Jerusalém
Início
História
Guerra dos Seis Dias
Etimologia
Períodos Templários
Torre de David
Guerras Romano-Judaícas
Guerras Romano-Persas
Estado Islâmico
Cruzadas Saladino e os Mamelucos
Domínio Otomano
Mandato Britânico e a Guerra de 1948
Divisão e a controversa reunificação
Geográfia
Clima
Demográfia
Política
Econômia
Educação
Transportes
Cultura
Significado Religioso
Esportes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 31° 46' N 35° 13' 60" E
História
Vista de Jerusalém do Monte das Oliveiras.
Brasão
Bandeira
Significado Hebraico: "Cidade da Paz"
Árabe: "A Sagrada"
Governo: Cidade
Distrito: Jerusalém
Coordenadas: 31° 47′ N 35° 13′ E
População: 732 100[1] (2007)
Jurisdição: 125156 dunams (125 156 km²)
Prefeito: Nir Barkat
Website: www.jerusalem.muni.il
- Jerusalém (em hebraico moderno: ירושלים, transl. Yerushaláyim; em
hebraico clássico: ירושלם; em árabe: القدس, transl. al-Quds: em grego
Ιεροσόλυμα, transl. Ierossólyma),
- é a capital declarada (mas
não reconhecida pela comunidade internacional) de Israel e sua maior
cidade[] tanto em população quanto área,[] com 732.100 residentes em uma
área de 125.1 km² ou 49 milhas (incluindo a área disputada de Jerusalém
Oriental).[]
- Localizada nas Montanhas Judéias, entre o mar
mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a Jerusalém moderna tem crescido
aos arredores da cidade antiga.
- A cidade tem uma história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo.
- Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o centro espiritual desde o século X a.C.
- contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.
- Apesar de possuir uma área de apenas 0.9 quilômetros quadrados (0,35 milhas),
- a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre
eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo
Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
- A cidade antigamente murada, um patrimônio mundial, tem sido
tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes
usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram
introduzidos por volta do século XIX.
- a cidade velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela Jordânia em 1982.
- No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes,
sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
- Hoje, o status de Jerusalém continua um dos maiores problemas
no Conflito israelo-palestino. A anexação, por Israel, do leste de
Jerusalém, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, tem sido
repetidamente condenada pelas Nações Unidas e órgãos relacionados, e o
povo palestino vislumbra o leste de Jerusalém como a capital do seu
futuro Estado. Após a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU,
oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras de Jerusalém.
Início
Etimologia:
- Ainda que a origem do nome Yerushalayim seja incerta, várias
interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é
uma combinação das palavras em hebraico "yerusha" (legado) e "Shalom"
(paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que "Shalom"; é um
cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o construtor
do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra seria
Salem (Shalem literalmente "completo" ou "em harmonia"), um nome recente
de Jerusalém[] isto aparece no livro de Gênesis.[] Outros citam as
cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim,
um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a
Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a
personificação do crepúsculo.
- De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a
cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão perguntou ao
rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este
encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh,
o nome que Abraão deu ao Monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem,
significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem
significa "completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim" significa
a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é perfeito". O final -im
indica o plural na gramática hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente
se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. O
pronunciamento da última sílaba como -ayim parece ser uma modificação
posterior, a qual não havia aparecido no tempo da Septuaginta.
- Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou
Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira
referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero
("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é
al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas.
"Tzion" inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a
significar a cidade como um todo. Durante o reinado de David, ficou
conhecida como Yir David (a cidade de David).
Muro de Jebusita, na cidade de Davi.
Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel, dentro da atual Jerusalém, desde a
Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C., com evidências de
assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800
a.C. Os Textos de Execração (c. do século XIX a.C.), que se referem a
uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e as Cartas de Amarna (c.
século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns
arqueólogos, incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém como
cidade foi fundada pelos povos semitas ocidentais com assentamentos
organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade
foi fundada por Shem (Sem, em português, filho de Noé) e Éber (bisneto
de Shem), antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma
cidade Jebusita até o século X a.C., quando David conquistou-a e fez
dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). recentes
escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por
alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica.
Início
Períodos Templários
David reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que
construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão (mais
tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel
central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da
Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônica, em
587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. Este
período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo. Após a
morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para
formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão,
Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
A Torre de David como pode ser visto a partir de Vale Hinnom.
Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém
foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte
do reino. O Primeiro Período Templário acabou cerca de 586 a.C., quando
os babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de
Salomão. Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei
persa Círio o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém
e reconstruírem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi
concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario o Grande, setenta
anos depois da destruição do Primeiro Templo.Jerusalém retomou o seu
papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante
grego Alexandre o Grande conquistou o império persa, Jerusalém e Judéia
caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob
Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judéia para o
Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém
do dominio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta
macabéia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra
Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em 152 a.C., novamente
com Jerusalém como capital.
Início
Guerras Romano-Judaicas
Cerco romano e a destruição de Jerusalém (David Roberts, 1850)Conforme o
Império Romano se tornou mais forte, ele colocou Herodes como um rei
cliente. Herodes o Grande, como ele era conhecido, dedicou-se a
desenvolver e embelezar a cidade. Ele construiu muralhas, torres e
palácios, e expandiu o Templo do Monte, reforçou o pátio com blocos de
pedra pesando até cem toneladas. Sob Herodes, a área do Templo do Monte
dobrou de tamanho. Em 6 d.C., a cidade, assim como grande parte da
região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos como na Judéia,
Herodes e seus descendentes até Agripa II permaneceram reis-clientes da
Judéia até 96 d.C. O domínio romano sobre Jerusalém e região começou a
ser contestada a partir da primeira guerra judaico-romana, a Grande
revolta judaica, que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 d.C.
