Por: (Pr Ev – Domingos
Teixeira Costa)
A publicação das Lições da Escola Bíblica Dominical neste site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em
minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que
recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, para que
semanalmente nossos irmãos que se encontram espalhados pelo mundo a fora,
possam igualmente participar do mesmo pão.
Cumprindo
a missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este
conteúdo diretamente da Revista acima mencionada, para que os Missionários
possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas
orientações, como a Igreja no Brasil, alimenta-se do conteúdo publicado na
Revista; Lições Bíblicas da Escola
Dominical veiculado neste site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo
como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a
evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso
favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e
em grupo como igrejas e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a
nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento
dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta, o
mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem, para que
aqui se fizesse a vontade de Deus como no céu, (Mt 6. 9-13).
À
Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.
O Texto é a reprodução original do comentário publicado na Revista do
aluno abaixo indicada:
Revista
Trimestral, “Lições Bíblicas”, 1º Trimestre – 2013. Comentarista: José Gonçalves, Editora CPAD Rio de
Janeiro – RJ.
Lição 05
de 13
03 de fevereiro de 2013
Tema: Um
Homem de Deus em Depressão
Texto Áureo: “Em tudo somos
atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos,
mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2 Co 4.8,9).
Verdade
Prática: Os conflitos de Elias o levaram a enfrentar períodos de depressão e
tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar
LEITURA BÍBLICA
1 Reis 19.2-8
1 Reis 19.2-8
2 - Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro
tanto, se decerto
amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3 - O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba,
que é de Judá, e deixou ali o seu moço.
4 - E ele se foi ao
deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em
seu ânimo a morte e disse: já
basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais.
5 - E deitou-se e dormiu debaixo
de um zimbro; e eis que,
então, um anjo o
tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 - E olhou, e eis que à
sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se.
7 – E o anjo do Senhor
tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e
come, porque mui comprido te será o caminho.
8 - Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta
noites até Horebe, o monte de Deus.
INTRODUÇÃO
Muitas vezes ficamos tão fascinados com o registro
bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo que todos eram humanos!
Passamos a enxergá-los como heróis e como tal acreditamos que eles não tinham falhas.
Todavia, a Escritura mostra os homens de Deus como de fato são homens fiéis, vigorosos,
destemidos, corajosos e ousados - mas ainda assim humanos.
Com Elias também foi assim. Ele foi um profeta que
deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual. Um servo de
Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Por
causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de um povo
dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez aflorar na
vida do profeta de Tisbe todo o seu lado humano, frágil e carente da ajuda
divina.
I - ElIAS - UM HOMEM COMO OS OUTROS
1. Um homem espiritual. Elias era um homem espiritual e vários fatos
narrados nas Escrituras atestam essa verdade. Primeiramente, vemos Elias como
um profeta profundamente envolvido com a Palavra de Deus: "E que conforme
a tua palavra fiz todas estas coisas" (l Rs 18.36). Em segundo lugar, o
profeta de Tisbe possuía uma profunda vida devocional. Ele era um homem de
oração: "E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do
Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto entre os seus joelhos. E
disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do mar. E subiu, e olhou, e
disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete vezes" (I Rs 18.42,43).
Elias conhecia os infinitos recursos da oração!
2. Um
homem sentimental. Mas Elias não
era apenas um homem espiritual, ele também era sentimental. O apóstolo Tiago afirma que:
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que
não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra" (Tg
5.17). Tiago diz duas coisas importantíssimas sobre Elias que nós parecemos
esquecer: primeiramente "Elias era homem". Elias foi um gigante espiritual,
mas era homem! Não era um anjo! Em segundo lugar, Elias possuía "as mesmas
paixões". Elias não era apenas espiritual, era também sentimental! Alegrava-se,
mas também entristecia-se! Talvez o que distingue Elias dos demais mortais é
que ele não maquiava seus sentimentos. Ele os punha para fora.
II - AS CAUSAS DOS CONFLITOS DE ELlAS
1. Decepção. O capítulo 18 do Primeiro Livro de Reis narra a
fantástica vitória que o profeta Elias obtivera sobre os profetas de Baal. O Senhor
havia respondido a oração do seu servo, enviando fogo do céu em resposta à sua
oração (I Rs 18.38). O que Elias esperava em resposta a esse avivamento era um
total quebrantamento do povo, incluindo a casa real. Todavia, o avivamento não alcançou
as proporções desejadas. A casa de Acabe ficou insensível.
