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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Vaticano confirma veto à comunhão de divorciados que casaram de novo

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Comunhão só pode ocorrer se casal receber anulação do casamento.
Questão dos divorciados casados é de crescente importância na Igreja.

  O Vaticano confirmou nesta terça-feira (22) que os católicos que voltaram a se casar após o divórcio são proibidos de receber a comunhão, frustrando as esperanças de que a determinação poderia mudar em breve.

O arcebispo Gerhard Mueller, chefe do escritório doutrinal da Santa Sé, disse em um longo artigo no jornal do Vaticano que esses casais só poderiam receber a comunhão se tivessem uma anulação da Igreja.

  Mas ele afirmou que "mesmo não havendo possibilidade de admitir divorciados casados aos sacramentos", os sacerdotes devem mostrar especial preocupação pastoral com as pessoas em circunstâncias difíceis.
A questão dos divorciados casados é um assunto importante nas Igrejas Católicas em vários países desenvolvidos, especialmente na Alemanha, onde os bispos dizem que é um problema crescente.

Mais cedo neste mês, o Vaticano bloqueou uma decisão de uma diocese alemã que permitia que alguns católicos divorciados e casados novamente recebessem a comunhão. O Vaticano afirmou que dioceses locais não podem promulgar reformas por conta própria.


A Igreja ensina que o casamento é indissolúvel e não reconhece o divórcio, apenas uma anulação sancionada pela Igreja.


http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/10/vaticano-confirma-veto-comunhao-de-divorciados-que-casaram-de-novo.html



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Toque de recolher para menores


Domingos T. Costa

Medida divide opiniões entre moradores de Guaxupé (MG) (Foto: Reprodução EPTV)Uma mobilização da sociedade e de pais, entregou um abaixo assinado com mais de 300 assinaturas de pais, responsáveis, Comissariado de Menores, Ministério Público, Executivo, Legislativo, entre outros, disse o Juiz da Infância e Juventude Milton Biagioni Furquim, sobre a portaria que entra em vigor nesta sexta-feira (18) que determina horário para que crianças e adolescentes voltem para casa em Guaxupé (MG) e São Pedro da União (MG). Para ele, os menores não devem questionar a portaria, já que o pedido partiu da sociedade e de pais. “Eu recebi um abaixo assinado com mais de 300 assinaturas de pais, responsáveis, Comissariado de Menores, Ministério Público, Executivo, Legislativo, entre outros”, acrescentou.

Durante o ano em curso já foram registrados 120 casos envolvendo menores na cidade, segundo o Conselho Tutelar. Mediante tal situação, entende o juiz ser necessária a medida. Com a portaria, crianças e adolescentes das duas cidades só poderão ficar nas ruas sem a presença de um responsável em horários estipulados, depois, só acompanhados, Segundo o juiz. O objetivo é proteger as crianças e adolescentes do tráfico de drogas, da exploração infanto-juvenil e do consumo de bebidas alcoólicas.

Perante a nova determinação, crianças menores de 12 anos desacompanhadas devem estar em casa até as 21h.

Os adolescentes entre 12 a 16 anos sem a presença de um responsável não poderão permanecer nas ruas após as 23h, porém, se estiverem participando de atividades escolares ou religiosas. Quando acompanhados, os responsáveis deverão apresentar um documento que comprove o grau de parentesco ou a guarda.

Os jovens entre 16 e 17 anos não terão horários específicos, mas se estiverem em locais considerados inadequados pela Justiça (boate, casas noturnas) serão encaminhados aos pais ou responsável.

Segundo a Justiça, cumprimento dos horários será fiscalizado pelo Comissariado de Menores e o Conselho Tutelar. A medida funcionará com o apoio das polícias Civil e Militar. De acordo com os órgãos, como já existe um esquema de plantão noturno, não haverá alteração no horário de trabalho.

“Essa portaria traz um ineditismo a partir da construção, que foi feita a partir da base e não imposta. Foi a sociedade que quis, pediu e se mobilizou para que ela acontecesse. Por isso me senti confortável e resguardado para editá-la. O grande problema é ela ser executada, mas vejo que todos setores estão engajados”, pontuou o juiz.

Ainda, as crianças e adolescentes com menos de 16 anos que forem encontrados sozinhos nas ruas após os horários estipulados, serão encaminhados aos pais e responsáveis, que devem assinar um termo de entrega e prestar esclarecimentos ao juizado de menores. “O que estamos buscando é a responsabilização dos pais e responsáveis que são omissos, negligentes. Não basta ser pai, tem que participar”, declarou. Caso haja reincidência, os pais e responsáveis poderão sofrer punições administrativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente e eventualmente, responder na Justiça comum.

Direito de ir e vir

O direito constitucional de ir e vir das pessoas, diz o juiz Furquim, que a portaria é flexível e que embora ela estabeleça limites, permite que crianças e jovens estejam acompanhados dos pais ou responsáveis fora dos horários pré-determinados.

Diz o juiz: “Não acredito que estejamos ferindo o direito de ir e vir das crianças e jovens, já que elas estarão com suas famílias. O que não será permitido é que circulem sozinhas após determinados horários, mas para mim os menores tem o direito de obedecer os pais”.

O estudante Matheus Henrique Sanches do Prado, de 15 anos, tece o seguinte contrário: “Estão querendo tirar nossa liberdade. E se eu quiser sair e ficar até mais tarde em algum lugar, ou voltar para casa de madrugada? Não vou poder? Não concordo com o que o juiz quer. Não acho que isso faz diminuir os crimes. Causa é revolta”, disse ele.

Medida divide opiniões entre moradores de Guaxupé (MG)
A adolescente Letícia Masson, de 17 anos, apoia a decisão da Justiça. “Sou totalmente a favor, já que muitos pais não tem pulso firme, o Estado precisa interferir. A medida vai diminuir não só o uso de drogas e o consumo de bebidas alcoólicas por menores, mas também a prostituição infantil. Essa foi uma medida responsável e muito inteligente. Nós, jovens, podemos reclamar hoje, mas isso salvará o amanhã”, considerou.

A comerciante Jaqueline Caminho é mãe de uma adolescente de 14 anos e também apoia a portaria. Há um ano morando em Guaxupé, ela veio de São Paulo (SP) e acha que demorou para que algo do tipo fosse feito. “Quando cheguei aqui, fiquei decepcionada com a quantidade de jovens na rua de madrugada. Se isso não for feito agora, o que será do futuro desses jovens? Apesar da revolta deles, que já estão acostumados com essa liberdade, a medida será bem eficaz”, acreditou.


Portaria derrubada em Monte Sião, MG
Em 2010o mesmo juiz foi autor de uma portaria semelhante e que funcionou durante sete meses. Na ocasião, a decisão foi derrubada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que julgou inconstitucional o impedimento do direito de ir vir.


Pela medida, crianças de 12 anos não poderiam ficar desacompanhadas nas ruas depois das 21h. Já os adolescentes entre 12 e 16 anos só poderiam ficar fora de casa acompanhadas, mesmo assim até as 23h. “Neste caso, a portaria era bem mais severa, mas, mesmo durante os poucos meses que funcionou, pais e mães me agradeceram muito e o índice de crimes envolvendo menores caiu bastante”, justificou.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em Patos de Minas (MG), no Alto Paranaíba, uma portaria semelhante foi cassada. Em Itajubá (MG) uma proposta parecida também foi discutida, mas não chegou a vigorar.

Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei que estabelece uma norma semelhante em Minas Gerais. De autoria do deputado João Leite (PSDB), o Projeto de Lei 3.242/12 está parado na 1ª comissão de análise.

Minas Gerais parece ser o estado mais cessível à questão violência no sentido de corrigir, seria importante que o restante do pais, fizesse o mesmo. O ir e vir de todos os que infringem a lei é por ela freado, não existe nação sem lei, qualquer que quebra os princípios legais é punido pela lei para que o bem comum possa ser alcançado por todos; a tão desejada segurança.

Fonte:

G1.globo.com

domingo, 13 de outubro de 2013

E a Bíblia tem sempre razão...



Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

Mais do que em todas as épocas, a Bíblia tem sofrido, hoje em dia, todo tipo de ataque na tentativa incontida de céticos e incrédulos de desacreditá-la. A despeito disso, ela se mantém firme como sempre, e a própria história costumeiramente lhe dá razão.

Ao ler o livro do profeta Naum — onde está escrito: “Os carros passam furiosamente pelas ruas e se cruzam velozes nas praças, parecem tochas, correm como relâmpagos” (2.4) — o cientista Isaac Newton entendeu que dentro de algum tempo seriam desenvolvidos meios de transportes que nem em sonho daria para imaginar no seu tempo. Ele apontou para a possibilidade de que “os carros andariam a mais de 80 km 
por hora”.

O cientista Voltaire, inimigo de Deus e da Bíblia, escreveu: “Vejam vocês a que ponto pode chegar o cérebro desse homem que descobriu a gravidade e nos fez maravilhas admiráveis. Ao ficar velho e caduco, Newton começou a estudar este livro que se chama Sagrada Escritura e, para mostrar fé no absurdo desse livro, afirma que devemos acreditar que o conhecimento humano aumentará a tal ponto que seremos capazes de viajar a 80 km por hora. Isso é ridículo!”. O que diria você, hoje, sobre quem fez um papel ridículo?

O antagonismo entre a Bíblia e a ciência, proposto por alguns que se intitulam “cientistas”, historicamente jamais teve o apoio de todos os verdadeiros cientistas. Algumas coisas, é óbvio, ficaram séculos sem uma 
explicação condizente, mormente pelo atraso da ciência, não por erro das Escrituras. 

Na verdade, a Bíblia jamais descartou a ciência. Pelo contrário, há 25 séculos, quando nem se pensava em ciência nos moldes modernos, ela predisse que “a ciência se multiplicará” (Dn 12.4). A cada dia, a ciência corrobora com assombro infantil o que a Bíblia propôs com irrefutável maturidade.

Logo em seu primeiro versículo, está escrito: “No princípio Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). Os cientistas teorizam que o universo material de fato teve um princípio, não existiu sempre. É a teoria do “Big Bang”. Assim, o próprio tempo tem um início. “No princípio”, diz a Bíblia. 

Foi um texto bíblico, que anuncia que a terra e os céus “envelhecerão como uma veste... e serão mudados” (Sl 102.25,26), que influenciou Lord Kelvin em seu desenvolvimento da Segunda Lei da Termodinâmica. Essa lei afirma que a quantidade de energia útil no universo está diminuindo, sugerindo assim um início para o tempo e a necessidade de um “iniciador”.

A Bíblia diz que o homem foi formado “do pó da terra”. A Enciclopédia Delta Universal relata: “Todos os elementos químicos que formam os seres vivos também estão presentes na matéria inanimada”.

