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Por: (Pr Ev – Domingos
Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que
semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora,
possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do
acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os
Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob
suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na
Revista; Lições Bíblicas da Escola
Dominical veiculado neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus,
mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e
Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado
especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo
como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem
a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que
só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus
como no céu, (Mt 6. 9-13).
À
Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do
aluno abaixo indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012.
Comentarista: Esequias Soares,
Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Lição 06 de 11
11 de
novembro de 2012
Tema: Jonas – A
Misericórdia Divina
Texto Áureo – ”E Deus viu as obras deles, como se
converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes
faria e não o fez” (Jo 3.10).
Verdade Prática – O relato de Jonas
ensina-nos o quanto Deus ama e está pronto a perdoar os que se arrependem.
LEITURA BÍBLICA
Jonas 1.1-3,15,17; 3.8-10; 4.1,2
Jonas 1
1 - E veio a palavra do SENHOR a Jonas filho
de Amitai, dizendo:
2
- Levanta-te, vai à grande cidade
de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
3 - E lonas se levantou para fugir de diante da face do SENHOR para Társis; e, descendo a Jope, achou um
navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, de diante da face do SENHOR.
15
.) - E levantaram Jonas e o lançaram ao mar; e cessou o mar da
sua fúria.
17 - Deparou, pois, o SENHOR um grande
peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve
Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.
Jonas 3
8
- Mas os homens e os animais estarão cobertos de panos de saco, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau
caminho e da violência que há nas suas mãos.
9 - Quem sabe se se voltará Deus, e se arrependerá,
e se apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?
10 - E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
10 - E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4
1
- Mas desgostou-se Jonas extremamente disso e ficou todo ressentido.
2 - E orou ao SENHOR e disse: Ah!
SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me
preveni, fugindo para Társis, pois
sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânime e grande
em benignidade e que te arrependes
do mal.
INTRODUÇÃO
A história de Jonas, que fascina crianças e adultos, é mais
conhecida por narrar a experiência do profeta no ventre do grande peixe. No
entanto, esse acontecimento não deve ofuscar o milagre maior: a conversão de
uma cidade pagã. Os dois milagres foram mencionados pelo Senhor Jesus e
continuam a impressionar ao longo da história.
I. O LIVRO DE JONAS
1. Contexto histórico. Salta aos olhos de qualquer leitor que Jonas
é da
época do império assírio, cuja capital era Nínive. O nome do rei ninivita impactado
com a pregação de Jonas, segundo se diz, é Adade-Nirari III, falecido em 783 a.c. Nessa época, Jeroboão II, filho
de Joás, reinava em Samaria, sobre as
dez tribos do Norte.
2. Vida pessoal. Jonas se apresenta apenas como filho de
Amitai (1.1). Ele é mencionado em
outras narrativas bíblicas e, por essa razão, sabe-se que era profeta do Reino
do Norte, natural de Gate-Hefer, tendo vivido na época de Jeroboão II (2 Rs 14.23-25).
Gate-Hefer localizava-se na terra de Zebulom (ls 19.13), nas proximidades de Nazaré da Galileia.
Jonas, que deveria ir para Nínive clamar contra esta cidade;
desobedeceu à ordem divina, procurando fugir para Társis. É o único profeta bíblico, do qual se tem
notícia, que tentou resistir ao Senhor. Ele seguiu em direção oposta. Társis,
segundo Herodoto, é a mesma Tartessos, na orla ocidental do Mediterrâneo, a
sudoeste da Espanha, ideia aceita pela maioria dos pesquisadores bíblicos. Será
que Jonas não conhecia a onipresença de Deus? (SI 139.7-10)
3. Estrutura e mensagem.
O livro contém 48 versículos distribuídos em quatro breves
capítulos. Apesar de começar com estrutura profética (1.1), a mensagem é
apresentada em estilo biográfico. Não deixa, contudo, de ser uma profecia da
história de Israel, ao mesmo tempo em que anunciam o ministério, a ressurreição
e a obra missionária de Cristo (Mt 12.39-41; 16.4). O tema principal do livro é
a infinita misericórdia de Deus e a sua soberania sobre todas as nações.
II. O GRANDE
PEIXE
1. Baleia ou grande peixe? Na Bíblia
Hebraica e na Septuaginta, o versículo 17 é deslocado para o capítulo seguinte
(2.1). A língua hebraica não dispõe de termo técnico para "baleia".
Essa palavra é usada como resultado de uma interpretação tradicional que
atravessou séculos. As Escrituras Hebraicas empregam dag gadol, "grande
peixe", uma vez (1.17 ;2.1), e simplesmente dag, "peixe", três vezes (1.17; 2.1,10). A
Septuaginta traduz ketei megalo por "grande monstro marinho",
e ketos por "monstro marinho", a mesma palavra usada no Novo
Testamento grego (Mt 12.40).
