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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Escola Bíblica Dominical L12 4T 12




Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)

A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 

       
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.


Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).


À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  


O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 


Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.


Lição 12 de 13

23 de dezembro de 2012

Tema: Zicarias – O Reinado Messiânico


Texto Áureo: Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará e prosperará sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra (Jr 23.5).


Verdade Prática: Jesus é tanto o Salvador do mundo, como Rei do Universo.


LEITURA BÍBLICA
Zacarias 1.1; 8.1-3,20-23

Zacarias 1

1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:

Zacarias 8

1 - Depois, veio a mim a palavra do ENHOR dos Exércitos, dizendo:

2 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo com grande indignação zelei por eIa.

3 - Assim diz o SENHOR: Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do SENHOR dos Exércitos, monte de santidade.

20 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos
e habitantes de muitas cidades;

21 - e os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do SENHOR e buscar o SENHOR dos Exércitos; eu também irei.

22 - Assim, virão muitos povos e poderosas nações buscar, em Jerusalém, o SENHOR dos Exércitos e suplicar a bênção do SENHOR.

23 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Naquele dia, sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.


INTRODUÇÃO

Nessa lição, veremos que o livro de Zacarias apresenta os eventos do porvir como o epílogo da história. O oráculo do profeta não fala a respeito de acontecimentos enigmáticos, mas de fatos reais e compreensíveis. Qualquer observador atento à época atual verificará que as demandas do nosso tempo apontam para um desfecho divinamente escatológico.


I. O LIVRO DE ZACARIAS

1. Contexto histórico (1.1). Zacarias e Ageu receberam os oráculos divinos no segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia, em 520 a.c. Conforme estudado anteriormente, a situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu. A indiferença religiosa e o avanço do secularismo colocavam Deus em último plano. Por isso, tal como a história dos antepassados dos judeus, o Senhor estava desgostoso daquela geração (1.2,3).


2. Vida pessoal. Zacarias era de uma família sacerdotal, assim como Jeremias (Jr 1.1) e Ezequiel (Ez 1.3). Seu avô, Ido (1.1), era sacerdote e veio do exílio à Jerusalérn no grupo liderado por Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque (Ne 12.1-4). Parece que "Baraquias", seu pai, faleceu quando o profeta ainda era criança. Assim, Zacarias fora então criado por seu avô. Isso pode justificar a omissão do seu nome em Esdras, que o chama apenas de "filho de Ido" (Ed 5.1). O ministério profético de Zacarias foi mais extenso que o de Ageu, pois ele menciona os oráculos entregues dois anos após seu chamado (7.1).


3. Estrutura e mensagem. Os oráculos de Zacarias são apocalípticos Eles foram entregues por visão (capítulos 1-6) e palavra (7-14). O assunto do livro é o Messias de Israel. Mas Jerusalém também ocupa espaço significativo na profecia. Há diversas referências diretas e indiretas a Zacarias em o Novo Testamento (Zc 9.9 cf. Mt 21.5; Zc 11.13 cf. Mt 27.9,10; Zc 12.10; Ap 1.7). A vinda do Messias e os demais eventos escatológicos predominam os capítulos 9-14.

4. Unidade literária. A respeito da unidade literária de Zacarias, as opiniões mais populares estão divididas em três grupos principais: os que defendem a unidade literária; os que consideram os capítulos 9-14 provenientes do período pré-exílio babilônico; e os que apontam para o período pós-exílio (os liberais). Esta última ideia é descartada pelos críticos conservadores.

A diferença de estilo literário é natural. Um autor pode mudar seu estilo com o tempo e com o assunto a ser tratado. Em relação à passagem de Zacarias 11.13 - onde o evangelista Mateus atribui autoria do seu conteúdo ao profeta Jeremias (cf.Mt 27.9) - há pelos menos duas explicações:

a) Combinação profética. Jeremias comprou um campo (Jr 32.6-9) e visitou a casa do oleiro (Jr 18.2). O Antigo Testamento é rico em detalhes para narrar a obra redentora. Ele não se restringe apenas às profecias diretas. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença de Cristo e sua obra na história da redenção (Jr 31.15 cf. Mt 2.16,17; Os 11.1 cf. Mt 2.15). Nesse caso, a citação de Zacarias 1 1.13 seria dos dois profetas. Entretanto, somente Jeremias é mencionado, porque ele é o profeta mais antigo e importante. Desse modo, temos a unidade literária.

b) Coletânea de profecias. A outra explicação é apenas hipotética. Seria uma coleção de oráculos entregues a Jeremias após a conclusão de seu livro. Eles teriam sido preservados pelo povo e, mais tarde, incluídos por Zacarias na segunda parte dos seus oráculos.


