a quem foi oferecido o título de “doutor honoris causa” em teologia, por causa dos grandes serviços prestados à teologia neste País, com mais de dez obras publicadas. Em sua carta de resposta ao conselho de teólogos que o escolhera para receber essa comenda, disse: “Tudo o que fiz, somente pela graça de Deus o fiz. Sou apenas um servo, nada mais. Por isso, mesmo agradecido pela lembrança, sinto-me no dever de dizer que não posso receber tal honraria, pois só ao Senhor pertence a glória de todo o trabalho que realizou por meu intermédio”.

Não é no mínimo estranho que alguns líderes cristãos, sem jamais terem publicado uma única obra ou cursado alguma universidade, tenham comprado, por alguns milhares de reais, títulos de “doutor honoris causa” em teologia e de “doutor em divindade”?

Talvez precisemos reaprender os princípios bíblicos que devem nortear a nossa posição diante do mundo e perante Deus. Afinal de contas, o que alguns pensam ser lucro pode ser uma completa perda. Paradoxalmente, o evangelho ensina: quem se exalta, é humilhado; quem se humilha, é exaltado. Os últimos serão os primeiros; e os primeiros, os últimos. Quem perde a vida por amor de Cristo, ganha a vida. É em servir, e não em ser servido, que uma pessoa se torna grande. Não é da ponta de uma honraria humana, mas de joelhos, que se olha mais longe.

A maior perda de todas, porém, é ser honrado por si mesmo ou pelos homens e não ser honrado por Deus. Como disse Paulo: “Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva”.

Por isso, a maior de todas as honras é ser o que o Senhor quer que sejamos, ocupar a posição que Ele quer que ocupemos e fazer a obra que Ele quer que realizemos, para a glória e louvor de Deus.





E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

Escola Bíblica Dominical L09 4T 11


Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)


A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 3º Trimestre – 2011. Comentarista: Elinaldo Renovato, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.


Lição09 de 13, 27 de Novembro 2011

Tema – A organização do serviço religioso

Texto Áureo – “E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe (Ne 12.43)”.

Verdade Prática – Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

LEITURA BIBLICA – Neemias 12.27-31,43

27 - E, na dedicação dos muras de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas.

28 - E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa,

29 - como tambem da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém.

30 - E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, e as portas, e o muro.

31 - Então, fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro e ordenei dois grandes coros e procissões, sendo um a mão direita sobre o muro da banda da Porta do Monturo.

43 - E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.

INTRODUÇÃO

Na lição de hoje, veremos que Neemias não somente restaurou os muros e as portas de Jerusalém, como restabeleceu o ministério Levítico. Assim, puderam os sacerdotes reiniciar suas atividades na festa de dedicação dos muros. A celebração foi marcada pela alegria, louvor e cânticos em ações de graças ao Senhor (Ne 12.24,27). Em sua infinita misericórdia, Deus transformou em regozijo o lamento de seu povo.

I - OS SACERDOTES QUE VIERAM PARA JERUSALÉM COM ZOROBABEL

1. Os que vieram com Zorobabel. O capitulo 12 do livro de Neemias tem início com uma relação dos sacerdotes que vieram a Jerusalém juntamente com Zorobabel. Como se sabe, foi esse abnegado servo de Deus quem liderou o primeiro grupo de exilados judeus que, autorizados por Ciro, o Grande, deixou a Babilônia rumo a Cidade Santa. Zorobabel incentivou a reconstrução do Templo e restabeleceu a adoração a Deus. Sem tais ações, a restauração de Jerusalém seria impossível. Observe: só foram admitidos como ministros do altar os que puderam comprovar a sua ascendência levítica. Isso nos ensina que o ministério cristão deve ser exercido por aqueles que realmente foram chamados por Deus.

2. O ministério sacerdotal. Descendentes de Levi, tinham os sacerdotes como missão representar o povo diante de Deus. Deveriam eles, portanto, ser santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens (Lv 21 .16-21). Todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote. Várias eram as suas funções: tornar possível a mediação entre o povo e Deus, fazer a expiação pelos pecados da nação, ensinar a Lei de Deus, queimar incenso e cuidar do castiçal e da mesa dos pães da proposição (Lv 10.11; Ez 44.23). Como está o nosso serviço cristão? Temos zelado por nossa chamada?

3. O ministério dos levitas. Somente os levitas estavam autorizados por Deus a trabalhar no Tabernáculo. Eles tinham como função primordial ensinar a Palavra de Deus e como se deve adorá-lo (Dt 33.10). Exímios músicos que eram, eles requeriam que o seu ministério fosse plenamente restaurado, a fim de participarem do culto de dedicação dos muros de Jerusalém. Consciente dessa urgência, Neemias restabeleceu-os de imediato em suas várias funções. Senhor, ajuda-nos a ser mais zelosos para com as coisas que nos confiaste.