A Bíblia diz também que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Alguns indicam as similaridades físicas e genéticas entre o homem e certos animais como prova do parentesco entre estes. No entanto, têm de concordar que as faculdades mentais do ser humano são muito superiores às de qualquer animal. Por que tem o homem a capacidade de fazer planos e de organizar o mundo em sua volta, a faculdade do amor, inteligência superior, consciência e concepção do passado, do presente e do futuro? 

A Escritura diz que Deus criou tudo de acordo com sua própria espécie (Gn 1). Bem, isso é também o que a ciência mostra. Não podemos encontrar fósseis que indiquem uma transição de espécie para espécie, porque não há nenhum. A ciência mostra adaptações dentro das espécies (microevolução), mas não transição evolucionária de uma espécie a outra (macroevolução). Nisso ciência e Bíblia concordam. E a “evolução” é só uma teoria improvável.

Hoje, uma mulher e um homem não precisam de sexo para ter um filho. Eles podem ter filhos por fertilização “in vitro”, o que nos mostra grande progresso nas habilidades científicas. Porém, a Bíblia declara que Jesus foi concebido de uma virgem, sem a necessidade de sexo. Isso demonstra que Deus chegou bem na frente.

Discutiu-se por séculos que era “história de carochinha” a afirmativa bíblica de que Deus criara a mulher “da costela de Adão”. O que a ciência consegue hoje com a clonagem é apenas reproduzir um animal com os mesmos defeitos e doenças, que já nasce “velho”. De Adão, Deus criou a mulher, nova e graciosa, que trouxe beleza e lirismo ao mundo.

Então, quem você pensa que sempre esteve na vanguarda? 

Há milênios, a Bíblia fala também de saúde e saneamento, indicando maneiraras eficazes de impedir a proliferação de infecções, de eliminar dejetos humanos e primar pela limpeza (Lv 13.46; Dt 23.12). Coisas que, ainda hoje, muitos povos desconhecem.

Embora a ciência lance, a cada dia, mais luz sobre certas verdades bíblicas, ela jamais poderá explicar o maior dos mistérios: como um miserável pecador, crendo em Jesus, é salvo e tem a vida transformada. 


Por isso, é bom lembrar que essa grande salvação está disponível a todo aquele que crê em Cristo, tanto aos sábios cientistas como aos mais incultos entre os mortais. Porque a Bíblia tem sempre razão!













sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Milhares de pessoas fogem de ciclone na Índia

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Grandes ondas já atingiram as praias de Andhra Pradesh.
Phailin deve chegar ao litoral da baía de Bengala no sábado (12).

Da Reuters


 
Pescadores indianos tentam equilibrar o barco e puxá-lo para fora da Baía de Bengala, na Índia, nesta sexta-feira (11) (Foto: Biswaranjan Rout/ AP)Pescadores indianos tentam equilibrar o barco e puxá-lo para fora da Baía de Bengala, na Índia, nesta sexta-feira (11) (Foto: Biswaranjan Rout/ AP)
Dezenas de milhares de pessoas fugiram de casas em áreas litorâneas da Índia nesta sexta-feira (11), preparando-se para o maior ciclone no país em 14 anos.

Grandes ondas já atingiam as praias no Estado de Andhra Pradesh, mais de 24 horas antes do horário previsto para a chegada do ciclone Phalin à costa. Moradores de aldeias foram levados para escolas no norte do Estado e no vizinho Odisha, e o pânico motivou uma alta no preço dos alimentos.

Imagens de satélite mostram o Phailin a cerca de 500 quilômetros do litoral da baía de Bengala, onde deve chegar na noite de sábado (hora local), causando ressaca com ondas de até 3 metros, além de inundações.

As imagens mostram uma tempestade com uma área equivalente à metade da Índia. Alguns meteorologistas comparam a dimensão e intensidade do sistema ao furacão Katrina, que devastou a costa sul dos EUA em 2005.

Cerca de 260 mil pessoas já foram retiradas de casa, e muitas outras devem sair até o final do dia, segundo autoridades dos dois Estados. Mas muitos moradores em aldeias litorâneas disseram não ter recebido orientações sobre uma retirada, e outros se mostravam dispostos a permanecer em suas casas.

Imagens de satélite mostram o cliclone Phalin sendo formado e se aproximando do litoral indiano nesta sexta-feira (11) (Foto: Naval Research Lab/ AP)Imagens de satélite mostram o cliclone Phalin sendo formado e se aproximando do litoral indiano nesta sexta-feira (11) (Foto: Naval Research Lab/ AP)
 

sábado, 28 de setembro de 2013

Valores para toda a vida

 
 Blog
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
 
  
Numa de suas parábolas, Jesus falou a respeito de certo fazendeiro que achava ter uma vida boa, mas que, finalmente, estava redondamente enganado sobre as reais prioridades da vida. O seu campo produzira com abundância. Ele pensou em destruir os celeiros, e reconstruí-los maiores ainda, para recolher todo o seu produto. Então, ele disse a si mesmo: “Tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te”.
 
Jesus obviamente não censurou a capacidade de produção agrícola desse homem nem sua habilidade de ganhar dinheiro. Mas, ao externar sua devoção à vidinha estreita que levava, pensando somente no aqui e agora, e não na eternidade, igualou a densidade de sua filosofia de vida à insanidade restrita aos loucos e irresponsáveis dessa vida. Jesus continuou dizendo que Deus lhe dissera de pronto: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”.
 
Por fim, Jesus acrescentou a sua interpretação sobre o resultado do pragmatismo desse homem: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lc 12.16).
 
A mensagem de Jesus não era contra o ter, óbvio, mas contra a supervalorização das posses, quando estas vêm a substituir a real riqueza da pessoa, aquilo que ela realmente é para Deus. Afinal, o que é guardado aqui e agora em celeiros ou bancos, de fato, nada pode fazer por nossas almas na eternidade.
 
Jesus denunciava que a sociedade acostumada com a inversão de valores entre o ter e o ser, não raras vezes produziria em seu bojo pessoas que medem o seu valor, e o dos outros, pelo que “há por fora”, pela aparência, e não pela substância.
 
A sua citação da realidade inefável da morte serve para pontuar o fato de que, para muitos, é necessário a contundência da cena desagradável de um velório para demonstrar que “as coisas que se veem são temporais, mas as coisas que se não veem são eternas” (2Co 4.18).
 
É inegável que cada vez mais as pessoas carecem de sentido na vida, têm fome de significado na sua existência vazia. Alguns vivem sempre em busca de honrarias, tentando a todo custo ser celebridades.
 
Estes desconhecem que o valor pessoal que realmente conta é o que há “por dentro”. Não percebem que a “celebridade” que conta, decerto, é a que vive os valores “lá de cima”, ou seja, conhecendo a Deus e sendo conhecido por Ele. Daniel era uma celebridade no Céu, reconhecido lá como “mui amado” exatamente porque valorizava o que realmente tinha valor na vida: andar com Deus (Dn 9.23).
 
Infelizmente, a busca de muitos por sentido na vida centrada em valores errados acaba por afastá-los cada vez mais de Deus. Isso lhes deixa um vazio cada vez maior, que precisa ser preenchido com mais futilidades. Será que vale a pena se afastar assim de Deus?
 
Ora, há exemplos sobejos de que uma simples falha num processador a bordo de um satélite de comunicação pode fazer com que este saia de sua posição e se afaste da Terra. E quando isso acontece, milhões de computadores e celulares tornam-se obsoletos, simples tecnologias inúteis; milhares de empresas e milhões de pessoas são afetados; e isso tudo porque um satélite pegou um caminho errado.
 
Desse modo, quantas pessoas seriam afetadas se eu ou você nos afastássemos de Deus? Ou, o quanto eu ou você seríamos afetados por nos afastarmos de Deus?
 
Jamais devemos esquecer que Deus nos fez de um modo especialmente único, como se tivesse jogado a fôrma fora. Ninguém jamais será igual, ao contrário do que tenta impor o padrão unissex. Aquilo que cada pessoa é na essência só terá um real sentido se estiver em conexão com Deus. Assim, cabe a pergunta: Que valores há “por dentro” da sua vida? Você é o que realmente é, ou apenas tenta ser o que não é?
 
Toda sociedade constrói, ao longo de sua história, um conjunto de valores e princípios que funcionam como agentes reguladores de conduta entre os seres humanos. Destacam-se, entre estes, os valores de corresponsabilidade, partilha, sustentabilidade da vida, honestidade, lealdade, reciprocidade, cooperação, sem os quais a vida em sociedade se tornaria absurdamente difícil e descambaria para o caos.
 
Igualmente imprescindíveis, os valores espirituais se situam na esfera de nossa relação pessoal com Deus e, a partir daí, com o nosso próximo e com a totalidade da vida, os quais nos permitem crer e viver numa perspectiva de responsabilidade e esperança que transcendem o imediatismo e desembocam no eterno.
 
Nos últimos cinquenta anos, como em nenhuma outra época da história, houve uma acentuada mudança de valores, muitas vezes para pior. E essa subversão de valores consagrados tem gerado uma tremenda banalização da vida. Portanto, quando vamos nos esforçar para manter os valores que precisam ser mantidos?
 
É necessário que pensemos não só no presente, mas também nas próximas gerações. Isso quer dizer que precisamos agregar valores, não destrui-los; melhorá-los, não piorá-los; fazer coisas novas, mas sem omitir as antigas e boas.
 
Considero que é hora de praticarmos a oração franciscana: “Senhor, dá-me coragem para mudar o que pode ser mudado, compreensão para aceitar o que não pode ser mudado, e sabedoria para distinguir entre uma coisa e outra”.
 
 
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O salão de feiura


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Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

  
Fala-se muito de salão de beleza, no qual as pessoas pagam bem para se tornar mais belas. Mas eu gostaria de apresentar um novo estilo estético, o do salão de feiura, cuja cliente, a nossa sociedade, está pagando um alto preço para tornar-se feia e indesejada.

Tomo o exemplo ilustrativo da jovem aristocrata Rosaura Montalbani, de Florença, que era considerada a mais bela mulher da Renascença. Segundo Henry Thomas, Rosaura era tão linda que, quando chegava à janela, o povo enchia as ruas, impossibilitando a passagem dos transeuntes. Quando saía às compras, os negociantes recusavam pagamento das despesas que fizesse. Todos os dias, pescadores retiravam do rio Arno o corpo de algum jovem que havia morrido por seu amor. Todas as noites, vigilantes achavam o corpo de algum cavalheiro ricamente vestido, com um punhal no coração, por haver sido rejeitado por Rosaura.

