Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
Porque
Ele vive, posso crer no amanhã! Porque Ele vive, temor não há. Pois eu
bem sei, eu sei, que a minha vida está nas mãos do meu Jesus, que vivo
está!
Esse é o coro de um dos mais bonitos e celebrados hinos cristãos,
cantado efusivamente por milhões de pessoas em todo o mundo, retratando a
certeza de fé na ressurreição de Jesus, que nos permite obter uma
eterna esperança.
O
fato que verdadeiramente marcou a história da humanidade foi a
ressurreição de Jesus. Sem ela, Paulo assevera, seria “vã a nossa
pregação, e vã, a vossa fé”. Além do mais, sem a ressurreição, a nossa
esperança se limitaria apenas a essa vida, e isso nos tornaria “os mais
infelizes de todos os homens” (1 Co 15.14-19). Não creio que, em dois
mil anos de história, alguém em perfeito juízo desejaria ser contado
entre “os mais infelizes”.
A
ressurreição corpórea de Jesus Cristo dentre os mortos é um evento
histórico único entre as religiões do mundo. Confúcio morreu e foi
sepultado. Buda faleceu com intoxicação alimentar. Maomé morreu e seu
corpo foi esquartejado e espalhado por várias cidades árabes. Todos
continuaram mortos. Mas Jesus ressuscitou! E, ao ressurgir, Jesus
demonstrou poderosamente que é o Filho de Deus.
Alguns
historiadores referem-se à ressurreição corpórea de Jesus como o evento
mais bem documentado da Antiguidade. Foi esse fato indiscutível que deu
aos discípulos de Jesus o poderoso estímulo que os transformou, de
pessoas assustadas em corajosas e audaciosas testemunhas que não podiam
ser silenciadas.
A
ressurreição é de importância tão crítica em razão de representar a
pedra angular da fé cristã. Elimine-se a ressurreição, e o cristianismo
desmorona como um castelo de areia banhado pelas ondas. Se Cristo não
tivesse ressurgido dentre os mortos na história da humanidade, a Igreja
cristã já teria deixado de existir, ou nem teria começado.
Cristo
não é seguido porque ensinou “filosofias” bonitas, mas porque a Sua
ressurreição é o fundamento da nossa esperança. Isso torna a Igreja
cristã (o “corpo de Cristo”), o maior “organismo vivo” que já existiu
sobre a face da Terra.
A
certeza de que Cristo ressuscitou e que, exatamente por isso, um dia
Seus fiéis seguidores estarão “para sempre com o Senhor”, é que dá força
moral aos verdadeiros cristãos para lutarem continuamente contra o
mundanismo, contra a torrente de pecados tolerados na sociedade; é isso
que os fortalece para receberem os golpes mais fortes das mentiras em
primeira-mão e das meias verdades de segundas intenções.
Crer
que Jesus ressuscitou é o que mantém a dignidade dos cristãos, embora
sejamos tratados no cinema como hipócritas bajuladores e reacionários, e
sirvamos de chacota para os outros. É isso que nos conforta ao
sofrermos perseguição direta, como acontece em muitas partes do mundo,
quando muitos são mortos por causa de sua fé. Quem faria tudo isso por
uma mentira?
Josh
McDowell, renomado apologista cristão, estudou a ressurreição de Jesus e
investigou cuidadosa e exaustivamente os seus fundamentos, já tendo
debatido sobre o assunto com as mentes mais céticas deste mundo. Ele
chegou à seguinte conclusão: “A ressurreição de Jesus Cristo, ou é um
dos embustes mais perversos, malignos e cruéis jamais impingidos à mente
humana, ou então é o mais fantástico fato da história”. Numa de suas
palestras, perguntado por um estudante por que não podia refutar o
cristianismo, respondeu-lhe: “Por uma razão muito simples: há um evento
histórico que eu não sou capaz de refutar – a ressurreição de Jesus
Cristo”.
Jesus
viveu de modo extraordinário, morreu de maneira trágica e ressuscitou
de forma gloriosa. Conhecê-lo, amá-lo e segui-lo é a maior e mais
emocionante experiência que alguém pode ter. Porque é isso que nos dá
uma eterna esperança, além de uma vida verdadeiramente abundante aqui e
agora.
E
quando, enfim, chegar a hora, em que a morte enfrentarei. Sem medo,
então, terei vitória. Verei na glória o meu Jesus, que vivo está.
Esta última estrofe do hino citado no início declara quem dá a última
palavra sobre a nossa vida. Mesmo que a morte nos sobrevenha, como sói
acontecer, não é essa indesejada criatura que tem a palavra final. A
palavra definitiva está com Jesus, pois Ele venceu a morte e vive para
todo o sempre.
Nesta
Páscoa, pense um pouco mais na vida que vem levando até agora, mas
procurando focar no porvir, e responda a esta inquietante pergunta: onde
você passará a eternidade? Lembre-se que a resposta tem a ver com o que
consiste a sua esperança. Se você ainda não tem esperança, pense no que
Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim” (Jo 14.6), e creia Nele.
Volte-se para Jesus. Ele vive e um dia voltará! Por isso, quem crer em Jesus pode crer no amanhã! Eu creio. E você?
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