II - A DEDICAÇÃO DOS MUROS

1. A participação dos levitas. "E, na dedicação dos muros de Jerusalém, buscaram os levitas de todos os seus lugares, para os trazerem, a fim de fazerem a dedicação com alegria, louvores, canto, saltérios, alaúdes e harpas" (Ne 12.27). Era imprescindível a presença dos levitas na realização dos sacrifícios e na condução do culto ao Senhor. Afinal, eles eram os responsáveis pela adoração divina. O que aprendemos nesse ponto? Os obreiros tem hoje uma grande responsabilidade diante de Deus: levar o povo a adorá-lo na beleza de sua santidade.

2. A participação dos cantores. "E se ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias de Netofa, como tambem da casa de Gilgal e dos campos de Gibeá e Azmavete; porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém" (Ne 12.28,29). Na dedicação dos muros de Jerusalém, fazia-se obrigatória a apresentação de cânticos de adoração e louvor a Deus. Por isso, Neemias reuniu os 148 cantores que descendiam de Asafe (Ne 7.44) e mais 245 que procediam de outras famílias levíticas (Ne 7.67), para que bendissessem ao Senhor. Que importância damos à verdadeira música sacra no culto divino? Que as nossas orquestras e corais sejam assíduos na adoração a Deus.

3. A purificação dos sacerdotes e do povo. "E purificaram-se os sacerdotes e os levitas" (Ne 12.30). Como os filhos de Levi estavam a frente das solenidades da dedicação dos muros de Jerusalém, requeria-se fossem eles um exemplo de pureza e santidade. Caso contrário, como poderiam eles purificar o povo? Mas, como agiam fielmente, os levitas purificaram os demais judeus para que ninguem ficasse de fora daquela ocasião tão especial (Ne 12.30b).

Que ninguem se esqueça da ordenação divina: "Fidelíssimos são os teus testemunhos; a tua casa convém a santidade, SENHOR, para todo o sempre" (SI 93.5 - ARA). De que valem as circunstâncias e pompas do culto se os adoradores acham-se distantes de Deus e comprometidos com o mundo? Não agia assim o Israel do Antigo Testamento? Ouçamos o que diz o Senhor por intermédio de Isaias: "[ ... ] Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu" (Is 29.1 3 - ARA).

É urgente, pois, que adoremos a Deus não apenas com os lábios, mas principalmente com o coração. É tambem chegado o momento de se ensinar aos crentes o valor e a atualidade da doutrina da santificação, sem a qual ninguem verá o Senhor (Hb 12.14). É da vontade de Deus, pois, que todos os seus adoradores sejam santos (1 Ts 4.3).

III - CELEBRANDO A DEUS PELA VITORIA

1. A festa de dedicação. Neemias organizou cuidadosamente o cerimonial da festa de dedicação dos muros de Jerusalém que, tendo em vista as provações a que os judeus haviam sido submetidos, revestia-se de especial importância e significado. Era preciso, pois, que o acontecimento fosse marcado por uma sincera e profunda devoção ao Senhor.

Neemias, então, determinou que fossem organizados dois grandes cortejos, dos quais participariam os levitas, os cantores e os príncipes de Judá (Ne 12.27-43). Um cortejo foi liderado por Esdras; o outro, por Neemias. Os grupos, embora caminhassem em direções opostas, encontrar-se-iam no Santo Templo. Ali, final mente, foi realizado o grande culto em ação de graças a Deus. Como estamos adorando a Deus? Damos-lhe a devida honra?

2. Uma liturgia santa. Neemias teve o cuidado de elaborar uma liturgia ordeira e santa, pois a Palavra de Deus ensina-nos que o culto deve ser conduzido reverentemente. O salmista adverte-nos:

"Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra" (SI 96.9). Você tem cultuado a Deus da forma que Ele requer e merece? Não podemos nos achegar a presença do Senhor de qualquer maneira. Ele é santo e exige santidade do seu povo. Não podemos transformar o culto divino num espetáculo deprimente.

3. Os sacrifícios (v. 43). Naquele dia, foram oferecidos muitos sacrifícios a Deus. Os israelitas reconheceram os benefícios do Senhor e demonstraram o desejo de adorá-lo em santidade e pureza. Na Nova Aliança, não precisamos mais oferecer sacrifícios de animais ao Senhor. Todavia, devemos apresentar-nos a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável que e o nosso culto racional (Rm 12.1). Dediquemos-lhe, pois, incondicionalmente nossa vida por tudo que Ele é e tem feito por nos.