Em 130 d.C. Adriano romanizou a cidade, e ela foi renomeada para Aelia
Capitolina. Jerusalém, mais uma vez serviu como a capital da Judéia
durante o período de três anos da revolta conhecida como a Revolta de
Bar Kokhba. Os romanos conseguiram recapturar a cidade em 135 d.C. e
como uma medida punitiva Adriano proibiu os judeus de entrarem nela.
Adriano rebatizou toda a Judéia de Síria Palaestina numa tentativa de
des-judaizar o país. A proibição sobre os judeus entraram em Aelia
Capitolina continuou até o século IV d.C.
Nos cinco séculos seguintes à revolta de Bar Kokhba, a cidade permaneceu
sob domínio romano, até cair sob domínio bizantino. Durante o século
IV, o Imperador romano Constantino I construiu partes católicas em
Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o pico em
tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se
estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil
pessoas. A partir de Constantino até o século VII, os judeus foram
proibidos em Jerusalém.
Início
Guerras romano-persas
No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos entre persas e
romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez. Depois, do avanço do
comandante sassânida Cosroes II no início do século VII sobre os
domínios bizantinos, avançando através da Síria, os generais sassânidas
Shahrbaraz e Shahin atacaram a cidade de Jerusalém (persa: Dej Houdkh),
então controlada pelos bizantinos.
No Cerco de Jerusalém em 614, após passarem incansáveis 21 dias em
estratégia de cerco, Jerusalém foi capturada dos persas e isso resultou
na anexação territorial de Jerusalém. Depois que o exército Sassânida
entrou em Jerusalém, a sagrada "Vera Cruz" foi roubada e enviada de
volta para a capital sassânida como uma relíquia sagrada da guerra. A
cidade conquistada e a Santa Cruz, permaneceriam nas mãos dos Sassânidas
por mais quinze anos, até o Imperador Bizantino Heráclio recuperá-la em
629.
Início
Estado Islâmico
Cúpula da Rocha visto através do Portão do Algodão.
Em 638, o Califado islâmico alargou a sua soberania para Jerusalém.
Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira cidade mais sagrada do
Islã após Meca e Medina, e referido como al Bait al-Muquddas. Mais
tarde, ele era conhecido como al-Qods al-Sharif. Com a conquista árabe,
os judeus foram autorizados a regressar à cidade. O califa Rashidun Omar
ibn al-Khattab assinou um tratado com o patriarca cristão monofisista
Sofrônio, assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e
a população cristã seriam protegidos ao abrigo do estado muçulmano.
Omar foi conduzido à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no qual ele
claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De
acordo com o bispo gaulês Arculf, que viveu em Jerusalém a partir de 679
a 688, a Mesquita de Omar era uma estrutura retangular de madeira
construído sobre ruínas que poderia acomodar 3000 seguidores. O califa
Omíada Abd-el-Melek encomendou a construção da Cúpula da Rocha no final
século VII. O historiador do século X, El Muqadasi, escreveu que
Abd-el-Melek construiu o santuário, a fim de competir na grandeza das
monumentais igrejas de Jerusalém. Durante as quatro próximas centenas de
anos, a proeminência de Jerusalém foi diminuída pelos poderes árabes na
região que brigavam pelo controle da cidade.
Início
Cruzadas, Saladino e os Mamelucos
Ilustração medieval da captura de Jerusalém durante a Primeira Cruzada,
1099.Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos Cruzados, que massacraram a
maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos habitantes
judeus. A maioria dos cristãos foram expulsos e a maioria dos habitantes
judeus já tinha fugido, no início de junho de 1099, a população de
Jerusalém tinha diminuído de 70.000 para menos de 30.000. Os
sobreviventes judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados
na comunidade judaica do Egito. Tribos árabes cristãs estabeleceram-se
na destruída Cidade Velha de Jerusalém. Em 1187, a cidade foi arrancada
da mão dos Cruzados por Saladino permitindo que os judeus e os
muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244, Jerusalém foi
saqueada pelos Tártaros Kharezmian, que dizimaram a população cristã da
cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em
Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos, que
impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os
lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião.
Início
Domínio Otomano
Em 1517, Jerusalém e região caiu sob domínio Turco Otomano, que
permaneceu no controle até 1917. Como em grande parte do domínio
Otomano, Jerusalém permaneceu um provincial e importante centro
religioso, e não participava da principal rota comercial entre Damasco e
Cairo. No entanto, os turcos muçulmanos trouxeram muitas inovações:
sistemas modernos de correio usado por vários consulados, o uso da roda
para modos de transporte; diligências e carruagens, o carrinho de mão e a
carroça, e a lanterna a óleo, entre os primeiros sinais de modernização
da cidade. Em meados do século XIX, os otomanos construída a primeira
estrada pavimentada de Jaffa a Jerusalém, e em 1892 a ferrovia havia
atingido a cidade.