Ela foi levada três vezes ao tribunal por amargurados pais de jovens desiludidos. A única acusação que lhe pesava era a de ser demasiado bela, de modo que os juízes ficavam tão empolgados pela sua beleza que a mandavam embora em liberdade. Certa vez ela foi intimada a comparecer perante a justiça, quando o tesoureiro da cidade, tendo dissipado com Rosaura o dinheiro público, se suicidara. Dessa vez ela foi condenada ao pelourinho. Mas ninguém quis executar a sentença e, por isso, foi de novo posta em liberdade.

O jovem duque de Florença enlouqueceu diante da visão do rosto de Rosaura e foi para uma capela onde se trancou e pintou as paredes sagradas e o teto de santos, de anjos sorridentes, de Madalenas penitentes e adoráveis Madonas, todos com as mesmas feições de Rosaura Montalbani. Mais uma vez ela foi levada ao tribunal. Desta vez, porém, uma máscara em forma de caveira foi posta sobre sua face, a fim de evitar que seu belo rosto causasse novas ruínas. Foi sentenciada à reclusão solitária e a usar aquela máscara para o resto da vida.

Quando o Grão Duque Cosme subiu ao trono, 39 anos mais tarde, e concedeu perdão geral a todos os prisioneiros, encontrou o documento que relatava o caso de uma mulher apenada sob o suplício da máscara negra, condenada à prisão perpétua, por ser demasiado bela para viver em liberdade. Cosme mandou buscar a mulher à sua presença. Quando retiraram a máscara, ele pôs‑se a contemplá‑la longa e intensamente. “Bela, essa mulher?” — murmurou afinal. Viu uma pele fanada e os olhos encovados. As feições de Rosaura Montalbani tinham tomado a forma da caveira.

Essa história ilustra o que pode ocorrer com a nossa sociedade, se submetida à clausura do salão de feiura da história, cuja máscara que está lhe sendo imposta, a da criminalidade impune, não for retirada a tempo. Estamos cercados, enclausurados, presos nos grilhões dos maus exemplos, e isso fatalmente nos enfeará a existência como sociedade.

Deixar que o mal prospere, enquanto nos encastelamos nos recantos “seguros” dos nossos lares, não nos tornará pessoas melhores. Muito pelo contrário, algumas patologias podem se instalar de modo irremediável em nossas vidas e terão o condão de podar o potencial de sermos úteis e necessários numa sociedade que precisa desesperadamente da ação responsável de todos os seus cidadãos.

Se não engendrarmos esforços e discutirmos amplamente essa questão agora, para pôr fim ao desmantelo que a criminalidade crescente vem impondo à sociedade, perderemos o que de belo existe e ficaremos “enfeados”, quando o bem for suprimido pela máscara da maldade. Seremos pessoas com o espectro da caveira, solitárias e individualistas, pois não acreditaremos em pessoas ou instituições.

Seremos pessoas medrosas. O medo pessoal e o medo coletivo nos levarão à beira de um abismo – o esquecimento de Deus e dos valores fundamentais da vida em comum – criado por nossa própria “loucura” hedonista. Como resultado, divinizar-se-á o relativo e não haverá mais absoluto, pois não haverá valores fundamentais pelos quais pautar a vida, nem Ser absoluto a quem prestar contas. O medo gera desespero, o desespero dá vazão ao ódio, o ódio nos torna inimigos gratuitos do próximo. Reféns de uma fome insaciável de significado, não saberemos mais quem somos nem para onde estamos indo.

A vida sofrerá um processo acelerado de banalização e a morte campeará à nossa espreita. A injustiça será o corolário de uma vida que perdeu definitivamente o sentido. E ninguém pode negar que esse “fantasma” já está instalado em nossa sociedade. Enfim, haverá um inexorável descrédito no futuro. Esse será o formato que a face da nossa sociedade tomará por força da “máscara de ferro” que lhe foi imposta pela criminalidade impune.

Devemos amar a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a nós mesmos. A melhor forma de amar é tanto fazer o bem que Deus exige como também ser responsáveis em fazer o que é certo para punir o erro. E se amarmos de fato e de verdade, faremos as mudanças necessárias, mesmo que isto custe um alto preço para tirar a sociedade do salão de feiura.





segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Para que queremos a Verdade?



       Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

   
       Um dos fatos mais pitorescos de indagação filosófica a respeito da verdade se deu, não numa reunião regular de filósofos, ou numa sala de aula de uma conceituada universidade, nem mesmo num congresso voltado para o tema, mas em um julgamento de exceção. Quando o juiz, mesmo sem prova alguma contra o réu, ouviu deste que a sua razão de estar no mundo era “dar testemunho da verdade”, perguntou-lhe de chofre: “O que é a verdade?”.

       O nome do juiz é Pilatos, governador romano da Judeia. O réu em questão é Jesus de Nazaré. O mais interessante de tudo não é necessariamente a pergunta, mas a atitude do governador após tê-la proferido, em não esperar resposta alguma do seu interlocutor. Diz o texto bíblico: “Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum” (Jo 18.37,38).

       Bem, Jesus não dissera somente que viera dar testemunho da verdade, mas também acrescentara: “Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. E isso foi tudo o que Pilatos não fez.

Ainda hoje, não poucos agem como Pilatos; embora desejem saber sobre a verdade, não param para ouvir a Fonte da própria Verdade (com V maiúsculo mesmo). Desse modo, convém perguntar: Para que queremos a verdade? Se a verdade é necessária para que os pilares morais de uma sociedade sejam firmes e não se rompam; se é essencial para que a paz reine sob o manto da justiça; se é imprescindível para o respeito mútuo preconizado nas leis; sim, então, por que muitos daqueles que deveriam dar exemplo de uma vida pautada pela verdade lhe viram as costas ou passam cinicamente ao seu largo, fazendo-lhe pouco caso?

Para que serve a mentira? Se a mentira tem o poder de solapar os fundamentos morais de uma sociedade, então, por que vivemos com a certeza de que a nossa coexistência social teima em permitir os valores da mentira? Por que vemos não poucas pessoas serem regidas descaradamente sob a égide da mentira e acobertadas pelo seu manto, e isso parece não incomodar a maioria?

Alguém já notou: a mentira passa diante de nós como uma torrente interminável, que vai destruindo os nossos valores morais.

Daniel Webster, em meados do Século XIX, predisse: “Se a verdade não for difundida, a mentira o será. Se Deus e Sua Palavra não forem conhecidos e recebidos, o Diabo e suas obras ganharão a ascendência... a corrupção e as trevas reinarão”.

Em março de 1921, Rui Barbosa escreveu: “De tanto ver triunfar a nulidade; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
A honestidade só viceja no terreno fértil da verdade, não no solo pantanoso da mentira.

Pode até parecer alarmista, mas há sobejas evidências de que a sociedade está num rápido descenso moral, e isso, ao fim e ao cabo, tem um preço alto e por demais amargo. As nossas instituições sofrem cada vez mais de descrédito. As nossas esperanças de um país melhor continuam sob o manto do medo de tudo dar errado. O nosso futuro, que nunca chega, parece estar escorregando ladeira abaixo nos rumos obscuros da História.

O perigo está principalmente nos filhos da mentira que esse estado de coisas acaba gerando. O filho primogênito da mentira é o Cético, aquele que duvida de tudo, cuja pauta de vida é a descrença. Ele só crê numa coisa: que não se pode chegar a qualquer conhecimento indubitável nos domínios da verdade geral ou absoluta.

A mentira pariu, então, seu segundo filho: o Cínico. Seu comportamento pode ostentar princípios e/ou praticar atos imorais e obscenidades, pois é um indivíduo sem escrúpulos; é hipócrita, sarcástico e oportunista.
Engravidada da desonra, a mentira pariu seu terceiro filho: o Crédulo. Ele crê facilmente em tudo, sem malícia alguma; é ingênuo, não pesa as coisas nem examina as ideias.

       Pilatos era um pouco dos três, por isso lhe foi normal dar as costas à verdade. Preferiu o justicialismo das ruas e o clamor da multidão ávida por “circo”, em vez do império da lei e do testemunho imponente de um inocente.
A verdade tem um único filho: aquele que de algum modo ouve a voz da própria verdade. Quem assim procede, arrisca-se a acreditar em mudanças qualitativas; além disso, leva demasiado a sério as suas obrigações e por elas tem entusiasmo; enfim, acredita na verdade, por ela vive e pode até mesmo morrer por sua causa.

É fácil ser cético e deixar tudo como está para ver como é que fica. É fácil ser cínico e fazer de conta que nada nos afeta ou que podemos tirar vantagem de alguma coisa. É igualmente fácil ser crédulo e ir passando pela vida e não viver.

Difícil mesmo é ser da verdade, é ouvir a voz de Jesus a clamar: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo 14.6). Difícil é corresponder à verdade no burburinho da vida cotidiana, fazendo tudo ao seu alcance em prol da mudança para o bem maior que se deseja.

Afinal, para que queremos a verdade?




domingo, 25 de agosto de 2013

Em busca dos inocentes



Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

  

Certa feita, Jesus confrontou alguns líderes que confiavam em si mesmos, tendo-se por inocentes diante dos homens e justos diante de Deus. Confrontou-os porque, em vez de demonstrarem a misericórdia inerente à posição que pensavam ter, chegavam ao cúmulo da empáfia de desprezarem os outros. E então lhes propôs esta parábola: “Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:Ó Deus, sê propício a mim, pecador!”.

Ora, quem conhecia a reputação de fariseus e publicanos certamente daria uma ampla vantagem de julgamento ao primeiro. A razão era óbvia. Os fariseus eram a seita mais rigorosa e regulatória do judaísmo – cujo viés legalista trazia 613 preceitos que ordenavam a vida toda das pessoas, desde o levantar até ao deitar. E ninguém ousaria negar o que o fariseu afirmava na sua oração. Os publicanos, embora ricos, era párias sociais; eram tidos como pelegos e traidores da pátria. Eram judeus, mas trabalhavam para o governo romano; como funcionários públicos da coletoria, extorquiam o povo com cobrança de impostos exorbitantes; eram ricos, mas desprezados.

Quem você pensa que ganharia essa parada? Os observadores na praça certamente dariam um voto ao fariseu. Mas não Jesus. Ele concluiu a Sua parábola desse modo: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”.

O que Jesus está dizendo, em outras palavras, é isso: quem se acha “o cara” e, por isso, declara sua inocência diante dos homens e nega o seu pecado diante de Deus, não pode receber as bênçãos do perdão dos pecados e da Salvação. Mas quem se declara culpado e clama pela misericórdia de Deus, é perdoado e justificado. É simples: ninguém pode ser considerado salvo sem antes reconhecer que está perdido. Esse é o caminho do Evangelho de Cristo.

       Essa situação mostrada por Jesus tem se repetido sempre. Conta-se que o famoso evangelista D. L. Moody visitou certa vez uma prisão chamada As Tumbas, a fim de orar pelos internos. Após terminar sua pregação, Moody conversou com alguns homens em suas celas e fez a seguinte pergunta a cada um dos presos: “Por que você está aqui?”. As respostas foram estas:“Sou inocente, não merecia estar aqui”. “Fui enganado”.“Acusaram-me falsamente”. “Não tive um julgamento justo”. Mas nenhum deles admitiu que fosse culpado.