II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO

1. Sião. Zacarias introduz o oráculo com a usual fórmula profética (8.1). O discurso começa com a chancela de autoridade divina: "Assim diz o SENHOR dos Exércitos" (8.2-4,6,7). Sião era originalmente a fortaleza que Davi conquistara dos jebuseus, tornando-se, a partir daí, a sua cidade (2 Sm 5.6-9). Com o passar do tempo, veio a ser um nome alternativo de Jerusalém semelhante à descrição de Zacarias 8.3.

2. O zelo do Senhor (8.2). Jeová declara a si mesmo como Deus "zeloso" (Êx 20.5), e este é um dos seus nomes (Êx 34.14). Tal zelo diz respeito à sua santidade, cuja violação não pode ficar impune (ls 24.19). O zelo do Senhor ainda é manifestado como indignação quando o seu povo é trucidado por estrangeiros. Aos opressores, Deus há de açoitar (1.14,1 5).

3. Restauração de Jerusalém. A palavra profética anuncia: "Voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém" (8.3b). Após a lição dos 70 anos de cativeiro, o Senhor se volta com zelo ao seu povo. Mas a promessa é para o futuro, quando Jerusalém tornar-se uma "cidade de verdade [...] monte de santidade" (8.3b). Temos aqui, uma reiteração do que disseram Zacarias (1.16; 2.10) e os demais profetas antes dos cativeiros assírio e babilônico (ls 1.16; Ez 36.35-38; Sf 3.13-17).

III. O REINO MESSIÂNICO

1. A pergunta pela paz. Quando de um atentado terrorista no Iraque, que matou um diplomata brasileiro, o então secretário geral das Nações Unidas, Koff  Annam, declarou: “Já não existe mais lugar seguro no mundo". Diante disso, podemos perguntar: possível viver num mundo de justiça, paz e segurança?" A Bíblia assevera que sim! O profeta Zacarias, mostrando a trajetória da humanidade, descreve a história espiritual de Israel e o futuro glorioso de Jerusalém no Milênio (14.11,16,17).


2. A paz universal. As Escrituras Sagradas falam de um período conhecido como Reino Messiânico (ou Milênio), em que o próprio Senhor Jesus Cristo reinará por mil anos. Tribos, cidades, povos e nações achegar-se-ão a Deus pelo anúncio do evangelho. O contexto bíblico permite-nos dizer que essa profecia (8.20-22) é escatológica e aponta para a restauração de Jerusalém no Milênio (2.11; 3.10; Is 2.2-4; Mq 4.1-4). Nessa época, Israel estará plenamente restaurado tanto nacional quanto espiritualmente.

3. A orla da veste de um judeu (8.23). A expressão "naquele dia" é escatológica (2.11; Os 2.16; 3.18). Aqui, ela refere-se ao Milênio. O número dez indica quantidade indefinida (Nm 14.22; 1 Sm 1.8; Ne 4.12). O termo "judeu" no Antigo Testamento aparece frequentemente nos livros de Esdras e Neemias. Fora deles, só aparece em Ester e também em Jeremias. A vestimenta do judeu era de fácil identificação (Nm 15.38; Dt 22.12). E "agarrar-se à orla de sua veste" indica o desejo e o anseio do mundo gentio em desfrutar as bênçãos e os privilégios de Israel. Portanto, se a queda de Israel representou a riqueza do mundo, qual não será a glória dos gentios na sua plenitude? (Rm 11.11-14).


CONCLUSÃO

Diante do exposto, podemos concluir: se todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda do Messias cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais por si só começam a confirmar essa realidade.






quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Natal de Jesus é seu também




Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém



Luzes coloridas, lojas lotadas, compras, troca de presentes! A corrida do Natal já começou! Tudo à nossa volta respira a festa natalina que se avizinha. É a propalada presença do “espírito do Natal”, como a ditar o comportamento das pessoas e marcar o compasso do tempo.