Com a ocupação de Jerusalém por Muhammad Ali do Egito em 1831, missões e
consulados estrangeiros começaram a se estabelecer na cidade. Em 1836,
Ibrahim Pasha permitiu aos judeus reconstruírem as quatro grandes
sinagogas, entre eles a Hurva.
O controle turco foi reinstalado em 1840, mas muitos egípcios muçulmanos
permaneceram em Jerusalém. Judeus de Argel e da África do Norte
começaram a instalar-se na cidade, em um número cada vez maior. Ao mesmo
tempo, os otomanos construíram curtumes e matadouros perto dos lugares
sagrados judeus e cristãos "para que um mau cheiro, sempre pesteie os
infiéis". Nas décadas de 1840 e 1850, os poderes internacionais
iniciaram um "cabo-de-guerra" na Palestina, uma vez que tentaram ampliar
sua proteção ao longo do país para as minorias religiosas, uma luta
realizada principalmente através de representantes consulares em
Jerusalém. De acordo com o cônsul prussiano, a população em 1845 era de
16.410, 7120 judeus, 5.000 muçulmanos, 3390 cristãos, 800 soldados
turcos e 100 europeus. O volume de peregrinos cristãos aumentou sob o
domínio dos otomanos, dobrando a população da cidade em torno da época
da Páscoa.
Na década de 1860, novos bairros começaram a surgir fora dos muros da
Cidade Velha para aliviar a intensa superlotação e o pobre saneamento na
cidade intramuros. O Composto Russo e Mishkenot Sha'ananim foram
fundados em 1860.
Início
Mandato Britânico e a Guerra de 1948
General Edmund Allenby entra no Portão de Jafa na Cidade velha de
Jerusalém em 11 de dezembro de 1917.Em 1917 após a Batalha de Jerusalém,
o exército britânico, liderado por General Edmund Allenby, capturou a
cidade. E, em 1922, a Liga das Nações sob a Conferência de Lausanne
confiou ao Reino Unido a administração da Palestina.
De 1922 a 1948 a população total da cidade passou de 52.000 para
165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e
cristãos). A situação entre árabes e judeus na Palestina não foi calma.
Em Jerusalém, em especial nos motins ocorridos em 1920 e em 1929. Sob o
domínio britânico, novos subúrbios foram construídos no oeste e na parte
norte da cidade e instituições de ensino superior, como a Universidade
Hebraica, foram fundadas.
A medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de
Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime
internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como
uma corpus separatum no âmbito da administração das Nações Unidas". O
regime internacional deveria continuar em vigor por um período de dez
anos, e seria realizado um referendo na qual os moradores de Jerusalém
iriam votar para decidir o futuro regime da cidade. No entanto, este
plano não foi implementado, porque a guerra de 1948 eclodiu enquanto os
britânicos retiravam-se da Palestina e Israel declarou sua
independência.
A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade.
Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e
algumas centenas tomados como prisioneiros quando a Legião Árabe
capturou o bairro em 28 de maio. Moradores de vários bairros e aldeias
árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas
alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir
Yassin.
Início
Divisão e a controversa reunificação
Policiais israelenses encontram um legionário jordaniano perto do Portão
de Mandelbaum.A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e
Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de
cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte
Scopus como um exclave israelense. Arame farpado e barreiras de concreto
separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares
freqüentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de
Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou
formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana,
em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.
A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha.
Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos
locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas
permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos. Durante
este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram
grandes renovações.
Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental
e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados
judeus foi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu
sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era
localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído
para abrir caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a
guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um
"anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.
No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas
internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que
declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho
de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei
"uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os
Estados-membros retirarassem suas embaixadas da cidade.
O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a
ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos
judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras
confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte
oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os
judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos
encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e
as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.
Início
Geografia
Floresta de Jerusalém vista do Yad Vashem.
Jerusalém está situada no sul de um planalto no Judéia, que inclui o
Monte das Oliveiras (Leste) e o Monte Scopus (Nordeste). A elevação da
Cidade Velha é de aproximadamente 760 metros. A grande Jerusalém é
cercada por vales e leitos de rio secos (wadis). Os vales do Cédron,
Hinom, e Tyropoeon se unem em uma área ao sul da cidade antiga de
Jerusalém. O Vale do Cédron segue para o leste da Cidade Velha e divide o
Monte das Oliveiras a partir da cidade propriamente dita. Ao longo do
lado sul da antiga Jerusalém está o Vale de Hinom, uma ravina íngreme
associada com a escatologia bíblica com o conceito de inferno ou Geena. O
Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de
Damasco, dirige-se ao sudoeste através do centro da Cidade Velha para
baixo do Reservatório de Siloé, e a parte inferior é dividida em duas
colinas, o Monte do Templo no leste, e o resto da cidade no oeste (as
partes alta e baixa da cidade descrita por Josefo). Hoje, este vale está
escondido por destroços que se acumularam ao longo dos séculos.
Nos tempos bíblicos, Jerusalém foi cercada por florestas de amêndoa,
azeitona e pinheiros. Ao longo de séculos de guerras e de negligência,
estas florestas foram destruídas. Os agricultores da região de
Jerusalém, então, construíram terraços de pedra ao longo das encostas
para reter o solo, um recurso ainda muito em evidência na paisagem de
Jerusalém.
O abastecimento de água sempre foi um grande problema em Jerusalém,
atestada pela intrincada rede de antigos aquedutos, túneis,
reservatórios e cisternas encontrados na cidade.