       Moody finalmente encontrou um homem com o rosto escondido entre as mãos, chorando, e lhe perguntou: “Qual é o seu problema, amigo?”. Ao que o prisioneiro respondeu: “Meus pecados são muito maiores do que posso suportar”. Aliviado por haver finalmente encontrado um homem que reconhecia sua culpa e a necessidade de perdão, o evangelista exclamou: “Graças a Deus por isto!”. Moody, então, falou-lhe sobre o Evangelho da salvação em Cristo e levou-o a conhecer o Senhor, a quem o preso entregou sua vida. Tal conhecimento da graça do Senhor Jesus Cristo libertou-o das amarras do pecado e o tornou um homem verdadeiramente livre, embora ainda na prisão.

       Mesmo hoje, quando alguém é pego por algum crime, dificilmente se diz culpado. Se perguntado sobre o porquê de ter sido preso, alega desbragada inocência. Vá lá que um ou outro caso seja verdade. Porém, isso só vem a confirmar uma egoísta característica humana de autojustiça, que começa sempre pelo não reconhecimento das próprias falhas.

É interessante que o caminho da religião é o oposto do Evangelho. A religião ensina a fazer penitência pelos nossos pecados; o Evangelho diz a todos que se arrependam e peçam perdão, pois Jesus já fez a penitência. A religião diz que temos de fazer boas obras para sermos salvos; o Evangelho afirma que somos salvos para fazer boas obras. A religião manda que nos justifiquemos mediante o autosacrifício; o Evangelho diz que somos justificados pela fé no sacrifício que Jesus realizou em nosso lugar.

A religião diz que nós somos bons; o Evangelho afirma que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). A religião ensina que temos justiça própria; o Evangelho prega que “não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10). A religião ensina a nos declararmos “inocentes”, mas nos deixa prisioneiros de nós mesmos; o Evangelho ensina a nos declararmos “culpados”, mas nos dá a verdadeira liberdade em Cristo.

Não somos chamados para declarar inocência diante dos homens nem justiça própria diante de Deus; antes, somos chamados para ser livres em Cristo. Como disse Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.32). Você precisa fazer sua própria escolha.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

52 igrejas queimadas e centenas de cristãos mortos no Egito

igrejas queimadas egito 



52 igrejas queimadas e centenas de cristãos mortos no Egito 
52 igrejas queimadas e centenas de cristãos mortos no Egito


A ira islâmica recai sobre cristãos às vésperas de uma guerra civil.
 por Jarbas Aragão


O mundo olha horrorizado para o Egito esta semana. Os números oficiais falam de 525 mortos, incluindo 43 policiais, e 3.000 feridos em todo o país. A Irmandade Muçulmana aumentou o número de mortos para 4.500.

Após a destituição de Mohamed Morsi, o país se viu tomado pela disputa de vários grupos pelo poder. Manifestações em todo o país evoluíram para uma verdadeira batalha campal. Especialistas afirmam que o Egito está numa encruzilhada que pode mudar radicalmente o país caso os aliados da Irmandade Muçulmana vençam. Um dos motivos é por que eles já falam em uma guerra contra Israel.

Os conflitos desde quarta-feira são os mais sangrentos já registrados no país na era moderna. A violência utilizada pelas forças de segurança dos partidários da Irmandade Muçulmana, que controlava o governo deposto, desencadeou uma onda de raiva e vingança em todo o país. Tudo piorou com a renúncia do vice-presidente Mohamed ElBaradei. Ganhador do Nobel da Paz ele justificou que não poderia “assumir a responsabilidade por decisões com as quais não estou de acordo”.

Em meio a isso, muitos muçulmanos se voltaram contra os cristãos, a quem muitos acusam de ter apoiado os inimigos de Morsi. Existem registros que pelo menos 52 igrejas foram queimadas em várias cidades do país, alguns possuíam um grande valor histórico. Escolas cristãs, mosteiros e instituições como a Sociedade Bíblica também foram atacadas. Um grande número de casas pertencentes a cristãos também foram atacadas, os mortos podem passar de 200.

A Igreja Copta, maior grupo cristãos do país, relata que na cidade de Assiut, no centro do país, os fiéis tiveram de fugir por uma janela enquanto uma multidão cercava e apedrejava o seu templo. Nas cidades de Minya, Fayoum e Sohag várias igrejas coptas foram queimadas e já existem vídeos mostrando isso no Youtube.

De acordo com um relato do jornal New York Times, “muçulmanos têm pintado um ‘X’ preto nas lojas cristãs para marcar quais seriam queimadas. Multidões atacaram igrejas e cristãos sitiados em suas casas. Sabe-se de cristãos que foram mortos com golpes de facas e facões em suas casas.”

Representantes da liderança cristã do país afirmam que os ataques ocorreram “sem motivo algum, o único crimes que eles cometeram é serem cristãos em um país onde uma das facções políticas está travando uma guerra religiosa e apela para a violência visando ganhos políticos.”

Uma das justificativas para os ataques religiosos é que Tawadros, líder espiritual dos oito milhões de cristãos coptas do Egito, expressou seu apoio à retirada dos militares que apoiavam Morsi e a suspensão da Constituição do Egito. Os cristãos são cerca de 10% dos 85 milhões de habitantes do Egito.

Embora o exército tenha declarado “estado emergência”, ninguém sabe que rumos essas manifestações podem tomar. A maioria da população não apoia o golpe de Estado ocorrido no início de julho contra o Governo eleito.

Vários países europeus como o Reino Unido, França e Alemanha manifestaram o pesar pela violência no Egito. O presidente francês chegou a falar em uma intervenção internacional para evitar uma guerra civil. O Governo da Turquia, país igualmente muçulmano, pediu que “a comunidade internacional, liderada pelo Conselho de Segurança da ONU e da Liga Árabe” possam intervir e impor medidas radicais para parar os assassinatos. Com informações CNN, Christianity Today e Daily News Egypt.

Assista:   Vídeo


Fonte: 
http://noticias.gospelprime.com.br/egito-igrejas-queimadas-cristaos-mortos/


domingo, 11 de agosto de 2013

PAI

            Domingos Teixeira Costa


Aos pais, desejo que o amor seja o vínculo principal vivenciado na família, enquanto este existir. Família hoje, parece ser algo em extinção, mas não é. Aquele que instituiu a família é poderoso para a manter até ao fim da humanidade.

A figura do pai sempre existirá. Para ser pai, existe uma necessidade extrema, a da figura mãe, nos defrontamos então, com a responsabilidade da convivência entre três ou mais pessoas, e agora, o que até então não era pai, possui a responsabilidade aumentada em tudo. Antes os dois Viviam separados, o ato pelo qual originou o filho, também unificou o grupo naturalmente formando um conjunto harmônico entre si, segundo Deus (Gn 2.23 Mc 10. 8).

O pai ama, e mais uma vez doa-se, doa-se para suprir as necessidades, ama, protege, recebe o filho com abraços, se este sair de casa, há uma festa ao retornar o filho à casa do pai. (Lc 15.20) conforme o ensino bíblico.

Pais, Deus os abençoe, com amor, paz, harmonia, felicidade, saúde e a bondade vinda do céu dos céus, para a glorificação do supremo Criador dos céus e da terra, por ele haver decidido entrar a ti com sua vida que a ele novamente um dia voltará, "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu"  (Ec 12. 7). Ele é o único PAI eterno.





sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Papa aprova medidas de combate a lavagem de dinheiro


Escrito por,  
size_590_photo-33Cidade do Vaticano – O papa Francisco aprovou nesta quinta-feira novas medidas para a prevenção e combate à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à proliferação de armas de destruição em massa, informou a Santa Sé em comunicado.
As novas iniciativas, aprovadas através de um “Motu Proprio” (documento papal), são uma continuação das já aprovadas em matéria de prevenção e luta contra atividades ilegais na área financeira e monetária pelo papa anterior, Bento XVI, em 30 de dezembro de 2010.
Entre as medidas está a criação do Comitê de Segurança Financeira do vaticano a fim de coordenar as autoridades competentes da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano na prevenção e luta contra a lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.
Além disso, o documento “reforça” a função de vigilância e regulação da Autoridade de Informação Financeira (AIF) e cria a função de “vigilância prudencial” das entidades e organismos que desenvolvem “profissionalmente uma atividade de natureza financeira”, entre eles o Instituto para as Obras de Religião (IOR), o tão questionado banco vaticano.
Com essa última iniciativa, de cuja execução será responsável também a AIF, o Vaticano responde a uma recomendação feita pela comissão Moneyval do Conselho da Europa, que já reconheceu que a Santa Sé percorreu um “longo caminho em muito pouco tempo” na luta contra a lavagem de capitais.
“A promoção do desenvolvimento humano integral sobre o plano material e moral requer uma profunda reflexão sobre a vocação dos setores econômicos e financeiros e sobre sua correspondência como fim último da realização do bem comum”, afirma o papa em seu “Motu Proprio”.
“Por esse motivo – prossegue – a Santa Sé, em conformidade com sua natureza e missão, participa dos esforços da comunidade internacional destinados à proteção e a promoção da integridade, estabilidade e transparência dos setores econômicos e financeiros e à prevenção e à luta contra as atividades criminosas”.
Entre as medidas aprovadas por Francisco também está a extensão da aplicação das leis vaticanas nesta matéria aos dicastérios da Cúria Romana e a outros organismos e entes dependentes da Santa Sé, assim como às organizações sem fins lucrativos que tenham entidade jurídica canônica e sede no Estado do Vaticano.
“Desejo renovar o compromisso da Santa Sé em adotar os princípios e executar os instrumentos jurídicos desenvolvidos pela comunidade internacional, adequando até mais a ordem institucional a fim da prevenção e da luta contra a lavagem, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa”, comenta o pontífice argentino.
As medidas chegam depois que em julho passado Francisco, eleito papa em março deste ano, deu mais um passo na reforma das instituições vaticanas ao criar uma comissão para as reformas da estrutura econômica administrativa da Santa Sé.
A iniciativa se somou à composição, em abril, de um grupo de oito cardeais para o aconselharem na direção da Igreja e para que estudem um projeto de revisão da Cúria Romana; além da comissão de investigação criada em junho para reformar o Banco do Vaticano.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Retrato de Jesus Cristo

Vale a pena assim, como conseqüência, conhecer esse perfil de Jesus_Cristo, traçado de maneira e sem intenção outra do que ser fiel na sua descrição, pelo pró-consul Publius_Lentulus. O texto da carta do nobre romano é o seguinte: 

“APARECEU E VIVE estes dias por aqui, um homem de singular virtude, que seus companheiros chamam Filho de Deus. 
Cura os enfermos e ressuscita os mortos. 
É belo de figura e atrai os olhares. 
Seu rosto inspira amor e temor ao mesmo tempo. 
Seus cabelos são compridos e louros, lisos até as orelhas, e das orelhas para baixo crescem crespos anelados. 
Divide-os ao meio uma risca e chegam-lhes aos ombros segundo o costume da gente de Nazareth. 
As faces cobrem de leve rubor. 
O nariz é bem contornado, e a barba crescida, um pouco mais escura do que os cabelos, dividida em duas pontas. 
Seu olhar revela sabedoria e candura. 
Tem olhos azuis com reflexos de várias cores. 
Este homem amável ao conversar, torna-se terrível ao fazer qualquer repreensão. 
Mas mesmo assim sente-se Nele um sentimento de segurança e serenidade. Ninguém nunca o viu rir. 
Muitos no entanto O têm visto chorar. 
É de estatura normal, corpo ereto, mãos e braços tão belos que é um prazer contemplá-los. 
Sua Voz é grave. 
Fala pouco. 
É modesto. 
É belo quanto um homem pode ser belo. 
Chamam-lhe JESUS, FILHO DE MARIA."


Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/





domingo, 28 de julho de 2013

Israel e Palestina começam a negociar na segunda

De acordo com o departamento, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, telefonou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e ambos concordaram que as reuniões serão uma oportunidade para definir como os dois lados poderão prosseguir com as negociações nos próximos meses.

O gabinete de Israel aprovou neste domingo a libertação de 104 prisioneiros palestinos, abrindo espaço para a possível retomada das negociações de paz após cinco anos de suspensão. A libertação dos prisioneiros faz parte de um esforço liderado pelos EUA para colocar os dois lados em diálogo novamente. Fonte: Associated Press.



http://www.parana-online.com.br/editoria





quarta-feira, 17 de julho de 2013

Jerusalém - História de Israel

Jerusalém

Início
História Guerra dos Seis Dias Etimologia Períodos Templários Torre de David
Guerras Romano-Judaícas Guerras Romano-Persas Estado Islâmico
Cruzadas Saladino e os Mamelucos Domínio Otomano Mandato Britânico e a Guerra de 1948
Divisão e a controversa reunificação Geográfia Clima Demográfia Política
Econômia Educação Transportes Cultura Significado Religioso Esportes
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coordenadas: 31° 46' N 35° 13' 60" E


História

Vista de Jerusalém do Monte das Oliveiras.

Brasão

Bandeira

Significado Hebraico: "Cidade da Paz"
Árabe: "A Sagrada"
Governo: Cidade
Distrito: Jerusalém
Coordenadas: 31° 47′ N 35° 13′ E
População: 732 100[1] (2007)
Jurisdição: 125156 dunams (125 156 km²)
Prefeito: Nir Barkat
Website: www.jerusalem.muni.il

  • Jerusalém (em hebraico moderno: ירושלים, transl. Yerushaláyim; em hebraico clássico: ירושלם; em árabe: القدس, transl. al-Quds: em grego Ιεροσόλυμα, transl. Ierossólyma),
  • é a capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) de Israel e sua maior cidade[] tanto em população quanto área,[] com 732.100 residentes em uma área de 125.1 km² ou 49 milhas (incluindo a área disputada de Jerusalém Oriental).[]
  • Localizada nas Montanhas Judéias, entre o mar mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a Jerusalém moderna tem crescido aos arredores da cidade antiga.


  • A cidade tem uma história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo.
  • Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o centro espiritual desde o século X a.C.
  • contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão.
  • Apesar de possuir uma área de apenas 0.9 quilômetros quadrados (0,35 milhas),
  • a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa.
  • A cidade antigamente murada, um patrimônio mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram introduzidos por volta do século XIX.
  • a cidade velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela Jordânia em 1982.
  • No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
  • Hoje, o status de Jerusalém continua um dos maiores problemas no Conflito israelo-palestino. A anexação, por Israel, do leste de Jerusalém, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, tem sido repetidamente condenada pelas Nações Unidas e órgãos relacionados, e o povo palestino vislumbra o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro Estado. Após a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras de Jerusalém. Início
    Etimologia:
  • Ainda que a origem do nome Yerushalayim seja incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico "yerusha" (legado) e "Shalom" (paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que "Shalom"; é um cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra seria Salem (Shalem literalmente "completo" ou "em harmonia"), um nome recente de Jerusalém[] isto aparece no livro de Gênesis.[] Outros citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que há uma conexão a Shalim, a deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como a personificação do crepúsculo.
  • De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao Monte do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a "cidade de Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa "completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim" significa a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é perfeito". O final -im indica o plural na gramática hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que a cidade se situa em duas colinas. O pronunciamento da última sílaba como -ayim parece ser uma modificação posterior, a qual não havia aparecido no tempo da Septuaginta.
  • Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que aparece nos achados do Antigo Egito é a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero ("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes, Jerusalém é al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. "Tzion" inicialmente se referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um todo. Durante o reinado de David, ficou conhecida como Yir David (a cidade de David).
    Muro de Jebusita, na cidade de Davi.

    Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel, dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao redor do Quarto milênio a.C., com evidências de assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze, 3000-2800 a.C. Os Textos de Execração (c. do século XIX a.C.), que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e as Cartas de Amarna (c. século XIV a.C.) podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns arqueólogos, incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém como cidade foi fundada pelos povos semitas ocidentais com assentamentos organizados em cerca de 2600 a.C.. Segundo a tradição judaica, a cidade foi fundada por Shem (Sem, em português, filho de Noé) e Éber (bisneto de Shem), antepassados de Abraão. Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até o século X a.C., quando David conquistou-a e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c. 1000s a.C.). recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica. Início
    Períodos Templários
    David reinou até 970 a.C. Ele foi sucedido pelo seu filho Salomão, que construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá. O Templo de Salomão (mais tarde conhecido como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde estava guardada a Arca da Aliança. Ao longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônica, em 587 a.C., Jerusalém foi a capital política e religiosa dos judeus. Este período é conhecido na história como o Período do Primeiro Templo. Após a morte de Salomão (c. 930 a.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
    A Torre de David como pode ser visto a partir de Vale Hinnom.

    Quando a Assíria conquistou o Reino de Israel, em 722 a.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templário acabou cerca de 586 a.C., quando os babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e devastaram o Templo de Salomão. Em 538 a.C., após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o rei persa Círio o Grande convidou os judeus a regressarem à Judá e Jerusalém e reconstruírem o Templo. A construção do Segundo Templo de Salomão foi concluído em 516 a.C., durante o reinado de Dario o Grande, setenta anos depois da destruição do Primeiro Templo.Jerusalém retomou o seu papel de capital de Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o império persa, Jerusalém e Judéia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em 198 a.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e a Judéia para o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de retomar Jerusalém do dominio grego teve sucesso em 168 a.C. com a bem sucedida revolta macabéia de Matatias, o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em 152 a.C., novamente com Jerusalém como capital. Início
    Guerras Romano-Judaicas

    Cerco romano e a destruição de Jerusalém (David Roberts, 1850)Conforme o Império Romano se tornou mais forte, ele colocou Herodes como um rei cliente. Herodes o Grande, como ele era conhecido, dedicou-se a desenvolver e embelezar a cidade. Ele construiu muralhas, torres e palácios, e expandiu o Templo do Monte, reforçou o pátio com blocos de pedra pesando até cem toneladas. Sob Herodes, a área do Templo do Monte dobrou de tamanho. Em 6 d.C., a cidade, assim como grande parte da região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos como na Judéia, Herodes e seus descendentes até Agripa II permaneceram reis-clientes da Judéia até 96 d.C. O domínio romano sobre Jerusalém e região começou a ser contestada a partir da primeira guerra judaico-romana, a Grande revolta judaica, que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 d.C. Em 130 d.C. Adriano romanizou a cidade, e ela foi renomeada para Aelia Capitolina. Jerusalém, mais uma vez serviu como a capital da Judéia durante o período de três anos da revolta conhecida como a Revolta de Bar Kokhba. Os romanos conseguiram recapturar a cidade em 135 d.C. e como uma medida punitiva Adriano proibiu os judeus de entrarem nela. Adriano rebatizou toda a Judéia de Síria Palaestina numa tentativa de des-judaizar o país. A proibição sobre os judeus entraram em Aelia Capitolina continuou até o século IV d.C.
    Nos cinco séculos seguintes à revolta de Bar Kokhba, a cidade permaneceu sob domínio romano, até cair sob domínio bizantino. Durante o século IV, o Imperador romano Constantino I construiu partes católicas em Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o pico em tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil pessoas. A partir de Constantino até o século VII, os judeus foram proibidos em Jerusalém.
    Início Guerras romano-persas
    No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos entre persas e romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez. Depois, do avanço do comandante sassânida Cosroes II no início do século VII sobre os domínios bizantinos, avançando através da Síria, os generais sassânidas Shahrbaraz e Shahin atacaram a cidade de Jerusalém (persa: Dej Houdkh), então controlada pelos bizantinos.
    No Cerco de Jerusalém em 614, após passarem incansáveis 21 dias em estratégia de cerco, Jerusalém foi capturada dos persas e isso resultou na anexação territorial de Jerusalém. Depois que o exército Sassânida entrou em Jerusalém, a sagrada "Vera Cruz" foi roubada e enviada de volta para a capital sassânida como uma relíquia sagrada da guerra. A cidade conquistada e a Santa Cruz, permaneceriam nas mãos dos Sassânidas por mais quinze anos, até o Imperador Bizantino Heráclio recuperá-la em 629. Início
    Estado Islâmico
    Cúpula da Rocha visto através do Portão do Algodão.