Jezabel mandou dizer a Elias, em tom de ameaça: "Assim me façam os deuses
e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de
um deles" (I Rs 19.2). Parece que a vitória havia se convertido em
derrota! Sem dúvida, Elias havia ficado decepcionado, não com o seu Deus, mas
com o príncipe de seu povo!
2. Medo.
Diante da ameaça de morte
sentenciada pela rainha Jezabel, a reação de Elias foi imediata: "O que
vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que
é de Judá, e deixou ali
o seu moço" (I Rs 19.3). Elias teve medo e fugiu! O homem que havia
confrontado Acabe e os falsos profetas de Baal e Aserá, agora fugia temendo
morrer pela mão de uma mulher! Não devemos esquecer que Elias era um homem semelhante a nós e sujeito
aos mesmos sentimentos (Tg 5.17). Os gigantes também possuem seus momentos de
fraqueza! Não há dúvidas que aqui os sentimentos falaram mais alto do que a fé!
III – AS CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS
1 . Fuga e isolamento. O texto sagrado destaca a fuga do profeta Elias (I
Rs 19.3). O homem de Deus que havia enfrentado situações tão adversas, agora se
vê impotente diante das ameaças de uma rainha pagã. Ele se viu sem escapatória diante
dessa nova situação e temeu por sua vida. Humanamente falando era ficar e
morrer. Devemos observar que o Senhor não recriminou Elias por isso; nós também
não devemos fazê-lo. Por outro lado, Elias não apenas fugiu; ele também se isolou. "E ele se
foi ao deserto" (1 Rs 19.4). Essa é a marca de uma pessoa deprimida - ela
busca o isolamento. Somos seres sociais e como tais, não podemos viver no
isolamento.
2. Autopiedade e desejo de morrer.
Vemos ainda as marcas do comportamento
depressivo do profeta na sua atitude de autopiedade - um termo sinônimo para autocomiseração,
cunhado pelos psicólogos. Elias achava que somente ele ficara como um servo fiel
do Senhor: "Eu fiquei só" (1Rs 19.10). Ele achava ainda que todos haviam
apostatado ou abandonado a fé. Não havia mais fiéis, somente ele. Como o texto
deixa claro, isso era ver a realidade de forma distorcida. Deus possuía ainda
seus sete mil (1 Rs 19.18). Mas Elias foi mais além - ele agora queria morrer: "e
pediu em seu ânimo a morte" (1 Rs 19.4). Os psicólogos observam que este é
o sintoma de uma pessoa com depressão profunda. Ela perde o encanto pela vida.
Elias, portanto, precisava urgentemente da ajuda do Senhor.
IV - O SOCORRO DIVINO
1. Provisão física. O socorro do Senhor chegou até o profeta na forma
de provisão física e material: "E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro;
e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come" (1 Rs
19.5). Os psicólogos veem aqui um dos sintomas da depressão de Elias - a inapetência
ou alteração dos hábitos alimentares. Nesse estado, a pessoa pode não querer
comer como também pode possuir um apetite exagerado. Em ambos os casos é necessário
o auxilio de terceiros. No caso do profeta, o anjo do Senhor é quem o auxilia providenciando-lhe alimento. Ele precisava alimentar-se e Deus fez
com que isso fosse providenciado: "E olhou, e eis que à sua cabeceira
estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e
tornou a deitar-se" (1 Rs 19.6).
2. Provisão espiritual. Elias alimentou-se de pão e água – elementos de natureza
material. Todavia, a forma e o instrumento usado por Deus para fazê-los chegar
até ao profeta eram de natureza espiritual. Como já vimos, o texto sagrado diz que
um anjo do Senhor foi quem providenciou aqueles víveres para o profeta (1 Rs
19.5,6). Mas não foi apenas um anjo que prestou auxilio ao profeta; o próprio Deus a quem Elias servia o conduziu durante todo o tempo. A própria ida de Elias ao monte Horebe fez parte dessa terapia. Ali, Elias seria revitalizado não apenas na sua vida espiritual, mas também na sua vida emocional (1 Rs 19.8-15).
CONCLUSÃO
Acabamos de observar que os homens de Deus também
têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais. Todavia, é
perceptível que o servo de Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado - ele
não está sozinho neste mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos
que são tão limitados. O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida
e presta-nos o seu auxílio. Lemos nos Salmos: "Deus é o nosso refúgio e
fortaleza, socorro bem presente na angústia" (SI 46.1).
Nenhum comentário:
Postar um comentário