Jerusalém encontra-se na região central do país, a 60 km. ao leste de
Tel Aviv e do Mar Mediterrâneo. No lado oposto da cidade, cerca de 35
km. de distância, está o Mar Morto, o corpo de água mais baixo da Terra.
Cidades e vilas vizinhas incluem Belém e Beit Jala para o sul, Abu Dis e
Maale Adumim para o leste, Mevasseret Tzion para o oeste, e Ramallah e
Givat Zeev para o norte.
Início
Clima
O jardim botânico da Universidade Hebraica de Jerusalém coberto de neve.
A cidade é caracterizada por uma clima mediterrânico, com verões quentes
e secos, e invernos amenos e chuvosos. Uma fina neve cai normalmente
uma ou duas vezes ao inverno, embora a cidade experimente forte neve a
cada sete anos em média. Janeiro é o mês mais frio do ano, com uma
temperatura média de 8 °C, julho e agosto são os meses mais quentes, com
temperaturas médias de 23 °C. As temperaturas variam muito do dia para a
noite, e as noites de Jerusalém são tipicamente amenas mesmo no verão. A
precipitação média anual é de aproximadamente 590 milímetros com o
período das chuvas ocorrendo principalmente entre outubro e maio.
A maior parte da poluição do ar em Jerusalém vem do tráfego de veículos.
Muitas das principais ruas de Jerusalém não foram construídas para
acolher um volume tão grande de veículos, levando a congestionamentos
freqüentes e grande quantidade de monóxido de carbono liberado na
atmosfera. A poluição industrial dentro da cidade é baixa, mas as
emissões provenientes de fábricas na costa mediterrânica podem se
deslocar devido aos ventos e pairar sobre a cidade.
Início
Demografia
Pop. de Jerusalém Ano Total
1525 4 700
1538 7 900
1553 12 384
1562 12 650
1800 8 750
1844 15 510
1876 25 030
1896 45 420
1922 62 578
1931 90 053
1944 157 000
1948 165 000
1967 263 307
1980 407 100
1985 457 700
1990 524 400
1995 617 000
2000 657 500
2005 706 400
Demografia de Jerusalém
Em maio de 2007, Jerusalém tinha uma população de 732 100 - 64% eram
judeus, 32% muçulmanos, e 2% cristãos. No final de 2005, a densidade
populacional era de 5.750,4 habitantes por quilômetro quadrado. De
acordo com um estudo publicado em 2000, a porcentagem de judeus na
cidade tem decrescido; isso foi atribuído a uma maior taxa de natalidade
dos palestinos, e a moradores judeus que deixaram a cidade. O estudo
também constatou que cerca de nove por cento dos 32 488 habitantes da
Cidade Velha eram judeus.
Em 2005, 2850 imigrantes se estabeleceam em Jerusalém, grande parte
vindos do Estados Unidos, França, e da ex-União Soviética. Em termos da
população local, o número de residentes que deixa a cidade é maior do
que o número dos que chegam. Em 2005, 16 000 foram embora de Jerusalém e
apenas 10 000 se mudaram para a cidade. No entanto, a população de
Jerusalém continua a aumentar devido à elevada taxa de natalidade,
especialmente na população árabe e nas comunidades judaicas Haredi.
Consequentemente, a taxa total de fecundidade em Jerusalém (4.02) é
superior da de Tel Aviv (1,98) e bem acima da média nacional de 2,90. O
tamanho médio das 180 000 famílias de Jerusalém é de 3,8 pessoas.
Em 2005, a população total aumentou cerca de 13 000 (1,8%) - semelhante à
média nacional israelense, mas a composição étnica e religiosa está
mudando. Enquanto 31% da população judaica é constituída por crianças
abaixo dos quinze anos, o índice para a população árabe é de 42%. Isto
parece reforçar as observações de que a porcentagem de judeus em
Jerusalém tem diminuído ao longo das últimas quatro décadas. Em 1967, os
judeus representavam 74 por cento da população, enquanto que o índice
em 2006 era nove por cento menor. Os possíveis fatores são o elevado
custo da habitação, menos oportunidades de emprego e o crescente caráter
religioso da cidade. Muitas pessoas estão indo para os subúrbios e
cidades costeiras, em busca de habitação mais barata e um estilo de vida
secular.
A demografia e a divisão da população árabe e judaica desempenham um
papel importante na disputa em Jerusalém. Em 1998, o Departamento de
Desenvolvimento de Jerusalém propôs expandir os limites da cidade para o
oeste a fim de incluir mais áreas povoadas por judeus.
Início
Política
Atualmente Jerusalém é um município em Israel e também a sua capital e a
sede do governo, embora não seja reconhecida como tal pela ONU e pela
UE.
A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31 membros
eleitos cada quatro anos. Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito) é
eleito por sufrágio direto cumprindo um mandato de 5 anos e apontando 6
deputados. O prefeito atual de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi eleito
em 2003. O Ministério para os Assuntos Religiosos israelita tem
responsabilidade pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade
religiosa deva zelar pela preservação dos seus edifícios.