2. Interpretação. Não
há indício algum no texto para que ele possa ser interpretado como alegoria,
ficção didática, mito, lenda etc. Rejeitamos todas essas linhas de pensamento,
pois o oráculo foi entregue a Jonas no mesmo estilo dos outros profetas (1.1 Jr 33.1; Zc 1.1). Além disso, o Senhor Jesus
Cristo, a maior autoridade no céu e na terra, interpretou o livro como
histórico, assim como históricos foram o ministério e a ressurreição do Mestre.
O Novo Testamento é a palavra final, e isso encerra qualquer questão (Mt
12.39-41; 16.4).
III. A
MISERICÓRDIA DIVINA
1. A conversão dos
ninivitas (3.8,9). O curto
relato do livro de Jonas serve como prenúncio da graça salvadora para todas as
nações (Tt 2.11). Os ninivitas foram
salvos pela graça, pois "creram em Deus" (3.5) e "se converteram
do seu mau caminho" (3.10). As obras foram consequência
da sua fé no Deus de Israel.
2. O
"arrependimento" de Deus. O arrependimento humano é
mudança de mente e de coração, de pior para melhor. Quando a Bíblia fala que
"Deus se arrependeu" (3.10), parece confundir-nos um pouco, pois Deus
é perfeito e imutável, não pode mudar, nem alterar a sua mente (MI 3.6). A
explicação para uma declaração como essa é a linguagem antropopática, um modo
de falar em termos humanos, ou se trata de uma questão de ordem exegética, que
é o nosso caso aqui. Quem mudou, na verdade, foi o povo, e nesse caso o perdão
é parte do plano divino Jr 18.7,8).
3. Explicação exegética.
O texto sagrado declara que "Deus viu as obras deles, como se
converteram do seu mau caminho" (3.10a). O verbo hebraico aqui é shuv, literalmente:
"voltar-se, retornar", frequentemente
usado para indicar o arrependimento humano. A respeito do "arrependimento"
de
Deus, que vem na sequência (3.10b), o verbo é outro, naham, "ter
pena,
arrepender-se, lamentar, consolar, ser consolado" (Gn 6.6; 1 Sm 15.11; Jr 8.18). Essas nuanças linguísticas podem ser
confirmadas por qualquer pessoa, ainda que não conheça uma única letra do
alfabeto dessas línguas, com o auxílio, por exemplo, da Bíblia de Estudo
Palavras-Chave Hebraico e Grego (CPAD).
IV. A
JUSTIÇA HUMANA
1.
Descontentamento de Jonas (4.1).
Jonas foi bem-sucedido em sua missão. Qualquer profeta de Israel, ou mesmo
algum pregador de hoje, sem dúvida alguma ficaria satisfeito com o resultado do
trabalho. A Bíblia não revela a razão do descontentamento de Jonas, senão o que
o ele mesmo afirma, ao dizer que sabia que Deus é "piedoso e
misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes [niham] do mal" (4.2b).
2. Jonas
esperava vingança? O império assírio foi um dos mais cruéis da
história e tinha domínio sobre todo o Oriente Médio. Será que Jonas esperava
uma vingança como retaliação por terem os assírios massacrado o seu povo? O
certo é que, ainda hoje, há crentes que se incomodam com o retorno à Igreja dos
que se acham afastados do rebanho. Quem não se lembra do irmão mais velho do
filho pródigo? (Lc 15.25-32). Às vezes, a bondade divina incomoda alguns (Mt
20.1 5).
3.
Compreendendo a misericórdia divina. A misericórdia divina é um dos atributos que revela
a natureza de Deus (Êx 34.6; Jr 31.3). O Senhor poupou Nínive da destruição,
prorrogou a sua ruína, e perdoou os seus moradores. O próprio Jonas, na
qualidade de desertor, também foi alvo da infinita bondade de Deus.
CONCLUSÃO
Jonas transmite-nos uma importante lição prática. O relato em
si mostra a diferença abissal entre a bondade divina e a justiça humana. Aos
ninivitas Deus falou por intermédio de
Jonas. Hoje, Ele fala através de Jesus, que continua a salvar, a curar e a
batizar com o Espírito Santo Jo 14.16;
At 4.12). Ele mesmo disse: "E eis que está aqui quem é maior do que Jonas"
(Mt 12.41- ARA). O Mestre operou sinais, prodígios e maravilhas como nenhum
outro antes ou depois dele, e deu oportunidade de salvação a todos (At 10.38).
Mesmo assim, foi rejeitado pela sua geração Jo
1 .11). Por isso, lançou em rosto a incredulidade dos seus
contemporâneos e elogiou a fé dos ninivitas por haverem ouvido a pregação do
profeta e arrependido de seus pecados.
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