Embora o Natal seja a comemoração do nascimento de Jesus, hoje em dia funciona quase como uma entidade autônoma. Jesus parece uma mera lembrança, ou nem isso. É perfeitamente plausível afirmar, portanto, pela vida que Jesus levou e pelas palavras que disse, que Ele não concordaria com tudo o que é feito em Seu nome em tempos natalinos. Mas é inegável que, a despeito dos desvios ou da falta de conhecimento, Jesus deixou a sua marca para sempre em nossa cultura.
       
      Jesus é a mais extraordinária pessoa que já viveu sobre a Terra. Dizemos “é” porque Ele vive, é o único ser humano no Céu, o único mediador entre Deus e os homens. Ele é Deus, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. A partir do Seu nascimento, Ele mudou todo o curso da História, influenciou tempos e épocas, fazendo o calendário fixar o seu eixo em antes e depois Dele.
       
     Por isso, deixando um pouco de lado os contornos culturais e comerciais agregados ao Natal ao longo dos anos, é sempre bom refletirmos sobre o seu sentido verdadeiro e sua realidade espiritual. É sumamente importante também pensarmos preferencialmente sobre o Natal de Jesus, pois Ele é o “dono” de todos os natais. Isso é relevante porque  Jesus pertence a todas as épocas, raças e culturas; o Seu nascimento sempre será considerado “boa nova de grande alegria” para todos os povos da Terra (Lc 2.10).

Isto mostra particularmente que o Natal de Jesus é extensivo a todas as pessoas, independentemente de raça, cor, posição social e credo religioso. O Natal de Jesus é também para você celebrar no aconchego do seu coração.

Ao trabalhador, convém lembrar dos pastores da Judeia, que não possuíam vestes finas, apenas poucas posses, e suas vidas dependiam dos parcos recursos que os rebanhos lhes proporcionavam. Pertencentes a uma classe sem expressão nem privilégios sociais, eles representam os trabalhadores que pouco ou nada têm conseguido nesta vida. Foi a esse grupo que apareceu o coro de anjos cantando e anunciando o nascimento do Salvador.

Mesmo sendo socialmente desprivilegiados, a mensagem do nascimento de Jesus veio primeiro a eles, a glória de Deus brilhou ao redor deles, como um indicativo de que eles estavam incluídos no plano de salvação. Os líderes daqueles dias nada sabiam deste evento; não havia coral de anjos cantando no Sinédrio, nem estrela alguma pairando sobre o palácio de Herodes.

Aos idosos, convém pensar sobre a revelação de Deus a Simeão, que não morreria sem antes ver o Cristo. Pela direção do Espírito Santo, o idoso Simeão foi ao templo, exatamente quando Maria e José trouxeram o menino para ser consagrado ao Senhor.

Quando Simeão tomou o menino Jesus nos braços, o Espírito Santo veio sobre ele, que profetizou: “Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo... porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos” (Lc 2.29-31).

O Senhor Deus lhe fez saber que Jesus era o Salvador da humanidade. Foi dessa forma que Simeão tomou parte no primeiro Natal. A profetisa Ana, viúva de oitenta e quatro anos, também participou desse evento, pois chegou ao templo naquele momento e glorificava a Deus pelo nascimento de Jesus. Assim, o Natal de Jesus pertence também aos idosos, pois a salvação de Deus também os contempla.

Às mulheres, convém lembrar como Deus tem honrado todas as mulheres, ao escolher uma simples camponesa para se tornar a mãe de Jesus. Deus só precisou de uma virgem para fazer Jesus nascer, usando Maria para trazer o Redentor ao mundo. Isto é uma honra especial às mulheres e às mães em geral, em todos os tempos, desde o primeiro Natal.

Jesus poderia ter vindo do céu completamente desenvolvido como Filho de Deus, ou poderia ter se manifestado por outro meio qualquer. Porém, Ele preferiu nascer como uma criança, trazendo a salvação para toda a humanidade, porque o Natal de Jesus também pertence às crianças.

O Natal de Jesus é para todos. Isso inclui todas as pessoas de todas as idades e condições sociais. Por isso, Jesus Cristo foi enviado especialmente por você e para você.