Órgão à parte de prefeito e deputados, os membros do conselho da cidade
não recebem salários, trabalhando de forma voluntária. O prefeito que
mais tempo serviu Jerusalém foi Teddy Kollek, que passou 28 anos, seis
mandatos consecutivos, no posto. A maioria dos encontros do Conselho de
Jerusalém são privados, mas a cada mês, mantém uma sessão aberta ao
público. Dentro do Conselho da cidade, grupos políticos religiosos
formam uma facção especialmente poderosa, possuindo a maioria dos
assentos. A base do Município de Jerusalém e do gabinete do prefeito
fica na Praça Safra (Kikar Safra), na Rua Jafa. O novo complexo
municipal, compreendendo dois prédios modernos e dez prédios históricos
recuperados entorno de uma grande praça, foi aberto em 1993. A cidade
termina no Distrito de Jerusalém, com Jerusalém como a capital do
distrito.
Status político
O prédio Knesset em Jerusalém, sede do legislativo do governo de
Israel.Em 5 de dezembro de 1949, o primeiro ministro do Estado de
Israel, David Ben-Gurion, proclamou Jerusalém como a capital de Israel e
desde então todos os órgãos do governo de Israel — legislativo,
judicial, e executivo — tem residido lá. Na época da proclamação,
Jerusalém foi dividida entre Israel e o Jordão e assim, somente o oeste
de Jerusalém foi considerado capital de Israel. Imediatamente depois de
uma guerra de seis dias em 1967, entretanto, Israel anexou o Leste de
Jerusalém, a tornando de facto parte da capital Israelense. Israel
conservou o status da "completa e unificada" Jerusalém — oeste e leste —
como sua capital, em 1980 Lei básica: Jerusalém, Capital de Israel.
O status de uma "Jerusalem unificada" como "eterna capital" de Israel
tem sido um problema de imensa controvérsia dentro da comunidade
internacional. Entretanto, alguns países mantém consulados em Jerusalem,
e duas embaixadas nos subúrbios de Jerusalém, todas as embaixadas estão
localizadas fora da propriedade da cidade, a maioria em Tel Aviv.
A Suprema Corte de Israel.
A Casa do Oriente.A Resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações
Unidas não-vinculativa, tramitada em 20 de agosto de 1980, declarou a
Lei Fundamental "nula e de nenhum efeito e deve ser resolvida
imediatamente". "Os Estados-Membros foram aconselhados a retirar suas
representações diplomáticas da cidade como uma medida punitiva. A
maioria dos países cumpriu a resolução, deslocando suas representações
para Tel Aviv. Mas muitas embaixadas já estavam instaladas antes mesmo
da Resolução 478. Atualmente não existem embaixadas dentro dos limites
da cidade de Jerusalém, embora haja algumas em Mevasseret Tzion, na
periferia de Jerusalém, e quatro consulados na cidade propriamente dita.
Em 1995, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a mudança da embaixada
americana de Tel Aviv para Jerusalém, através da Lei da embaixada de
Jerusalém. Entretanto, o Presidente George W. Bush alegou que, segundo a
Constituição as relações exteriores são da alçada do poder executivo.
Assim, a embaixada dos Estados Unidos ainda continua em Tel Aviv.
Cidades-irmãs
Nova Iorque, EUA (1993)
Início
Economia
Hadar Mall, Talpiot.Históricamente, a economia de Jerusalém foi
sustentada quase que exclusivamente por pelegrinos religiosos, e era
localizada longe dos maiores portões de Jaffa e Gaza. Os marcos
religiosos de Jerusalem hoje permanecem a principal razão de visitantes
estrangeiros, com a maioria dos turistas visitando o Muro das
Lamentações e a Cidade Antiga, mas no meio do século se tornou muito
claro que a providência de Jerusalem não pode ser somente sustentada por
sua significância religiosa.
Ainda que muitas estatísticas indiquem crescimento econômico na cidade,
desde 1967 a Jerusalém Oriental tem ficado atrasada em relação ao
desenvolvimento da Jerusalém ocidental. Todavia, a porcentagem de
famílias com pessoas empregadas é maior para famílias árabes (76.1%) que
para famílias judaicas (66.8%). A taxa de desemprego em Jerusalém
(8.3%) é um pouco melhor que a média nacional (9.0%), ainda que a força
de trabalho civil seja estimada para menos da metade de todas as pessoas
de 15 anos em diante — fica abaixo em comparação à de Tel Aviv (58.0%) e
Haifa (52.4%). A pobreza da cidade tem crescido bastante nos últimos
anos; entre 2001 e 2007, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza
cresceu 40%. Em 2006, a renda per capita mensal de um trabalhador em
Jerusalém foi de 5 940 Novos Sheqel (NIS) (US$1410), NIS 1 350 menor que
a recebida por um trabalhador em Tel Aviv.
Desde o estabelecimento do Estado de Israel, o governo nacional tem
permanecido o maior investidor na economia de Jerusalém. O governo,
centrado em Jerusalém, gera um largo número de empregos, e oferece
subsídios e incentivos para novas iniciativas em negócios e empresas
iniciantes.
Início
- Infra-estrutura
Transportes
Estação Central de Autocarros de Jerusalém.O aeroporto mais próximo de
Jerusalém é o Aeroporto Internacional de Jerusalém ou Aeroporto Atarot,
que foi usado para voos domésticos até ao seu fechamento em 2001. Desde
então tem estado sob o controle das Forças Armadas Israelenses devido a
distúrbios em Ramallah e a Cisjordânia. Todo o tráfego aéreo a partir de
Atarot foi desviado para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o maior e
mais movimentado aeroporto israelense, que serve cerca de nove milhões
de passageiros anualmente.
