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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Honra e respeito às Mães

   
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
  
Quando Deus desejou dar-nos uma ideia da dimensão incondicional de Seu amor, que comparação Ele poderia usar sem ficar devendo explicações adicionais? É claro, se você pensou que Ele só poderia usar a comparação do amor de mãe, então acertou. Deus disse certa feita: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15). Nada mais simples: o próprio Deus nos ama como uma mãe; e as mães, e somente elas, amam como se fossem deusas.
A palavra mãe, pela extensão de sua natureza e propósito, pode ser usada como sinônima de muitas outras. Ser mãe é educar, é preparar para a vida, é cuidar, é dar segurança, conforto, afeto. Há palavras que andam sempre juntas do sagrado ofício de ser mãe: sacrifício, dedicação, cuidado, abnegação, renúncia, coragem, amor. E quanto há, nesse bendito sacerdócio, um tanto considerável de todas elas! É isso que faz com que muitas mães deixem de lado o seu próprio futuro, tão somente para dar uma oportunidade de preparo mais adequado aos filhos para enfrentarem a vida. Muitas enterram os seus sonhos. Outras, só muito mais tarde, quando os filhos partem do “ninho”, quando então o peso da idade já não ajuda, é que procuram, numa nova atividade, dar um pouco de sentido ao resto de seus dias.
A Bíblia ensina: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Rm 13.7). Desse modo, especialmente no “Dia das Mães”, todos os filhos têm uma oportunidade a mais para pensarem sobre o respeito e a honra devidas às suas mães.
É claro, não somente nesse dia específico e solitário, mas em todo o tempo, durante toda a vida. Porque mãe é para sempre, não temos uma ex-mãe, mesmo que já tenha partido. É singularmente verdadeiro o ditado popular: “Mãe é uma só”. Isso nos lembra de uma coisa: temos de cuidar da nossa mãe como se fosse uma flor rara e única de inestimável valor.
O amor de uma mãe pode ser mostrado de variadas formas, os filhos o sabem muito bem. Pode ser o silêncio, quando suas palavras poderiam magoar. Pode ser a paciência, quando alguém lhe é brusco. Pode ser a surdez, quando rebenta um escândalo. Pode ser a consideração, quando os outros são atingidos pelo infortúnio. Pode ser a prontidão, quando o dever a chama. Mas será sempre o coração, quando a fatalidade aos filhos visita.
Todo filho ou filha tem o sagrado dever de honrar e respeitar sua mãe, tributando a ela a gratidão por todos os seus abençoados feitos de criá-los e educá-los para vida. E isso principalmente enquanto ela vive. Portanto, faça-a saber do seu amor e gratidão por tudo aquilo que fez por você. Um presente, um simples gesto, uma palavra de agradecimento, uma canção. Uma mãe merece tudo isso e muito mais, especialmente se vier do âmago da alma, do mais profundo do coração.
Para os que já perderam suas mamães, a gratidão está circunscrita à dimensão de suas próprias memórias, talvez em lembrar-se de coisas singelas, tais como: a segurança de ter estado no colo da mãe; um abraço após uma queda; um beijo depois de medicar uma ferida; o silêncio em vez da merecida bronca; o aconchego na hora do medo do escuro; o disfarçado toque de “conte comigo” ao lhe deixar na escola; o modo único de dizer num simples olhar: “Estarei sempre aqui”. 
 Aqui gostaria de evocar a imagem de minha querida mãe Therezinha, a Neguinha, que partiu há cinco anos para estar com o Senhor Jesus, a quem amava de todo o coração. Ela sempre tinha algo de novo, mesmo que isso significasse apenas expressar novas formas da sua abnegada dedicação em amor aos seus filhos e filhas.
Mamãe sabia que nós não paramos de lutar porque ficamos velhos; tornamo-nos velhos porque paramos de lutar. Ela sabia que é preciso rir e encontrar humor em cada dia. A Neguinha tinha sempre uma pitada de bom humor, mesmo nos tempos de lutas; e era o bom humor que ditava o curso de sua vida.
Mamãe entendia que é preciso ter a vida acalentada por um sonho. Um de seus maiores sonhos foi educar seus filhos para servirem a Deus na Sua obra, e ela o viu realizado. Minha Neguinha não ficava a remoer remorsos, nem tinha medo da morte. Mas, antes, perdoava sempre; entregava as suas culpas a Deus, pois cria que Jesus nos purifica de todo o pecado. A despeito das lutas, ela seguia sempre em frente na força que Deus supria.
Se a minha querida mãe estivesse aqui, a sua mensagem às mães seria esta: “Esforce-se por ser uma mãe que agrada a Deus, nunca desista dos seus sonhos, jamais deixe de tentar, siga em frente”.
Deus abençoe as mães!
 
 
 
 
 

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