    Em 638, o Califado islâmico alargou a sua soberania para Jerusalém. Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira cidade mais sagrada do Islã após Meca e Medina, e referido como al Bait al-Muquddas. Mais tarde, ele era conhecido como al-Qods al-Sharif. Com a conquista árabe, os judeus foram autorizados a regressar à cidade. O califa Rashidun Omar ibn al-Khattab assinou um tratado com o patriarca cristão monofisista Sofrônio, assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e a população cristã seriam protegidos ao abrigo do estado muçulmano. Omar foi conduzido à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no qual ele claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De acordo com o bispo gaulês Arculf, que viveu em Jerusalém a partir de 679 a 688, a Mesquita de Omar era uma estrutura retangular de madeira construído sobre ruínas que poderia acomodar 3000 seguidores. O califa Omíada Abd-el-Melek encomendou a construção da Cúpula da Rocha no final século VII. O historiador do século X, El Muqadasi, escreveu que Abd-el-Melek construiu o santuário, a fim de competir na grandeza das monumentais igrejas de Jerusalém. Durante as quatro próximas centenas de anos, a proeminência de Jerusalém foi diminuída pelos poderes árabes na região que brigavam pelo controle da cidade.
    Início Cruzadas, Saladino e os Mamelucos

    Ilustração medieval da captura de Jerusalém durante a Primeira Cruzada, 1099.Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos Cruzados, que massacraram a maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos habitantes judeus. A maioria dos cristãos foram expulsos e a maioria dos habitantes judeus já tinha fugido, no início de junho de 1099, a população de Jerusalém tinha diminuído de 70.000 para menos de 30.000. Os sobreviventes judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados na comunidade judaica do Egito. Tribos árabes cristãs estabeleceram-se na destruída Cidade Velha de Jerusalém. Em 1187, a cidade foi arrancada da mão dos Cruzados por Saladino permitindo que os judeus e os muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244, Jerusalém foi saqueada pelos Tártaros Kharezmian, que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos quais foram reinstalados em Nablus. Entre 1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos, que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares sagrados dos cristãos no Monte Sião.
    Início Domínio Otomano
    Em 1517, Jerusalém e região caiu sob domínio Turco Otomano, que permaneceu no controle até 1917. Como em grande parte do domínio Otomano, Jerusalém permaneceu um provincial e importante centro religioso, e não participava da principal rota comercial entre Damasco e Cairo. No entanto, os turcos muçulmanos trouxeram muitas inovações: sistemas modernos de correio usado por vários consulados, o uso da roda para modos de transporte; diligências e carruagens, o carrinho de mão e a carroça, e a lanterna a óleo, entre os primeiros sinais de modernização da cidade. Em meados do século XIX, os otomanos construída a primeira estrada pavimentada de Jaffa a Jerusalém, e em 1892 a ferrovia havia atingido a cidade.
    Com a ocupação de Jerusalém por Muhammad Ali do Egito em 1831, missões e consulados estrangeiros começaram a se estabelecer na cidade. Em 1836, Ibrahim Pasha permitiu aos judeus reconstruírem as quatro grandes sinagogas, entre eles a Hurva.
    O controle turco foi reinstalado em 1840, mas muitos egípcios muçulmanos permaneceram em Jerusalém. Judeus de Argel e da África do Norte começaram a instalar-se na cidade, em um número cada vez maior. Ao mesmo tempo, os otomanos construíram curtumes e matadouros perto dos lugares sagrados judeus e cristãos "para que um mau cheiro, sempre pesteie os infiéis". Nas décadas de 1840 e 1850, os poderes internacionais iniciaram um "cabo-de-guerra" na Palestina, uma vez que tentaram ampliar sua proteção ao longo do país para as minorias religiosas, uma luta realizada principalmente através de representantes consulares em Jerusalém. De acordo com o cônsul prussiano, a população em 1845 era de 16.410, 7120 judeus, 5.000 muçulmanos, 3390 cristãos, 800 soldados turcos e 100 europeus. O volume de peregrinos cristãos aumentou sob o domínio dos otomanos, dobrando a população da cidade em torno da época da Páscoa.
    Na década de 1860, novos bairros começaram a surgir fora dos muros da Cidade Velha para aliviar a intensa superlotação e o pobre saneamento na cidade intramuros. O Composto Russo e Mishkenot Sha'ananim foram fundados em 1860.
    Início Mandato Britânico e a Guerra de 1948

    General Edmund Allenby entra no Portão de Jafa na Cidade velha de Jerusalém em 11 de dezembro de 1917.Em 1917 após a Batalha de Jerusalém, o exército britânico, liderado por General Edmund Allenby, capturou a cidade. E, em 1922, a Liga das Nações sob a Conferência de Lausanne confiou ao Reino Unido a administração da Palestina.
    De 1922 a 1948 a população total da cidade passou de 52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes (muçulmanos e cristãos). A situação entre árabes e judeus na Palestina não foi calma. Em Jerusalém, em especial nos motins ocorridos em 1920 e em 1929. Sob o domínio britânico, novos subúrbios foram construídos no oeste e na parte norte da cidade e instituições de ensino superior, como a Universidade Hebraica, foram fundadas.
    A medida que o Mandato Britânico da Palestina foi terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas de 1947 recomendou "a criação de um regime internacional, em especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como uma corpus separatum no âmbito da administração das Nações Unidas". O regime internacional deveria continuar em vigor por um período de dez anos, e seria realizado um referendo na qual os moradores de Jerusalém iriam votar para decidir o futuro regime da cidade. No entanto, este plano não foi implementado, porque a guerra de 1948 eclodiu enquanto os britânicos retiravam-se da Palestina e Israel declarou sua independência.
    A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas tomados como prisioneiros quando a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio. Moradores de vários bairros e aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.
    Início Divisão e a controversa reunificação

    Policiais israelenses encontram um legionário jordaniano perto do Portão de Mandelbaum.A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia). O Armistício de 1949 criou uma linha de cessar-fogo que atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopus como um exclave israelense. Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém de leste a oeste, e caçadores militares freqüentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel, Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi reconhecido pelo Paquistão.

    A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na Cidade Velha. Oposto aos termos do acordo, foi negado o acesso dos israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e apenas permitiram o acesso muito limitado aos locais sagrados cristãos. Durante este período, a cúpula da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.

    Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade. O acesso aos lugares sagrados judeus foi restabelecido, enquanto a Esplanada das Mesquitas permaneceu sob a jurisdição de um islâmico waqf. O bairro marroquino, que era localizada adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.

    No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém "completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou que todas as os Estados-membros retirarassem suas embaixadas da cidade.

    O status da cidade, e especialmente os seus lugares sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense. Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte oriental de Jerusalém, enquanto líderes islâmicos têm insistido que os judeus não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, e as fronteiras da cidade têm sido assunto de conversas bilaterais.

    Início Geografia

    Floresta de Jerusalém vista do Yad Vashem.

    Jerusalém está situada no sul de um planalto no Judéia, que inclui o Monte das Oliveiras (Leste) e o Monte Scopus (Nordeste). A elevação da Cidade Velha é de aproximadamente 760 metros. A grande Jerusalém é cercada por vales e leitos de rio secos (wadis). Os vales do Cédron, Hinom, e Tyropoeon se unem em uma área ao sul da cidade antiga de Jerusalém. O Vale do Cédron segue para o leste da Cidade Velha e divide o Monte das Oliveiras a partir da cidade propriamente dita. Ao longo do lado sul da antiga Jerusalém está o Vale de Hinom, uma ravina íngreme associada com a escatologia bíblica com o conceito de inferno ou Geena. O Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de Damasco, dirige-se ao sudoeste através do centro da Cidade Velha para baixo do Reservatório de Siloé, e a parte inferior é dividida em duas colinas, o Monte do Templo no leste, e o resto da cidade no oeste (as partes alta e baixa da cidade descrita por Josefo). Hoje, este vale está escondido por destroços que se acumularam ao longo dos séculos.

    Nos tempos bíblicos, Jerusalém foi cercada por florestas de amêndoa, azeitona e pinheiros. Ao longo de séculos de guerras e de negligência, estas florestas foram destruídas. Os agricultores da região de Jerusalém, então, construíram terraços de pedra ao longo das encostas para reter o solo, um recurso ainda muito em evidência na paisagem de Jerusalém.

    O abastecimento de água sempre foi um grande problema em Jerusalém, atestada pela intrincada rede de antigos aquedutos, túneis, reservatórios e cisternas encontrados na cidade.

    Jerusalém encontra-se na região central do país, a 60 km. ao leste de Tel Aviv e do Mar Mediterrâneo. No lado oposto da cidade, cerca de 35 km. de distância, está o Mar Morto, o corpo de água mais baixo da Terra. Cidades e vilas vizinhas incluem Belém e Beit Jala para o sul, Abu Dis e Maale Adumim para o leste, Mevasseret Tzion para o oeste, e Ramallah e Givat Zeev para o norte.


    Início Clima
    O jardim botânico da Universidade Hebraica de Jerusalém coberto de neve.

    A cidade é caracterizada por uma clima mediterrânico, com verões quentes e secos, e invernos amenos e chuvosos. Uma fina neve cai normalmente uma ou duas vezes ao inverno, embora a cidade experimente forte neve a cada sete anos em média. Janeiro é o mês mais frio do ano, com uma temperatura média de 8 °C, julho e agosto são os meses mais quentes, com temperaturas médias de 23 °C. As temperaturas variam muito do dia para a noite, e as noites de Jerusalém são tipicamente amenas mesmo no verão. A precipitação média anual é de aproximadamente 590 milímetros com o período das chuvas ocorrendo principalmente entre outubro e maio.

    A maior parte da poluição do ar em Jerusalém vem do tráfego de veículos. Muitas das principais ruas de Jerusalém não foram construídas para acolher um volume tão grande de veículos, levando a congestionamentos freqüentes e grande quantidade de monóxido de carbono liberado na atmosfera. A poluição industrial dentro da cidade é baixa, mas as emissões provenientes de fábricas na costa mediterrânica podem se deslocar devido aos ventos e pairar sobre a cidade.


    Início Demografia
    Pop. de Jerusalém Ano Total
    1525 4 700
    1538 7 900
    1553 12 384
    1562 12 650
    1800 8 750
    1844 15 510
    1876 25 030
    1896 45 420
    1922 62 578
    1931 90 053
    1944 157 000
    1948 165 000
    1967 263 307
    1980 407 100
    1985 457 700
    1990 524 400
    1995 617 000
    2000 657 500
    2005 706 400
    Demografia de Jerusalém
    Em maio de 2007, Jerusalém tinha uma população de 732 100 - 64% eram judeus, 32% muçulmanos, e 2% cristãos. No final de 2005, a densidade populacional era de 5.750,4 habitantes por quilômetro quadrado. De acordo com um estudo publicado em 2000, a porcentagem de judeus na cidade tem decrescido; isso foi atribuído a uma maior taxa de natalidade dos palestinos, e a moradores judeus que deixaram a cidade. O estudo também constatou que cerca de nove por cento dos 32 488 habitantes da Cidade Velha eram judeus.

    Em 2005, 2850 imigrantes se estabeleceam em Jerusalém, grande parte vindos do Estados Unidos, França, e da ex-União Soviética. Em termos da população local, o número de residentes que deixa a cidade é maior do que o número dos que chegam. Em 2005, 16 000 foram embora de Jerusalém e apenas 10 000 se mudaram para a cidade. No entanto, a população de Jerusalém continua a aumentar devido à elevada taxa de natalidade, especialmente na população árabe e nas comunidades judaicas Haredi. Consequentemente, a taxa total de fecundidade em Jerusalém (4.02) é superior da de Tel Aviv (1,98) e bem acima da média nacional de 2,90. O tamanho médio das 180 000 famílias de Jerusalém é de 3,8 pessoas.