A Egged, a segunda maior empresa de autocarros do mundo, lida com a
maioria do serviço de autocarro local e intercidades que sai da Estação
Central de Autocarros na Estrada de Jaffa perto da entrada ocidental de
Jerusalém a partir da autoestrada número 1. Em 2008, autocarros da
Egged, táxis e carros privados são as únicas opções de transporte em
Jerusalém. Contudo, isto irá mudar com a construção do Light rail de
Jerusalém, um sistema ferroviário que está em construção. O sistema
ferroviário será capaz de transportar cerca de 200 000 pessoas
diariamente. Terá 24 paragens, e a sua conclusão está planejada para
janeiro de 2009.
Via rápida Begin.Outra obra em andamento é uma nova linha para comboio
de alta velocidade de Tel Aviv para Jerusalém, que está planeada para
2011. O seu terminal será uma estação subterrânea (80m de profundidade)
que servirá o Centro Nacional de Congressos e a Estação Central de
Autocarros e está planejado que seja eventualmente expandida até à
estação de Malha. A Israel Railways opera serviços de comboio para
estação de comboios de Malha a partir de Tel Aviv via Beit Shemesh.
A Via Rápida Begin é uma das maiores vias transversais norte-sul de
Jerusalém; vai desde o lado ocidente da cidade, fundindo no norte com a
Via 443, que continua em direção de Tel Aviv. A Via 60 atravessa o
centro da cidade perto da Linha Verde entre Jerusalém Este e Oeste. A
construção está a progredir em partes de uma via circular de 35
quilómetros à volta da cidade, providenciando ligações mais rápidas
entre os subúrbios. A metade oriental do projecto foi conceptualizado há
décadas, mas reação à autoestrada proposta é ainda mista.
Início
Educação
O campus da Universidade Hebraica de Jerusalém no Monte Scopus.Jerusalém
abriga diversas universidades prestigiadas, com cursos oferecidos em
hebraico, árabe, e inglês. Fundada em 1925, a Universidade Hebraica de
Jerusalém é uma das mais respeitadas instituições de ensino superior em
Israel. A Comissão de Diretores já incluiu figuras judaicas proeminentes
no campo intelectual, tais como Albert Einstein e Sigmund Freud. A
universidade também produziu vários laureados do Prêmio Nobel; dentre
recentes ganhadores do prêmio associados com Universidade Hebraica
incluem Avram Hershko, David Gross e Daniel Kahneman. Um dos maiores
bens da universidade é a Biblioteca Nacional de Israel, que abriga mais
de cinco milhões de livros. A biblioteca foi inaugurada em 1892, mais de
três décadas antes da fundação da universidade, e é um dos maiores
repositórios do mundo sobre temas judeus. Atualmente, a biblioteca é ao
mesmo tempo a biblioteca central da universidade e biblioteca nacional. A
Universidade Hebraica é constituída de três campi em Jerusalém, no
Monte Scopus, em Givat Ram e um campus médico no Hospital Hadassah Ein
Karem.
Início
Cultura
O Santuário do Livro possui os pergaminhos do Mar Morto, no Museu de
Israel.
Museu Torre de David.Apesar de Jerusalém ser conhecida primeiramente
pela sua significância religiosa, a cidade também é sede de muitos
eventos artísticos e culturais. O Museu de Israel atrai perto de um
milhão de visitantes por ano, aproximadamente um terço deles são
turistas. Os 20 acres do complexo de museus compreende vários prédios
possuindo exibições especiais e coleções extensivas achados judaicos,
arqueológicos e arte israelita e européia. Os pergaminhos do Mar Morto,
descoberto no meio do século XX nas cavernas de Qumran perto do Mar
Morto, estão hospedadas no Santuário do Livro. A Ala Nova, cuja
construção mudou as exibições e funciona um extensivo programa de
educação em arte, é visitado por 100.000 crianças por ano. O museu tem
uma larga escultura no jardim de fora, e um modelo no tamanho escala do
segundo templo foi recentemente movido do hotel Holyland para uma nova
localização no território do museu. O Museu Rockefeller, localizado no
leste de Jerusalém, foi o primeiro museu arqueológico no meio oeste. Foi
construído em 1938 durante o mandato britânico. O Museu Islâmico no
Monte do Templo, estabelecido em 1923, guarda muitos artefatos
islâmicos, do menor kohl cantil e manuscritos raros a colunas gigantes
de mármore.
Teatro de Jerusalém.Yad Vashem, o memorial nacional de Israel para as
vítimas do Holocausto, guarda a maior biblioteca do mundo de informações
relacionadas ao holocausto, com estimados 100.000 livros e artigos. O
complexo contém um museu de arte que explora o genocídio dos judeus
através de exibições que focam em estórias pessoais de indivíduos e
famílias mortas no holocausto e uma galeria de arte apresentando o
trabalho de artistas que pereceram. Yad Vashem também relembra as 1.5
milhões de crianças judéias assassinadas pelos nazistas, e honra os
justos entre as nações. O museu na junção, que explora erros de
coexistência através da arte é situado na estrada divisória oriental e
ocidental de Jerusalém.