Neste Natal, tenha um coração grato a Deus por tão grande e generoso presente, pois Jesus nasceu para lhe dar de graça a salvação e a vida eterna. O maior presente que você pode dar a si  mesmo é confiar em Jesus, deixando-o entrar em seu coração e salvar a sua vida.
Viva o Natal de Jesus, pois ele é seu também!


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Escola Bíblica Dominical L10 4T 12



Por:  (Pr Ev – Domingos Teixeira Costa)


A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo,  para que semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
           
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado neste site.

Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.

Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  

O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do aluno abaixo indicada: 
           
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012. Comentarista: Esequias Soares, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.

Lição 10 de 13

09 de dezembro de 2012

Tema: Sofonias – O Juízo Vindouro

Texto Áureo: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

Verdade Prática: No juízo vindouro. Deus há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um.

LEITURA BÍBLICA: Sofonias 1.1-10
1 - Palavra do SENHOR vinda a Sofonias, filho de Cusi, filho de Cedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias, nos dias de Josias, filho de Amam, rei de Judá
2 - Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o SENHOR.
3 - Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR.
4 - E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes;
5 - e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e juram por Malcã;
6 - e os que deixam de andar em seguimento do SENHOR, e os que não buscam ao SENHOR, nem perguntam por ele.
7 - Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados.
8 - E acontecerá que, no dia do sacrifício do SENHOR, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha.
9 - Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores.
10 - E, naquele dia, diz o SENHOR, far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a Porta do Peixe, e um uivo desde a segunda parte, e grande quebranto desde os outeiros

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o oráculo de Sofonias. Ele se destaca pela intrepidez do juízo divino contra Judá e os gentios. O profeta anuncia o julgamento universal descrito como a reação de Deus aos pecados cometidos pelos moradores de toda a terra. Sofonias, porém, aborda o julgamento divino numa perspectiva escatológica de restauração.

I. O LIVRO DE SOFONIAS
1. Contexto histórico. Sofonias exerceu o seu ministério "nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá" (v. 1 ).Josias reinou entre 640 e 609 a.c. A reforma religiosa do rei de Judá aconteceu em 621 a.c., "no ano décimo oitavo" do seu reinado (2 Rs 22.3). Quando ocorreu a reforma, Jeremias exercia o ofício de profeta há cinco anos. O seu chamado deu-se "no décimo terceiro ano do [ ... ] reinado" de Josias Jr 1.2). Esse período corresponde a 627 a.C É  possível que, na reforma, o rei fora encorajado por esses profetas. Evidências internas apontam para um tempo de pré-reforma em Judá, denunciando os desmandos dos reis Manassés e Amom (2 Rs 21.16-24).

2. Genealogia. É comum a menção do nome paterno nos livros dos profetas. Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oseias, Joel e Jonas, trazem essa informação. Sofonias, porém, descreve a sua genealogia: "Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias" (v. 1 ). A citação do nome do pai estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder. A ausência de paternidade demonstra que tal profeta não adveio de família tradicional. Sofonias era trineto de Ezequias, que também fora rei de Judá. Isso lhe garantia livre acesso no governo real, bem como noutros segmentos da sociedade.

3. Estrutur e mensagem. Os meios de comunicação dos oráculos divinos aos profetas eram a palavra e a visão. Os porta-vozes do Eterno deixam isso claro no prólogo de seus livros (v.1a). O estilo poético predomina em todo o livro de Sofonias. O oráculo está organizado em três partes principais: a primeira anuncia o juízo contra as nações da terra incluindo Judá (1.1-2.3). A segunda especifica os povos nesse julgamento global - Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e Assíria (2.4-15). E a terceira parte trata do castigo de Jerusalém e da restauração dos rernanescentes fiéis (3.1-20). O tema do "Dia do Senhor" ocupa todo o oráculo divino.

II. O JUÍZO VINDOURO
1. Toda a face da terra será consumida (v.2). Após o dilúvio, Deus prometeu não mais destruir a terra com água (Gn 9.11-1 6). Desde então, a palavra profética anunciou o juízo vindouro pela destruição através do fogo (1.18; 3.8; JI 2.3; 2 Pe 3.7; Ap 16.8). A declaração "inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra" (v.2) refere-se à tragédia global referida em 3.6-8. Note que a expressão "face da terra" é igualmente usada no anúncio da tragédia do dilúvio (Gn 6.7; 7.4).