    Em 2005, a população total aumentou cerca de 13 000 (1,8%) - semelhante à média nacional israelense, mas a composição étnica e religiosa está mudando. Enquanto 31% da população judaica é constituída por crianças abaixo dos quinze anos, o índice para a população árabe é de 42%. Isto parece reforçar as observações de que a porcentagem de judeus em Jerusalém tem diminuído ao longo das últimas quatro décadas. Em 1967, os judeus representavam 74 por cento da população, enquanto que o índice em 2006 era nove por cento menor. Os possíveis fatores são o elevado custo da habitação, menos oportunidades de emprego e o crescente caráter religioso da cidade. Muitas pessoas estão indo para os subúrbios e cidades costeiras, em busca de habitação mais barata e um estilo de vida secular.

    A demografia e a divisão da população árabe e judaica desempenham um papel importante na disputa em Jerusalém. Em 1998, o Departamento de Desenvolvimento de Jerusalém propôs expandir os limites da cidade para o oeste a fim de incluir mais áreas povoadas por judeus.


    Início Política
    Atualmente Jerusalém é um município em Israel e também a sua capital e a sede do governo, embora não seja reconhecida como tal pela ONU e pela UE.

    A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31 membros eleitos cada quatro anos. Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito) é eleito por sufrágio direto cumprindo um mandato de 5 anos e apontando 6 deputados. O prefeito atual de Jerusalém, Uri Lupolianski, foi eleito em 2003. O Ministério para os Assuntos Religiosos israelita tem responsabilidade pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade religiosa deva zelar pela preservação dos seus edifícios.

    Órgão à parte de prefeito e deputados, os membros do conselho da cidade não recebem salários, trabalhando de forma voluntária. O prefeito que mais tempo serviu Jerusalém foi Teddy Kollek, que passou 28 anos, seis mandatos consecutivos, no posto. A maioria dos encontros do Conselho de Jerusalém são privados, mas a cada mês, mantém uma sessão aberta ao público. Dentro do Conselho da cidade, grupos políticos religiosos formam uma facção especialmente poderosa, possuindo a maioria dos assentos. A base do Município de Jerusalém e do gabinete do prefeito fica na Praça Safra (Kikar Safra), na Rua Jafa. O novo complexo municipal, compreendendo dois prédios modernos e dez prédios históricos recuperados entorno de uma grande praça, foi aberto em 1993. A cidade termina no Distrito de Jerusalém, com Jerusalém como a capital do distrito.

    Status político
    O prédio Knesset em Jerusalém, sede do legislativo do governo de Israel.Em 5 de dezembro de 1949, o primeiro ministro do Estado de Israel, David Ben-Gurion, proclamou Jerusalém como a capital de Israel e desde então todos os órgãos do governo de Israel — legislativo, judicial, e executivo — tem residido lá. Na época da proclamação, Jerusalém foi dividida entre Israel e o Jordão e assim, somente o oeste de Jerusalém foi considerado capital de Israel. Imediatamente depois de uma guerra de seis dias em 1967, entretanto, Israel anexou o Leste de Jerusalém, a tornando de facto parte da capital Israelense. Israel conservou o status da "completa e unificada" Jerusalém — oeste e leste — como sua capital, em 1980 Lei básica: Jerusalém, Capital de Israel.

    O status de uma "Jerusalem unificada" como "eterna capital" de Israel tem sido um problema de imensa controvérsia dentro da comunidade internacional. Entretanto, alguns países mantém consulados em Jerusalem, e duas embaixadas nos subúrbios de Jerusalém, todas as embaixadas estão localizadas fora da propriedade da cidade, a maioria em Tel Aviv.

    A Suprema Corte de Israel.
    A Casa do Oriente.A Resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas não-vinculativa, tramitada em 20 de agosto de 1980, declarou a Lei Fundamental "nula e de nenhum efeito e deve ser resolvida imediatamente". "Os Estados-Membros foram aconselhados a retirar suas representações diplomáticas da cidade como uma medida punitiva. A maioria dos países cumpriu a resolução, deslocando suas representações para Tel Aviv. Mas muitas embaixadas já estavam instaladas antes mesmo da Resolução 478. Atualmente não existem embaixadas dentro dos limites da cidade de Jerusalém, embora haja algumas em Mevasseret Tzion, na periferia de Jerusalém, e quatro consulados na cidade propriamente dita.

    Em 1995, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, através da Lei da embaixada de Jerusalém. Entretanto, o Presidente George W. Bush alegou que, segundo a Constituição as relações exteriores são da alçada do poder executivo. Assim, a embaixada dos Estados Unidos ainda continua em Tel Aviv.


    Cidades-irmãs
    Nova Iorque, EUA (1993)
    Início Economia

    Hadar Mall, Talpiot.Históricamente, a economia de Jerusalém foi sustentada quase que exclusivamente por pelegrinos religiosos, e era localizada longe dos maiores portões de Jaffa e Gaza. Os marcos religiosos de Jerusalem hoje permanecem a principal razão de visitantes estrangeiros, com a maioria dos turistas visitando o Muro das Lamentações e a Cidade Antiga, mas no meio do século se tornou muito claro que a providência de Jerusalem não pode ser somente sustentada por sua significância religiosa.

    Ainda que muitas estatísticas indiquem crescimento econômico na cidade, desde 1967 a Jerusalém Oriental tem ficado atrasada em relação ao desenvolvimento da Jerusalém ocidental. Todavia, a porcentagem de famílias com pessoas empregadas é maior para famílias árabes (76.1%) que para famílias judaicas (66.8%). A taxa de desemprego em Jerusalém (8.3%) é um pouco melhor que a média nacional (9.0%), ainda que a força de trabalho civil seja estimada para menos da metade de todas as pessoas de 15 anos em diante — fica abaixo em comparação à de Tel Aviv (58.0%) e Haifa (52.4%). A pobreza da cidade tem crescido bastante nos últimos anos; entre 2001 e 2007, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza cresceu 40%. Em 2006, a renda per capita mensal de um trabalhador em Jerusalém foi de 5 940 Novos Sheqel (NIS) (US$1410), NIS 1 350 menor que a recebida por um trabalhador em Tel Aviv.

    Desde o estabelecimento do Estado de Israel, o governo nacional tem permanecido o maior investidor na economia de Jerusalém. O governo, centrado em Jerusalém, gera um largo número de empregos, e oferece subsídios e incentivos para novas iniciativas em negócios e empresas iniciantes.


    Início
  • Infra-estrutura Transportes

    Estação Central de Autocarros de Jerusalém.O aeroporto mais próximo de Jerusalém é o Aeroporto Internacional de Jerusalém ou Aeroporto Atarot, que foi usado para voos domésticos até ao seu fechamento em 2001. Desde então tem estado sob o controle das Forças Armadas Israelenses devido a distúrbios em Ramallah e a Cisjordânia. Todo o tráfego aéreo a partir de Atarot foi desviado para o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o maior e mais movimentado aeroporto israelense, que serve cerca de nove milhões de passageiros anualmente.

    A Egged, a segunda maior empresa de autocarros do mundo, lida com a maioria do serviço de autocarro local e intercidades que sai da Estação Central de Autocarros na Estrada de Jaffa perto da entrada ocidental de Jerusalém a partir da autoestrada número 1. Em 2008, autocarros da Egged, táxis e carros privados são as únicas opções de transporte em Jerusalém. Contudo, isto irá mudar com a construção do Light rail de Jerusalém, um sistema ferroviário que está em construção. O sistema ferroviário será capaz de transportar cerca de 200 000 pessoas diariamente. Terá 24 paragens, e a sua conclusão está planejada para janeiro de 2009.

    Via rápida Begin.Outra obra em andamento é uma nova linha para comboio de alta velocidade de Tel Aviv para Jerusalém, que está planeada para 2011. O seu terminal será uma estação subterrânea (80m de profundidade) que servirá o Centro Nacional de Congressos e a Estação Central de Autocarros e está planejado que seja eventualmente expandida até à estação de Malha. A Israel Railways opera serviços de comboio para estação de comboios de Malha a partir de Tel Aviv via Beit Shemesh.

    A Via Rápida Begin é uma das maiores vias transversais norte-sul de Jerusalém; vai desde o lado ocidente da cidade, fundindo no norte com a Via 443, que continua em direção de Tel Aviv. A Via 60 atravessa o centro da cidade perto da Linha Verde entre Jerusalém Este e Oeste. A construção está a progredir em partes de uma via circular de 35 quilómetros à volta da cidade, providenciando ligações mais rápidas entre os subúrbios. A metade oriental do projecto foi conceptualizado há décadas, mas reação à autoestrada proposta é ainda mista.

    Início Educação
    O campus da Universidade Hebraica de Jerusalém no Monte Scopus.Jerusalém abriga diversas universidades prestigiadas, com cursos oferecidos em hebraico, árabe, e inglês. Fundada em 1925, a Universidade Hebraica de Jerusalém é uma das mais respeitadas instituições de ensino superior em Israel. A Comissão de Diretores já incluiu figuras judaicas proeminentes no campo intelectual, tais como Albert Einstein e Sigmund Freud. A universidade também produziu vários laureados do Prêmio Nobel; dentre recentes ganhadores do prêmio associados com Universidade Hebraica incluem Avram Hershko, David Gross e Daniel Kahneman. Um dos maiores bens da universidade é a Biblioteca Nacional de Israel, que abriga mais de cinco milhões de livros. A biblioteca foi inaugurada em 1892, mais de três décadas antes da fundação da universidade, e é um dos maiores repositórios do mundo sobre temas judeus. Atualmente, a biblioteca é ao mesmo tempo a biblioteca central da universidade e biblioteca nacional. A Universidade Hebraica é constituída de três campi em Jerusalém, no Monte Scopus, em Givat Ram e um campus médico no Hospital Hadassah Ein Karem.


    Início Cultura
    O Santuário do Livro possui os pergaminhos do Mar Morto, no Museu de Israel. Museu Torre de David.Apesar de Jerusalém ser conhecida primeiramente pela sua significância religiosa, a cidade também é sede de muitos eventos artísticos e culturais. O Museu de Israel atrai perto de um milhão de visitantes por ano, aproximadamente um terço deles são turistas. Os 20 acres do complexo de museus compreende vários prédios possuindo exibições especiais e coleções extensivas achados judaicos, arqueológicos e arte israelita e européia. Os pergaminhos do Mar Morto, descoberto no meio do século XX nas cavernas de Qumran perto do Mar Morto, estão hospedadas no Santuário do Livro. A Ala Nova, cuja construção mudou as exibições e funciona um extensivo programa de educação em arte, é visitado por 100.000 crianças por ano. O museu tem uma larga escultura no jardim de fora, e um modelo no tamanho escala do segundo templo foi recentemente movido do hotel Holyland para uma nova localização no território do museu. O Museu Rockefeller, localizado no leste de Jerusalém, foi o primeiro museu arqueológico no meio oeste. Foi construído em 1938 durante o mandato britânico. O Museu Islâmico no Monte do Templo, estabelecido em 1923, guarda muitos artefatos islâmicos, do menor kohl cantil e manuscritos raros a colunas gigantes de mármore.