O Centro Internacional de Convenções.A Orquestra sinfônica de Jerusalém,
estabelecida nos anos 40, se apresentou pelo mundo. Outros
estabelecimentos de arte incluem o Centro Internacional de Convenções
(Binyanei HaUmá, Prédios da Nação, em hebraico) perto da entrada da
cidade, onde a Orquestra Filarmônica de Israel se apresenta, a
Cinemateca de Jerusalém, o Centro Gerard Behar (formalmente Beit Ha'am)
na parte baixa de Jerusalém, o Centro de Música de Jerusalém no Yemin
Moshe, e o Centro Musical de Targ no Ein Kerem. O Festival de Israel,
com performances externas ou internas por cantores locais e
internacionais, concertos, peças e teatro de rua, tem sido mantido
anualmente desde 1961; durante os últimos 25 anos, Jerusalem tem sido o
maior organizador deste evento. O Teatro de Jerusalém na vizinhança de
Talbiya é sede de 150 concertos ao ano, como também de companhias de
teatro e dança e artistas performáticos de além mares. O Khan,
localizado em um caravançarai oposto à estação de trêns da antiga
Jerusalém, é o único teatro de repertório. A própria estação se tornou
um local para eventos culturais no anos recentes, como também o lugar de
Shav'ua Hasefer, um local de exposição literária anual e de
performances musicais externas. O Festival de Cinema de Jerusalem é
mantido anualmente, apresentando filmes israelitas e internacionais.
O Teatro Nacional Palestino, por muitos anos o único centro cultural
árabe no leste de Jerusalém, procura novas idéias e abordagens
inovadoras para a auto-expressão palestina. A Casa Ticho, no centro de
Jerusalém, possui pinturas de Anna Ticho e coleções judaicas de seu
marido, um oftalmologista que abriu a primeira clínica de olhos da
cidade neste prédio em 1912. Al-Hoash, estabelecida em 2004, é uma
galeria de preservação da arte palestina.
Início
- Significado religioso
O Muro das Lamentações.
O Mosteiro da cruz após queda de neve.Jerusalém tem um papel importante
no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual de estatística de
Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da
cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa,
alguns locais, como a Esplanada das Mesquitas, tem sido continuamente
fonte de atritos e controvérsias.
Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei Davi a proclamou como
sua capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de
Salomão e do Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje,
o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o
Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas
para o Santo dos santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor
do mundo são tradicionalmente construídas com o seu arco sagrado voltado
para Jerusalém, e arcos dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos
santos. Como prescrito no Mixná e codificado no Shulkhan Arukh, orações
diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo.
Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede
de suas casas para indicar a direção da oração.
Igreja do Santo Sepulcro.O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas
pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na
vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para
Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando limpou o
Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia
de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba
de David. Outro lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o
local da crucificação. O Evangelho de João o descreve como sendo
localizado fora de Jerusalem, mas evidências arqueológicas recentes
sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro da Cidade
Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra
correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos
principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de
peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.
A mesquita de al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islão.Jerusalém é
considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um
ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla
(direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da
cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de
Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi
miraculosamente trasportado em uma noite de Mecca para o Monte do Templo
em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas
anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o
destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais
distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte
do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A
Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula
da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos
acreditam que Maomé ascendeu ao céu.
Início
Esportes
Estádio Teddy Kollek.Os dois esportes mais populares em Jerusalém, e em
Israel como um todo, são o futebol e o basquetebol. Beitar Jerusalem
Football Club é um dos mais populares times em Israel. Dentre os seus
fãs encontram-se vários antigas e atuais figuras políticas que mantém o
compromisso de estarem presentes em seus jogos. Outro grande time de
futebol, e um dos maiores rivais do Beitar, é o Hapoel Katamon F.C. ,
enquanto que o Beitar foi campeão da Copa de Israel por cinco vezes, e
Hapoel só ganhou a copa uma vez. Ademais Beitar joga na mais prestigiada
Ligat ha'Al, enquanto Hapoel se encontra na terceira divisão da liga
nacional.
No basquete, Hapoel Jerusalem está em alta posição na primeira divisão,
embora ainda não tenha ganho nenhum campeonato, o clube ganhou a copa
nacional quatro vezes, e a Copa ULEB em 2004. Desde sua abertura, o
Estádio Teddy Kollek é o principal estádio de Jerusalém para sediar
jogos de futebol, com capacidade para 21 mil pessoas.
foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes -
Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita,
Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de
1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. Antecipando um
ataque iminente do Egito e da Jordânia, a Força Aérea Israelense
surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador
à força aérea egípcia.
O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe
Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 10min da
manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelenses atacaram nove
aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta
saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com
bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo
tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza e o
norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio
no conflito.
No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de
Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs uma derrota devastadora aos
adversários, controlando também a Cisjordânia, o sector oriental de
Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria.
Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na
Jordânia e no Egipto. Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações
com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e
aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto
do Canal de Suez.
Situação geoestratégica anterior ao conflito (1956 – 1967)
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas
havia aumentado perigosamente. Contribuíram para isso vários factores,
entre os quais:
1. A instalação de governos nacionalistas em países árabes (Síria e
Iraque), em substituição dos regimes pró-ocidentais neles existentes até
então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma acção militar
contra Israel e pressionavam o governo egípcio - o mais forte e
populoso do mundo árabe - a se encaminhar nessa direcção.
2. A formação de movimentos de resistência palestinianos, que passaram a
reagir cada vez mais à ocupação de Israel. A contínua repetição de
episódios de confronto, principalmente ao longo da fronteira de Israel
com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de
posição mais firme por parte do Egipto levaram este último a formalizar
pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque.