CONCLUSÃO
Ensina-nos a vida de Neemias que devemos ser gratos a Deus por todas as bênçãos que dEle temos recebido. Assim como fez Neemias, cultuemos ao Senhor reverentemente. O culto e a adoração a Deus não podem ser feitos de qualquer maneira. Que o nosso culto, por conseguinte, seja dirigido com decência e ordem (1 Co 14.40). 



domteicos@gmail.com

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Mandamento mais violado de todos

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém


Tenho ouvido as pessoas confessarem que infringiram cada um dos Dez Mandamentos, menos aquele que diz: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. Porém, esse nono mandamento é o que violamos mais frequentemente. Não há outro desvio da natureza humana que seja ao mesmo tempo tão comum e pleno de malignidade. Todos nós, de uma forma ou de outra, ou somos culpados ou fomos alvos dessa crueldade. Quanto dano irreparável tem sido causado a pessoas inocentes por causa dessa prática irrefletida!

Esse mau hábito revela duas coisas. Primeiro, a falta de misericórdia, por não sabermos o que há por trás dos atos da pessoa a quem condenamos. Por isso, em nossas relações diárias, arriscarmo-nos a estragar a reputação de alguém por deixarmos de ver sob a superfície com olhos de compaixão. Segundo, revela uma desagradável falha de caráter na impressão deixada de que somos “perfeitos”. Essa nossa atitude parece dizer: “Eu devo ser bom; basta ver todo o mal que encontro nos outros”.

O impulso de julgar o próximo é uma medida defensiva bem entranhada em nossa natureza. Censuramos as características dos outros e louvamos as nossas. Aquilo que vemos em nós como firmeza, no outro é obstinação. Em nós é virtude; nos outros, vício. Essa característica reacionária nos leva a uma conclusão: quem quiser descobrir os pontos fracos de uma pessoa, observe as falhas que esta vê com mais facilidade nos outros.

O nono mandamento é de fundamental importância para as relações sociais. Cumpri-lo não é necessariamente uma virtude, é uma obrigação que tem a ver com o caráter. Pode até ser difícil cumpri-lo, mas gostaria de citar cinco regras que certamente nos ajudarão a vencer o mau hábito de julgar, se tomarmos a firme decisão de praticá-las, a seguir:

Nunca fale por detrás o que não disse antes ao próprio criticado. Como a maioria das críticas são injustas e jamais poderiam ser ditas à pessoa interessada, essa regra é fundamental para acabar com a atitude crítica peculiar à nossa natureza. De modo geral, o que foi dito à pessoa alvo da observação jamais será dito levianamente na sua ausência.

Esteja certo de conhecer toda a verdade, para que o seu testemunho não seja apenas circunstancial. Somos responsáveis tanto pelo que ouvimos como pelo que falamos. Por isso, é importante avaliar os fatos, assim também como as intenções e os motivos de quem os conta, antes de julgar precipitadamente.

Certifique-se de que possa haver circunstâncias atenuantes, por mais que a culpa de outrem pareça certa. Na vida há sempre uma adversativa da esperança, um “mas” a ser dito de forma positiva. Cultive o hábito de olhar o que há de bom nas pessoas. Faça comentários positivos a respeito das pessoas, pratique a arte dos “mexericos favoráveis”. Esse hábito dá amplitude à alma e melhora o ambiente ao nosso redor.

Sempre que possível, procure evitar que a crítica seja levada adiante. Use a regra dos três crivos. Se alguém quiser falar algo a respeito de outrem, pergunte-lhe se isso já foi passado pelos três crivos. Primeiro crivo: o que vai dizer é verdade? Segundo crivo: se eu ouvir, isso vai me edificar? Terceiro crivo: se eu contar a alguém, isso vai edificá-lo? O crítico contumaz nunca passa no teste.

Deixe a Deus todo o julgamento dos pecados alheios. Não tente ser como Deus, pois isso é presunção pecaminosa. Só Ele pode julgar com perfeição. Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Lembremos de Sua clássica reação contra os julgadores da mulher pecadora encontrada no ato de adultério, quando disse: “Quem estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra”.

Lembre-se do líder que, injustamente caluniado por um membro de sua comunidade, sentiu uma tristeza tal que quase o levou à morte. Pesado de consciência e desesperado pelo mal feito, aquele homem resolveu pedir perdão ao líder, que resolveu perdoá-lo, mas pediu-lhe antes que levasse um travesseiro de penas a um alto monte e as espalhasse ao vento, e depois voltasse. Feito isso, o homem retornou. Aquele líder lhe disse: “Agora volte e apanhe cada uma das penas que você soltou”. O homem retrucou: “Mas isso é impossível! Está ventando muito e as penas se espalharam sem controle”. “É isso,” – disse o líder – “assim também ocorreu com suas calúnias contra mim”.

Não quebre o nono mandamento. Não deixe, portanto, que o Diabo use sua vida para enlamear a de outros. Atente para o conselho do estadista Edmund Burke: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”. Siga o que Jesus ensinou: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”.





 domteicos@gmail.com




Pesquisar este blog