    Teatro de Jerusalém.Yad Vashem, o memorial nacional de Israel para as vítimas do Holocausto, guarda a maior biblioteca do mundo de informações relacionadas ao holocausto, com estimados 100.000 livros e artigos. O complexo contém um museu de arte que explora o genocídio dos judeus através de exibições que focam em estórias pessoais de indivíduos e famílias mortas no holocausto e uma galeria de arte apresentando o trabalho de artistas que pereceram. Yad Vashem também relembra as 1.5 milhões de crianças judéias assassinadas pelos nazistas, e honra os justos entre as nações. O museu na junção, que explora erros de coexistência através da arte é situado na estrada divisória oriental e ocidental de Jerusalém.

    O Centro Internacional de Convenções.A Orquestra sinfônica de Jerusalém, estabelecida nos anos 40, se apresentou pelo mundo. Outros estabelecimentos de arte incluem o Centro Internacional de Convenções (Binyanei HaUmá, Prédios da Nação, em hebraico) perto da entrada da cidade, onde a Orquestra Filarmônica de Israel se apresenta, a Cinemateca de Jerusalém, o Centro Gerard Behar (formalmente Beit Ha'am) na parte baixa de Jerusalém, o Centro de Música de Jerusalém no Yemin Moshe, e o Centro Musical de Targ no Ein Kerem. O Festival de Israel, com performances externas ou internas por cantores locais e internacionais, concertos, peças e teatro de rua, tem sido mantido anualmente desde 1961; durante os últimos 25 anos, Jerusalem tem sido o maior organizador deste evento. O Teatro de Jerusalém na vizinhança de Talbiya é sede de 150 concertos ao ano, como também de companhias de teatro e dança e artistas performáticos de além mares. O Khan, localizado em um caravançarai oposto à estação de trêns da antiga Jerusalém, é o único teatro de repertório. A própria estação se tornou um local para eventos culturais no anos recentes, como também o lugar de Shav'ua Hasefer, um local de exposição literária anual e de performances musicais externas. O Festival de Cinema de Jerusalem é mantido anualmente, apresentando filmes israelitas e internacionais.

    O Teatro Nacional Palestino, por muitos anos o único centro cultural árabe no leste de Jerusalém, procura novas idéias e abordagens inovadoras para a auto-expressão palestina. A Casa Ticho, no centro de Jerusalém, possui pinturas de Anna Ticho e coleções judaicas de seu marido, um oftalmologista que abriu a primeira clínica de olhos da cidade neste prédio em 1912. Al-Hoash, estabelecida em 2004, é uma galeria de preservação da arte palestina.


    Início
  • Significado religioso
    O Muro das Lamentações.
    O Mosteiro da cruz após queda de neve.Jerusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa, alguns locais, como a Esplanada das Mesquitas, tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias.

    Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei Davi a proclamou como sua capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente construídas com o seu arco sagrado voltado para Jerusalém, e arcos dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos santos. Como prescrito no Mixná e codificado no Shulkhan Arukh, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus tem placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.

    Igreja do Santo Sepulcro.O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando limpou o Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o local da crucificação. O Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalem, mas evidências arqueológicas recentes sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro da Cidade Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos.

    A mesquita de al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado no Islão.Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla (direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (c. 620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente trasportado em uma noite de Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.


    Início Esportes

    Estádio Teddy Kollek.Os dois esportes mais populares em Jerusalém, e em Israel como um todo, são o futebol e o basquetebol. Beitar Jerusalem Football Club é um dos mais populares times em Israel. Dentre os seus fãs encontram-se vários antigas e atuais figuras políticas que mantém o compromisso de estarem presentes em seus jogos. Outro grande time de futebol, e um dos maiores rivais do Beitar, é o Hapoel Katamon F.C. , enquanto que o Beitar foi campeão da Copa de Israel por cinco vezes, e Hapoel só ganhou a copa uma vez. Ademais Beitar joga na mais prestigiada Ligat ha'Al, enquanto Hapoel se encontra na terceira divisão da liga nacional.

    No basquete, Hapoel Jerusalem está em alta posição na primeira divisão, embora ainda não tenha ganho nenhum campeonato, o clube ganhou a copa nacional quatro vezes, e a Copa ULEB em 2004. Desde sua abertura, o Estádio Teddy Kollek é o principal estádio de Jerusalém para sediar jogos de futebol, com capacidade para 21 mil pessoas.


foi um conflito armado que opôs Israel a uma frente de países árabes - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

O crescimento das tensões entre os países árabes e Israel, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. Antecipando um ataque iminente do Egito e da Jordânia, a Força Aérea Israelense surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia.

O plano traçado pelo Estado-Maior de Israel, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 10min da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelenses atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas de Israel investiam contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no conflito.

No terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, Israel impôs uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria.

Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egipto. Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis, mais perto do Canal de Suez.

Situação geoestratégica anterior ao conflito (1956 – 1967)
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas havia aumentado perigosamente. Contribuíram para isso vários factores, entre os quais:

1. A instalação de governos nacionalistas em países árabes (Síria e Iraque), em substituição dos regimes pró-ocidentais neles existentes até então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma acção militar contra Israel e pressionavam o governo egípcio - o mais forte e populoso do mundo árabe - a se encaminhar nessa direcção.

2. A formação de movimentos de resistência palestinianos, que passaram a reagir cada vez mais à ocupação de Israel. A contínua repetição de episódios de confronto, principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de posição mais firme por parte do Egipto levaram este último a formalizar pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque. Egito e Síria estabelecem, em 1966, um Pacto de Defesa - uma aliança militar que os compromete reciprocamente em caso de guerra que implique um dos dois países.

Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias. O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril de 1967, quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia árabe e bases de resistência nas Colinas de Golã. Durante a operação seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças de Israel, que voavam baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre árabes e israelitas.

A União Soviética passou, através dos seus serviços secretos, informações ao governo sírio. Essa suposta troca de informações alertava para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, uma coisa é certa: as informações estavam corretas e ajudaram a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra.

Contudo, o General e Presidente do Egipto, Gamal Abdel Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel e tomou decisões que levavam a uma guerra fechada - um bloqueio para prevenir um provável ataque israelita.

Em Maio de 1967, exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo Nasser ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. Enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.

Em resposta a esta ação e ao apoio soviético, o exército israelita foi mobilizado. Egito, Síria e Jordânia declararam estado de emergência. Em 22 de Maio Nasser fechou o estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eilat. Esta mesma acção, somada a interesses franceses e israelitas, fora a causa da Guerra do Canal do Suez, em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egipto, Arábia Saudita e Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de Maio, a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período, a imprensa árabe teve um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e rádios passavam constantemente propaganda contra Israel.

Em 4 de Junho de 1967, Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas e seu plano de invasão parecia condenado ao fracasso, até a Mossad pensar numa solução. A guerra era iminente.

Os seis dias
Diante da ação árabe iminente, antes da invasão começar, o governo e os líderes militares de Israel implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar legal imposto pelos árabes. Logo depois das 8:45 do dia 5 de Junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked', foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egipto enquanto esta estava no solo. Em três horas, a maioria dos aviões e bases estava destruída. Os caças israelitas operavam continuamente apenas voltando para se reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. Neste primeiro dia, os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 20. Esses ataques aéreos deram a Israel a hipótese de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes.

De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.

A guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levy Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: "Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein, encorajando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egipto tinha saído vitorioso no combate da manhã - um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.

No mesmo dia, às 11:00, tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém, com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelianas em terra estavam livres para invadir o Egipto e a Jordânia. Por causa disto, os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu que os israelitas tomassem grande parte da cidade dos jordanos em apenas 24 horas.

No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanas foram empurradas para a Cisjordânia, atravessando o rio Jordão. Israel tinha anexada toda a Cisjordânia e Jerusalém, invadindo e tomando a cidade.

A ONU consegue um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entra em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente de tropas e tanques de Israel foi dirigido contra as forças do Egipto no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel atacaram com três divisões de tanques, páraquedistas e infantaria. Conscientes de que a guerra somente poderia durar poucos dias e que era essencial uma vitória rápida, os israelitas concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai.

Em 8 de Junho, os israelitas começam o seu ataque no Deserto do Sinai e, sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as Tzahal alcançaram o canal e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha de frente, enquanto a força aérea atacava as forças egípcias, que, em retirada, tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e de seguida o Egipto aceitou um cessar-fogo com Israel.

Às primeiras horas do mesmo dia 8 de Junho, Israel bombardeou acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty, ao largo da costa de Israel, que havia sido confundido com um barco de tropas árabes. 34 americanos morreram.

Com o Sinai sob controle, Israel começa o assalto às posições sírias nas Colinas de Golã, no dia 9 de Junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e ao terreno acidentado. Israel envia uma brigada blindada para as linhas da frente, enquanto a infantaria atacava as posições sírias, e ganha o controle das colinas.

Às 18:30 do dia 10 de Junho, a Síria retirou-se e foi assinado o armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores.

Consequências da guerra
A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes, que perderam mais de metade do seu equipamento militar. A Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os árabes sofreram 18.000 baixas, enquanto do lado de Israel houve 766.

No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou humilhado enquanto os outros líderes árabes perderam popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel. Em Agosto de 1967, líderes árabes reuniram-se em Cartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.

Quanto a Israel, teve ganhos consideráveis como decorrência da guerra. As suas fronteiras eram agora maiores e incluíam as Colinas de Golã, a Cisjordânia ("Margem Ocidental") e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade foi judaica até a quase 2000 anos, quando os romanos expulsaram os judeus. Depois, com o passar dos séculos, Jerusalém esteve quase sempre sob o controle de grandes Impérios, como o Bizantino, o Otomano e o Britânico, sendo que, apenas após a Guerra, voltaria totalmente ao controle de um estado judeu.

Por causa da guerra iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas. Como resultado, aumentou o número de refugiados na Jordânia e no Eua. O conflito criou 350 000 refugiados, que foram rejeitados pelos estados árabes vizinhos.

Resolução 242 das Nações Unidas
Em Novembro de 1967, as Nações Unidas aprovaram a Resolução 242, que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados. Israel não cumpriu a resolução para se retirar dos territórios ocupados, e só negocia se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel. Os líderes árabes em Cartum afirmam que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais. Início


do Site:
http://www.miltonrossani.com.br/jerusalem.htm



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