Por: (Pr Ev – Domingos
Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que
semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora,
possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do
acesso a este conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os
Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob
suas orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na
Revista; Lições Bíblicas da Escola
Dominical veiculado neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus,
mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e
Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado
especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo
como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem
a todos os continentes de nosso planeta, o mais belo de todos no Universo, que
só foi criado por causa do homem, para que aqui se fizesse a vontade de Deus
como no céu, (Mt 6. 9-13).
À
Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do
aluno abaixo indicada:
Revista Trimestral, “Lições Bíblicas”, 4º Trimestre – 2012.
Comentarista: Esequias Soares,
Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ.
Lição 04 de 13
28 de
outubro de 2012.
Tema: A Justiça Social como Parte da Adoração
Texto Áureo: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não
exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” ( Mt 5. 20).
Verdade
Prática: Justiça e retidão são elementos necessários e imprescindíveis à
verdadeira adoração a Deus.
LEITURA BÍBLICA
Amós 1.1; 2.6-8; 5.21-23
1-
As palavras de Amós, que estava entre os pastores de
Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos
dias de Jeroboão, filho de
Joás, rei de
Israel, dois anos antes do terremoto.
Amós
6- Assim diz
o SENHOR: Por três transgressões de Israel e por quatro, não
retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado
por um par de sapatos.
7- Suspirando
pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos
mansos; e um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o meu
santo nome.
8 - E se deitam junto a qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa
de seus deuses bebem o vinho dos que tinham multado.
Amós 5
21 - Aborreço, desprezo as vossas festas, e as
vossas assembleias solenes não me dão nenhum prazer.
22 - E, ainda que me ofereçais holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei delas, nem
atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
23 - Afasta
de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos
teus instrumentos.
INTRODUÇÃO
O livro de Amós permanece atual e abrange diversos
aspectos da vida social, política e religiosa do povo de Deus. O profeta
combateu a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a violência,
profetizou o castigo para os pecadores contumazes e também falou sobre o futuro
glorioso de Israel. Amós é conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra
aos religiosos a necessidade de se incluir na adoração dois elementos
importantes e há muito esquecidos: justiça e retidão.
I. O LIVRO DE AMÓS
1. Contexto histórico. Amós era
originário de Tecoa, aldeia situada a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém e
exerceu o seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel (1.1; 7.10). Foi, de acordo
com a tradição judaico-cristã, contemporâneo de Oséias, Jonas, Isaías e
Miqueias, no período assírio.
2. Vida pessoal. Apesar de
ser apenas um camponês de Judá, "boieiro e cultivador de sicômoros"
(7.14) e de não fazer parte da escola dos profetas, foi enviado por Deus a
profetizar em Betel, centro religioso do Reino do Norte (4.4). Ali, Amós
enfrentou forte oposição do sacerdote Amazias, alinhado politicamente ao rei
Jeroboão II (7.10-16).
Todo o sistema político, religioso, social e
jurídico do Reino de Israel estava contaminado. Foi esse o quadro que Amós
encontrou nas dez tribos do Norte. O profeta tornou pública a indignação de
Jeová contra os
abusos dos ricos, que esmagavam os pobres. Ele levantou-se também contra as
injustiças sociais e contra toda a sorte de desonestidade que pervertia o
direito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6). No
cardápio da iniquidade, estavam incluídos ainda o luxo extravagante, a
prostituição e a idolatria (2.7; 5.12; 6.1-3).
3. Estrutura e mensagem. O livro se divide em duas partes principais. A
primeira consiste nos oráculos que vieram pela palavra (1-6) e a segunda, nas
visões (7-9). O discurso de Amós é um ataque direto às instituições de Israel,
confrontando os males que assolavam os fundamentos sociais, morais e
espirituais da nação. O assunto do livro é a justiça de Deus. O discurso
fundamenta-se em denúncias e ameaças de castigo, terminando com a restauração
futura de Israel (9.1 1- 1 5). Ele é citado em o Novo Testamento (Am 5.25,26 cp. At 7.42,43; 9.11,12 cp.
At 15.16-18).
II. POLÍTICA E JUSTIÇA SOCIAL
1. Mau governo. Infelizmente, alguns líderes, como Saul e Jeroboão
I, filho de Nebate, causaram a ruína do povo escolhido (1 Cr 10.13,14; 1 Rs
13.33,34). Amós encontrou um desses maus políticos no Reino do Norte (7.10-14).
Oseias, seu colega de ministério, também denunciou esses males com tenacidade e
veemência (Os 5.1; 7.5-7).