Egito e Síria estabelecem, em 1966, um Pacto de Defesa - uma aliança
militar que os compromete reciprocamente em caso de guerra que implique
um dos dois países.
Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis
Dias. O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril
de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia
árabe e bases de resistência nas Colinas de Golã. Durante a operação
seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças de Israel, que voavam
baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as
tensões entre árabes e israelitas.
A União Soviética passou, através dos seus serviços secretos,
informações ao governo sírio. Essa suposta troca de informações alertava
para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam
provas absolutas dessa colaboração russa, uma coisa é certa: as
informações estavam corretas e ajudaram a empurrar tanto a Síria quanto o
Egipto para a guerra.
Contudo, o General e Presidente do Egipto, Gamal Abdel Nasser não foi
perspicaz sobre uma guerra com Israel e tomou decisões que levavam a uma
guerra fechada - um bloqueio para prevenir um provável ataque
israelita.
Em Maio de 1967, exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das
fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo Nasser ordenou um bloqueio no
Golfo de Aqaba. Enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos
Capacetes Azuis da ONU para partirem.
Em resposta a esta ação e ao apoio soviético, o exército israelita foi
mobilizado. Egito, Síria e Jordânia declararam estado de emergência. Em
22 de Maio Nasser fechou o estreito de Tiran aos barcos de Israel,
isolando a cidade portuária de Eilat. Esta mesma acção, somada a
interesses franceses e israelitas, fora a causa da Guerra do Canal do
Suez, em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egipto, Arábia
Saudita e Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de
Maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de
Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital
para a abertura das hostilidades. Jornais e rádios passavam
constantemente propaganda contra Israel.
Em 4 de Junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram
muito mais numerosas do que as suas e seu plano de invasão parecia
condenado ao fracasso, até a Mossad pensar numa solução. A guerra era
iminente.
Os seis dias
Diante da ação árabe iminente, antes da invasão começar, o governo e os
líderes militares de Israel implementaram uma estratégia para furar o
bloqueio militar legal imposto pelos árabes. Logo depois das 8:45 do dia
5 de Junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este
ataque aéreo, com o nome de código 'Moked', foi desenhado para destruir a
Força Aérea do Egipto enquanto esta estava no solo. Em três horas, a
maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelitas
operavam continuamente apenas voltando para se reabastecer de
combustível e armamento em apenas sete minutos. Neste primeiro dia, os
árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 20. Esses ataques
aéreos deram a Israel a hipótese de destroçar de forma desigual as
forças de defesa árabes.
De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a
Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.
A guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de
Israel, Levy Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia:
"Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos
ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein,
encorajando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egipto tinha saído
vitorioso no combate da manhã - um engano de Nasser que provocou uma
derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel
tomasse Amã.
No mesmo dia, às 11:00, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de
Jerusalém, com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as
forças israelianas em terra estavam livres para invadir o Egipto e a
Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram
sérios contratempos, o que permitiu que os israelitas tomassem grande
parte da cidade dos jordanos em apenas 24 horas.
No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanas foram
empurradas para a Cisjordânia, atravessando o rio Jordão. Israel tinha
anexada toda a Cisjordânia e Jerusalém, invadindo e tomando a cidade.
A ONU consegue um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que
entra em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente de
tropas e tanques de Israel foi dirigido contra as forças do Egipto no
Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel atacaram
com três divisões de tanques, páraquedistas e infantaria. Conscientes
de que a guerra somente poderia durar poucos dias e que era essencial
uma vitória rápida, os israelitas concentraram todo o seu poder através
das linhas egípcias no Deserto do Sinai.
Em 8 de Junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e,
sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o
Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua
artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a
força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam
recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os
israelitas controlavam toda a Península do Sinai e de seguida o Egipto
aceitou um cessar-fogo com Israel.
Às primeiras horas do mesmo dia 8 de Junho, Israel bombardeou
acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da
costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas
árabes. 34 americanos morreram.
Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nas
Colinas de Golã, no dia 9 de Junho. Foi uma ofensiva difícil devido às
bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia
uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria
atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas.
Às 18:30 do dia 10 de Junho, a Síria retirou-se e foi assinado o
armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns
resultados se estenderam por anos posteriores.
Consequências da guerra
A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes,
que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da
Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas,
enquanto do lado de Israel houve 766.
No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser
do Egipto resignou humilhado enquanto os outros líderes árabes perderam
popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados
Árabes em relação a Israel. Em Agosto de 1967, líderes árabes
reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o
mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de
Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.
Quanto a Israel, teve ganhos consideráveis como decorrência da guerra.
As suas fronteiras eram agora maiores e incluíam as Colinas de Golã, a
Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai. O controle de
Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do
valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até a quase
2000 anos, quando os romanos expulsaram os judeus. Depois, com o passar
dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes
Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas
após a Guerra, voltaria totalmente ao controle de um estado judeu.
Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas.
Como resultado, aumentou o número de refugiados na Jordânia e no Eua. O
conflito criou 350 000 refugiados, que foram rejeitados pelos estados
árabes vizinhos.
Resolução 242 das Nações Unidas
Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a Resolução 242, que
ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do
problema dos refugiados. Israel não cumpriu a resolução para se retirar
dos territórios ocupados, e só negocia se os estados árabes reconhecerem
o estado de Israel. Os líderes árabes em Cartum afirmam que a Resolução
242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais.
Início
do Site:
http://www.miltonrossani.com.br/jerusalem.htm