2. A linguagem de Sofonias. A hipérbole é uma figura de linguagem que consiste em dar à sua significação uma ênfase exagerada. Ela, porém, aparece na Bíblia e, por isso, alguns expositores veterotestamentários defendem o uso de uma linguagem hiperbólica para o livro de Sofonias. Eles consideram forte demais a descrição do aniquilamento natural de aves, peixe, animais seres humanos, cidades e nações. (1.3; 3.6)

 3. Descrição detalhada.  É verdade que na Bíblia há o emprego de hipérbole (Mt 11.23; Jo 12.19 etc.). Mas não é o caso. aqui. em Sofonias! A descrição "os homens e os animais. consumirei as aves do céu, e os peixes do mar" (v.3) representa o reverso da criação registrada em Gênesis (1.20-26). Ela corresponde à destruição universal e literal da criação (Ap 16.1- 21). O dilúvio, por exemplo, foi literal e global, mas a família de Noé foi salva (1 Pe 3.20), assim como os filhos de Israel foram poupados das pragas do Egito (Êx 9.4; 10.23; Nm 3.13).

III. OBJETIVO DO LIVRO
1. Sincretismo dos sacerdotes. A expressão "quemarins com os sacerdotes" (v.4) aponta para o sincretismo da religião de Israel com o paganismo. "Quemarins" é o plural do hebraico komerusado para "sacerdote pagão" e aparece apenas três vezes no Antigo Testamento (2 Rs 23.5; Os 10.5). Apesar da origem levítica, os sacerdotes estavam envolvidos no sincretismo religioso pagão.

2. Sincretismo do povo. Sabeísmo é a prática pagã dos sabeus; o povo da rainha de Sabá. Seu culto resumia-se na prática de adivinhação e na astrologia. Judá envolveu-se nesse tipo de paganismo (2 Rs 23.5; Jr 8.2; 9.13). Malcã ou Milcom (ARA e TB), ou ainda Moloque (NVI), era o deus nacional dos amonitas (1 Rs 11.5-7). Sofonias denunciou o povo por adorar a Jeová numa cerimônia comum com essa asquerosa divindade (v.5). Isso exemplifica a realidade do ritual sincrético no meio do povo escolhido.

3. O modismo do povo e a violência dos príncipes. Não havia nada de errado em alguém vestir a roupa do estrangeiro. O problema da "vestidura estranha" (v.8) era o compromisso religioso de tal indumentária com o paganismo (2 Rs 10.22). Os príncipes de Judá, provavelmente filhos de Manassés ou Amom (pois Josias era bem novo para ter filhos nessa idade), serão duramente castigados por causa da violência e do engano (v.9). O objetivo do castigo divino é exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas
divinatórias e as injustiças sociais.

IV. "O DIA DO SENHOR"
1. Significado bíblico. O termo hebraico para "dia" é yom, que pode ser "dia" no sentido literal (Jó 3.3) ou período de tempo (Gn 2.4). Assim, "o dia do SENHOR" (v.7) ou as fraseologias similares "dia da ira do SENHOR" (2.2,3) e "naquele dia" (1.10), indicam o período reservado por Deus para o acerto de contas com todos os moradores da terra (ls 13.6,9; Ez 13.5;JI1.15; 2.1). Esse período também é chamado de Grande Tribulação (Ap 7.14). O julgamento de Judá e das nações vizinhas é o prenúncio do juízo vindouro.

2. O sacrifício e seus convidados. A profecia afirma que Jeová "preparou o sacrifício e santificou os seus convidados" (v.7). Aqui, essa sentença é chamada de "sacrifício", uma metáfora usada pelos profetas para indicar o juízo (ls 34.6;Jr 46.1O; Ez 39.17-20). O verbo hebraico para "santificar" é gadash, cuja ideia básica consiste em "separar, retirar do uso comum" (Lv 10.10). Assim, os babilônios foram separados por Deus para a execução da ira divina sobre o povo de Judá (v. 10).

CONCLUSÃO
O juízo vindouro não é assunto descartável. Os profetas trataram dele, bem como o Senhor Jesus Cristo e seus apóstolos. Fica aqui um alerta para os promotores da teologia da prosperidade (Fp 3.19-21). Infelizmente, entre muitos cristãos, os assuntos escatológicos são motivos de chacotas e risos. No
entanto, Deus não se deixa escarnecer. O seu juízo é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniquidade.





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