2. A justiça social. É nossa responsabilidade pessoal
lutar por uma sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento
da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mt
22.35-40). Amós foi o único profeta do Reino do Norte a bradar energicamente
contra as injustiças sociais, ao passo que, em Judá, mensagem de igual teor aparece
por intermédio de Isaías, Miqueias e Sofonias,
3. O pecado. A expressão: "Por três transgressões de
Israel e por quatro, não retirarei o castigo" (2.6) refere-se não à
numeração matemática, mas é máxima comum na literatura semítica (veja
fraseologia similar ern Jó 5.19; 33.29; Ec 11.2; Mq 5.5,6). Nesse texto, significa que a medida da
iniquidade está cheia e não há como suspender a ira divina.
III. INJUSTIÇAS SOCIAIS
1. Decadência social (2.6). Amós condena o preconceito e a indiferença dos
mais abastados no trato aos carentes do povo, que veem seus direitos serem
violados (2.7; 4.1; 5.11; 8.4,6). Vender os próprios irmãos pobres por um par
de sandálias é algo chocante. Tal ato, que atenta contra a dignidade humana,
demonstra a situação de desprezo dos poderosos em relação aos menos
favorecidos. Uma vez que as autoridades e os poderosos aceitavam subornos para
torcer a justiça contra os pobres, o profeta denuncia esse pecado mais de uma
vez (8.4-6).
2. Decadência moral. A prostituição cultual era outra prática chocante
de Israel e mostra a decadência moral e espiritual da nação: "Um homem e
seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome"
(2.7 - ARA). O pior é que tal prostituição era financiada com o dinheiro sujo
da
opressão que os maiorais infligiam ao povo (2.7,8).
opressão que os maiorais infligiam ao povo (2.7,8).
3. Decadência religiosa. O profeta denuncia a violação da lei do penhor que
ninguém mais respeitava (Êx 22.26,27; Dt 24.6,17). A acusação não se restringe à
crueldade e à apropriação indébita, mas também a prática do culto pagão, visto que a expressão "qualquer
altar" (2.8) não pode ser no templo de Jeová, e sim no de um ídolo. Amós encerra a denúncia a
essa série de pecados, condenando a idolatria, a cobrança indevida de taxas e a
malversação dos impostos no culto pagão e nos banquetes em honra aos deuses.
IV. A VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. Adoração sem conversão. A despeito de sua baixa condição moral e
espiritual, o povo continuava a oferecer o seu culto a Jeová sem refletir e com
as mãos sujas de injustiças. Comportando-se assim, tanto Israel como Judá, reproduziam
o pensamento pagão, segundo o qual sacrifícios e libações são suficientes para
aplacar a ira dos deuses. Entretanto, Deus declara não ter prazer algum nas
festas religiosas que os israelitas promoviam (5.21; Jr 6.20).
2. O significado dos
sacrifícios. Expressar a
consagração do ofertante a Deus era uma das marcas dos sacrifícios. E Amós
menciona dois: "ofertas de manjares" e "ofertas pacíficas"
(5.22). As ofertas de manjares não eram sacrifícios de animais. Tratava-se de
algo diferente, que incluía flor de farinha, pães asmos e espigas tostadas,
representando a consagração dos frutos dos labores humanos a Deus (Lv 2.14-16).
Já as ofertas pacíficas eram completamente voluntárias e tinham uma marca
distintiva, pois o próprio ofertante podia comer parte do animal sacrificado
(Lv 7.11-21).
3. Os cânticos. Os cânticos faziam parte das assembleias solenes
(5.23). No entanto, eles perdem o valor espiritual quando não há arrependimento
sincero. A verdadeira adoração, porém, não consiste em rituais externos ou em
cerimônias formais. O genuíno sacrifício para Deus é o espírito quebrantado e o
coração contrito (SI 51.17). Há um número muito grande e variado de palavras
hebraicas e gregas para descrever a adoração e o ato de adorar. Contudo, a
ideia principal de todas é de devoção reverente, serviço sagrado e honra a
Deus, tanto de maneira pública como individual. Em suma, Deus exige de seu povo
verdadeira adoração.
CONCLUSÃO
A adoração ao verdadeiro Deus, nas suas várias
formas, requer santidade e coração puro. Trata-se de uma comunhão vertical com
Deus, e horizontal, com o próximo (Mc 12.28-33). Essa mensagem alerta-nos sobre
o dever cristão de não nos esquecermos dos pobres e necessitados e também sobre
a Responsabilidade de combatermos as injustiças, como fizeram
Amós e os demais profetas.